Agora não há mais muita desigualdade entre os confrontantes, de modo que passa a ser muito mais difícil opinar (digo, chutar) sobre quem vence os próximos confrontos da Copa.
Contudo, tal qual o personagem de Prolix, de "O Adivinho", que "lia o futuro" nas entranhas de peixes, e pretendia lê-lo nas tripas do cachorrinho Ideiafix, faço aqui previsões irrefutáveis (ao menos até o momento em que o jogo começar). Vamos lá, por ordem cronológica dos jogos:
Sexta-feira:
11h - BRASIL (3V, 1E, 8GP, 2 GC) X HOLANDA (4 V, 7GP, 2 GC - ambos de pênalti):
Acho que somos favoritos, pela fortaleza de nossa defesa. A zaga deles é apenas razoável, malgrado o goleiro Stekelenburg venha fazendo grande Copa - o melhor ao lado do suíço Benaglio e do ganês Kingson. No meio, Sneijder (e Van Bommel) pode nos complicar, dada a combinação com Robben aberto pela direita, em cima do Michel Bastos, e Kuyt pela esquerda.
Para amarrar o jogo do Robben alguém vai precisar ajudar o Michel (como foi feito na final da Champions League, com Chivu na lateral e Cambiasso na cobertura) para que Robben não venha em diagonal, da direita para a esquerda e chute a gol ou faça passes. Será o Josué, provavelmente, o encarregado desse serviço, ficando Felipe Mello e Gilberto Silva encarregados de barrarem os meias holandeses. Aí está o segredo do jogo, a meu ver.
Se deixarem esse quarteto de netherlands jogar, com a ajuda de Van Persie (que anda apagado) no comando de ataque, a coisa pode se complicar. Mas, ainda assim, dada nossa superioridade defensiva (zaga mesmo - Maicon, Juan e Lúcio, mais goleiro), penso que dá Brasil, no sufoco.
15H30 - URUGUAI (3V, 1E) X GANA (2V - uma na prorrogação, 1E, 1D): Dá Uruguai, se considerarmos a tradição. Dá Gana, se levarmos em conta o fato de ser o último africano na Copa, e contar com o apoio geral daquele continente - a torcida deverá ser esmagadoramente a favor dos ganeses.
No frigir dos ovos, pela consistência defensiva (Uruguai sofreu apenas um gol, Gana já foi quatro vezes buscar a redonda no fundo das redes), pela garra que o Uruguai vem demonstrando, pela confiança perdida há anos e agora readquirida, e pelo belo trio ofensivo (Luisito Soares, Forlán e Cavani), aposto no Uruguai, vencendo por diferença mínima (um a zero, dois a um).
Parece que o Oscar Tabarez inverterá as posições desse trio ofensivo na cancha, recuando Cavani para enganche- por ser mais jovem e mais forte - e adiantando Forlán para poupá-lo um pouco do desgaste físico. Desmanchará, assim, o que deu certo da segunda rodada até agora. Se em vinte ou trinta minutos a estratégia não der resultado, ele volta para a formação já testada.
Sábado
11h - ARGENTINA (4V) X ALEMANHA (3V, 1D):
Aqui a minha torcida não coincide com meu palpite. Argentina é minha preferida, mas acho que dá Alemanha.
Os alemães jogaram muito bem contra Austrália e Inglaterra (malgrado o gol inglês não anotado pelo Larrionda pudesse ter mudado esse jogo), razoavelmente na derrota para a Sérvia, e mal na vitória contra Gana. Já marcaram 9 vezes.
Os argentinos por sua vez, tem 10 gols anotados, mas uma defesa preocupante. Eu escalaria Otamendi, Burdisso, Samuel - voltando de contusão e Heinze. Maradona deve optar pelo lento Jonas Gutierrez, Samuel, o lento e fraco De Michelis - tem a única vantagem de jogar na Alemanha, no Bayern München, time de sete dos alemães - e Heinze.
Na meia, aparentemente Verón ficará no banco para dar lugar a Maxi Rodriguez - piorando um pouco a distribuição do jogo para reforço da marcação, e o tímido (nesta Copa) Di Maria cede passo a Pastore.
Para que os portenhos ganhem, tem que ser o dia do craque. Messi tem de fazer uma daquelas atuações típicas de quando veste a azul-grená do Barcelona, enfileirando todo mundo, e perdendo a virgindade metendo uns dois gols. Tevez e Higuain terão de jogar bem.
Pela lógica, Alemanha. Pela torcida, 3X2 para a Argentina.
15H30 - PARAGUAI (2V, 2E) X ESPANHA (3V, 1d):
O único prognóstico que considero fácil. O Paraguai realmente parece já ter cumprido seu papel e está pronto para voltar a Assunção nos braços de sua torcida. Um ataque débil - 3 gols, dois jogos em branco, contra um time que tem a bola em seus pés durante 60 ou 70% do tempo de jogo, e que embora ainda não tenha acertado o pé em seus arremates, conta com David Villa com 4 gols e em ótima forma. Há, ainda, o avante Fernando Torres, os meias Xavi e Iniesta, os reservas Llorente, Fábregas, Jesus Navas, Pedro, todos eles com vocação ofensiva. A Espanha, aqui, nem querendo será o cavalo paraguaio. Vitória por dois gols dos espanhóis.
Quem viver, verá. Como disse o magrão - não o Sócrates: "em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram". Vai por mim! Dominus verbum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário