NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

12 de jun. de 2010

XING LING X PRÉ-SOCRÁTICOS


Embora Xing Ling seja um termo para genéricos chineses, o termo é utilizável aqui porque a Coréia é o genérico da China, ou vice-versa. Onze jogadores iguais de um lado, onze filósofos hedonistas e preguiçosos do outro.
Na partida desse sábado, talvez a Grécia tenha se confundido com tantos jogadores iguais entre si. Quando Xenofonte imaginava estar marcando um, em verdade, outro jogador já o ludibriara. Quando Euclides ainda estudava as triangulações, uma bola em parábola, de escanteio, aos 7 min, já estava nas redes guardadas por Aristarco de Samos.
Na segunda etapa, Park roubou uma bola, driblou Platão e Erastótenes, e mais uma vez vazou a defesa helênica. Socrátes, o magrãonidis, dizia: só sei que nada sei!
A Grécia, inacreditavelmente campeã européia em 2004, foi medíocre. Só chuveirinhos da meia-cancha para dentro da área. Meias sem qualquer criatividade, zagueiros falhando grosseiramente (ninguém subiu no escanteio que originou o primeiro gol sul-coreano e erro na saída de bola no segundo), atacantes batendo cabeça pra dominar os tijolaços que lhes eram lançados.
A Coréia, não se sabe se realmente por ser uma boa seleção, ou se facilitada pela ruindade da Grécia, jogou bem. Praticamente não se viu ameaçada - só duas bolas chegaram a seu gol, teve um bom contra ataque, boas trocas de passes, jogadores com alguma habilidade. Por esse jogo, a Coréia merece um 7. A Grécia, sob as exigentes lentes do Aristóteles, o parvo peripatético, merece nota 3.
Agora acompanharemos aquele que promete ser o primeiro grande jogo de uma seleção que está entre as favoritas - o jogo da Argentina de Messi e Maradona.

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