Nesse grupos, pouca coisa se pode dizer com certeza, mas vamos lá!
GRUPO E:
Camarões é a primeira seleção eliminada, e a Holanda, a primeira matematicamente classificada. Apenas isso é certo.
Na última rodada, os eliminados de Camarões pegam a tranqüila Holanda, e nada faz desconfiar que a Holanda corra qualquer risco de perder o primeiro lugar da chave. No outro jogo, Dinamarca enfrenta o Japão, ambos empatados com três pontos, o Japão com um gol a mais de saldo (saldo zero versus saldo -1), e se enfrentam, tendo, por isso, os nipônicos a vantagem do empate. Aposto, contudo, na Dinamarca, que fez um bom jogo contra Camarões, com ótima partida de Romedahl, jogando como ponta.
Sei lá porque, se pelo eterno complexo de vira-lata brasileiro, quando vejo um time europeu, sempre sou levado a acreditar que um IDH alto equivale a um bom time de futebol, o que nem sempre é verdade, e portanto meu palpite pode ser facilmente refutado pelos japoneses (que diga-se, também estão no primeiro mundo - econômico, não futebolístico). O favoritismo dinamarquês sequer se sustenta com base nos fatos, tendo o Japão a seu favor dois de três resultados. Mas palpiteiro é assim mesmo, pouco importam os fatos.
Grupo F: "Fratelli d'Itália/l´Itália s´e desta/dell´elmo de Scipio/s´è cinta la testa/Dov´e la vittoria?..." (Irmãos da Itália, a Itália se levantou, com o elmo de Cipião, cobriu a cabeça. Onde está a vitória?).
É mister ler o trecho do hino italiano por duas razões: primeiro pela pergunta irrespondível até agora: onde está a vitória italiana, depois de dois empates, um defensável contra o Paraguai outro medonho contra a Nova Zelândia; depois, porque talvez não se ouça mais, nesta Copa, 0 hino após a próxima partida contra a Eslováquia. Poucas razões ainda há acreditar na Itália - a ruindade da seleção eslovaca, e a tradição infernal de a Itália sempre ir mal no início da Copa, recuperar-se e ainda incomodar - em 1982 também começaram com dois empates, com o diferencial que aquele time deles tinha ótimos jogadores (Rossi, Conti, Tardelli, Gentile, Zoff, Bergomi).
O Paraguai - quem diria? - está praticamente classificado - e não há nada de falsificado nessa afirmação. Um empate contra a fraca Nova Zelândia já lhe é suficiente. Deve passar em primeiro. Se a Itália se classificar, enfrentará, provavelmente, a Holanda já na próxima fase, num daqueles encontros entre grandes um pouco antes da hora devida. Todos tem chances, mas a tradição deve pesar, e teremos, neste grupo, Paraguai e Itália, nessa ordem, passando às oitavas.
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