NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

30 de jan. de 2012

EMPATE BOM, RESULTADO RUIM

É isso mesmo, o empate foi bom, embora o resultado tenha sido péssimo. Estamos em nono na classificação, apenas à frente do fraco Marcílio Dias. Jogamos bem melhor do que nas partidas anteriores, mas ainda não vencemos no campeonato. Só nos resta buscar seis pontos em dois jogos fora de casa se ainda queremos alguma coisa no primeiro turno, embora vencê-lo já me pareça impossível. Vencendo as seis partidas que faltam, chegaríamos a vinte pontos, o que duvido vá acontecer. Não conseguimos aproveitar uma tabela amplamente favorável neste início de campeonato, e vamos penar. 


Com um calor "fudido", o JEC começou pressionando, e o Figueirense marcando bem, alternando a marcação entre uma pressão no campo de ataque ou se fechando bem na defesa. Íamos razoavelmente bem no ataque, embora o Lima estivesse mais sozinho que Robinson Crusoé, sem radinho de pilha (copyright - Nelson Rodrigues). Ainda assim tínhamos algumas chances - a melhor com Tiago Real
Nós, ali na curva, alertávamos para a qualidade dos jogadores do Figueira, e na primeira vez que vieram em contra-ataque, em jogada rapidíssima, gol deles. Ainda tiveram mais uma outra chance, em lance anulado por (duvidoso) impedimento. A torcida não vaiou no intervalo, ainda que perdendo, porque o JEC jogava razoavelmente bem.


Na volta para a segunda etapa, finalmente o Gonzagão deixou o medo de lado (até porque já perdia) e colocou o segundo atacante. Também tirou o Gilton e colocou Badé. Num minuto, já deu resultado. Em lindo passe de Glaydson, Aldair empatou. Continuamos pressionando, Lima perdeu uma chance daquelas que costuma matar, e aos 29', em jogada de Eduardo, Ramon girou dentro da área e marcou um belo gol. Logo depois, Lima finalizou bem, mas Wilson fez uma defesaça. 
Aí, o castigo. Três ou quatro minutos após virarmos, em mais um lance pelo meio (como foi o primeiro gol), Linno passou voado pela bola, e Aloísio acertou um balaço no canto direito baixo de Ivan. O empate foi o resultado final, e o tal do Niell, no finalzinho, ainda mandou uma bola na trave, em um escanteio. Enfim, fim de jogo e só obtivemos o empate.


O que deu certo, e o que deu errado? 
Certo: a escalação originária, embora tenhamos feito um bom primeiro tempo, carecia de atacantes, então a entrada do Aldair parece incontestável, não só pelo gol que fez em um minuto, mas como pela movimentação, dribles, jogadas tabeladas com Eduardo.
Tarcísio fez mais uma boa partida, parece que é um da base que veio pra ficar. Glaydson jogou bem. Carlos Alberto me parece um jogador que acrescentará muito ao time, não erra passes,  consegue chegar na linha de fundo e também se aproxima da área para tabelar - gostei. Ramon jogou 90 minutos sob uma canícula terrível e para mim não apresentou cansaço, sempre participando bem do jogo. O time foi bem ofensivamente, resumindo, e a meia-cancha funcionou. Mateus também entrou bem.


O que deu errado? 
A opção do primeiro tempo por um só atacante. Só para comparação, o Figueirense veio com dois desde o início, e terminou com três homens no ataque (Niell, Júlio Cesar, Aloísio). 
Badé entrou muito mal. Lento e dispersivo. Pra ficar gordo, falta perder alguns quilos. Muitas jogadas do Fig saíram às suas costas. 
Não podemos nos encolher!
O miolo de volantes e zagueiros não funcionou defensivamente. Os volantes saíram bem para o jogo, mas o fato é que os dois gols que tomamos vieram em jogadas pelo meio de campo, o segundo com a ajuda do Linno
É de se pensar se não seria caso de mudar um dos zagueiros, para termos um mais rápido junto a um dos grandões que estão por ali - para mim, poderíamos tentar PP e Fabiano Silva, e me parece que a meia cancha deve ser Glaydson, Tarcísio, Carlos Alberto e Ramon. Aldair e Lima na frente. E o Gilton, ainda que numa fase que não seja espetacular, tem de jogar (não sei dizer se pediu pra sair, pode ter acontecido algo no intervalo).


Que as lições tenham sido aprendidas, é hora de o JEC parar de se apequenar, contra quem quer que seja (parece que ano passado aprendêramos isso), já vimos que dá para jogar no ataque (pelo menos com dois homens à frente), inclusive contra o Fig, sendo a hora de irmos para os dois difíceis jogos contra Atlético de Ibirama e Metrô para ganhar, porque já estamos com o copo meio vazio, e nossa única chance é buscar 6 pontos fora de casa. AVANTE, JEC! 

Ficha técnica: JEC 2 x 2 Figueirense, Arena, 29.01.2012

JEC: Ivan; Eduardo, Linno, Pedro Paulo e Gilton (Badé); Glaydson, Tarcísio, Carlos Alberto (Mateus) e Tiago Real (Aldair); Ramon e Lima. T: Gonzaga Millioli.
Figueirense: Wilson; Pablo (Coutinho), João Paulo, Fred e Hélder; Ygor, Túlio, Doriva (Franco Niell) e Luiz Fernando; Júlio César (Jackson) e Aloísio. T: Branco.
Gols: Aldair, aos 2’ e Ramon, aos 30’ do /2º T.

26 de jan. de 2012

JEC EMPATA COM O MARINHEIRO. É UM SEMI-NAUFRÁGIO.

Ouvi os primeiros minutos na rádio, e nada acontecia. Quando finalmente consegui encontrar a transmissão na internet, o Marcílio abriu o placar, em bela jogada pela meia-direita de Tiaguinho (melhor jogador deles), mas que contou com o auxílio da frouxidão na marcação tricolor. Ele passou por uns quatro, até cruzar e deixar um qualquer na cara do gol.
Esse barco tá flutuando ou tá afundando? 
Alguns minutos depois, com o JEC razoavelmente bem no jogo, Tiago Real recebeu pela ponta esquerda e foi derrubado ao lado da grande área. Ramon foi pra bola e... GOLAÇO, de falta. O primeiro gol de falta do nosso camisa 10 em um ano, na gaveta (tomara que depois de desencantar isso se torne uma rotina). 
Até o final do primeiro tempo o JEC foi melhor, embora sem chances claras de gol (só um atacante dificulta bastante que se criem oportunidades para marcar). Aldair deveria entrar no intervalo, o que não aconteceu.


No segundo tempo, o jogo começou morno, e GONZAGÃO disse que Aldair logo entraria, no lugar de quem estivesse mais cansado. O Marcílio voltou melhor, e nós, ali, amorcegando. Aos 10', Ivan operou um puta de um milagre.
Aos 13', finalmente, entrou Aldair (com as chuteiras erradas, pois choveu durante o intervalo e o guri escorregava em quase todos os lances), mas continuou à beira do campo o cagaço do Miliolli, pois já era de tentar algo mais ofensivo, tirando um volante, ou um dos três zagueiros (e não mudou mais ninguém até o fim do jogo). O jogo não estava difícil, nosso time é que produzia muito pouco ofensivamente. O time vai ter de se ajeitar sozinho, pois a ajuda do banco será pouca. Só aos 25 minutos chegamos com algum perigo, na segunda etapa. Bago pra frente, só ligação direta, após a saída do Ramon. Tivemos alguma posse de bola, mas chance de gol, nada, exceto por um chute de fora da área, na trave, desferido pelo Tiago Real. Aos 47' o Marcílio quase matou o jogo. 
Gostei do Tiago Real, do Ramon enquanto esteve em campo, do Tarcísio. O resto fez o feijão-com-arroz seco, sem nada de especial. Foi um pouco melhor do que contra o Camboriu, até porque se fosse pior, seria um filme de terror. Tá foda.


Parece que está tudo conforme o planejado, mas só nos planos do GONZAGÃO. O Nereu tava puto, falou na entrevista que, dos times que viu, o Marcílio era o pior, ou seja, não vencer o time mais fraco o incomodou. Deveríamos ter 6 pontos, dada nossa tabela bastante favorável (CAM e MAR), temos apenas 1. Estamos em oitavo na classificação. O jogo contra o Figueirense é um clássico, e um empate seria natural, para chegarmos a 7 pontos. Agora, o empate será péssimo. Só a vitória será aceitável, e acho que sem ela, Luiz Gonzaga logo terá de volta sua antiga função no Tricolor, a divisão de base. A imprensa já tá contra, a torcida quase, a diretoria também tá começando a dar indiretas contra o técnico. Tá na obrigação de vencer, e bem contra o adversário mais difícil. Espero que ele não entre num 3-7-0 pra não perder do time do Estreito. AVANTE, JEC!



Ficha técnica: Marcílio Dias 1 x 1 JEC, Itajaí, 26.01.12

JEC: Ivan; Linno, Fabiano Silva e Pedro Paulo; Eduardo, Glaydson, Tarcísio, Tiago Real, Ramon (Aldair) e Gilton; Bruno Rangel. T: Gonzaga Millioli.
Marcílio Dias: Anderson; Régis, André Luiz, João Leonardo (Dudu) e Guaru; Rodrigo Pontes, Nilson Sergipano, Douglas (Márcio Tinga) e Thiaguinho; Flávio Dias e André Neles (Leandro Kuszko). T: Jamelli.
Gol: Ramon, aos 30/1º tempo

25 de jan. de 2012

AS TROMBETAS DE JERICÓ (OU: ABRE O OLHO, GONZAGÃO!).

"Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta, e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram".
Quem conhece e acredita na bíblia (ou acessa o google) "sabe" que o povo judeu derrubou as muralhas de Jericó apenas com o soar das trombetas, e esta cidade era um lugar de acesso à Terra Prometida.
Pois que no reino da Inácio Bastos, se ainda não soam as trombetas demolidoras, as cornetas já estão "falando" alto, e, por vezes, estão sendo tocadas com razão, em busca de um futebol prometido, ou ao menos esperado pela massa, que já viu esse time jogar bem, há pouco mais de dois meses.
Luiz Gonzaga está dando a chance, rapidamente, de as trombetas lhe atazanarem. Já falamos sobre o jogo de domingo passado, com escalação a meu ver equivocada, com o time desorganizado. Hora de mudar, portanto, na cabeça do técnico. 


Então, pra jogar contra o Marcílio Dias, que tomou 5 a 0 do "melhor time do Estreito", com falhas clamorosas da zaga, do goleiro, enfim, depois de levar um baile, nosso técnico resolve que a "melhor" solução é um 4-5-1, ou seja, em vez de tentarmos agredi-los, forçar a zaga que parece fraca, vamos esperar o time deles, vamos "cozinhar" o jogo, e, TALVEZ no segundo tempo, soltar o time, com a entrada do Charles Albert e do Aldair, por exemplo (êta caganeira azarada do guri, perdeu a posição no banheiro). Me parece um contrassenso, uma mudança equivocada.
Time do Marcílio já tá escalado!
É claro que o esquema, por si só, não diz nada, e o que importa é como o time se porta, quantos conseguem defender e atacar, se o time está compacto ou não, se cada jogador sabe que espaço ocupar. 
Mas a escalação ensaiada no treino de ontem (vamos ver se confirma no apronto de hoje) foi a seguinte, e que a meu ver não traz um bom prognóstico para o jogo: Ivan, Eduardo, Linno, PP e Gilton; Glaydson, Tarcísio, Mateus, Real e Ramon; Rangel
Em resumo, desfazemos os três zagueiros (o que já deu certo nesse time), aumentamos a responsabilidade defensiva de Gilton e Eduardo (não é o forte deles), enchemos a meiúca de volantes (Glaydson, Tarcísio - esse me pareceu ao menos com tesão de jogar bola, embora tenha de tocá-la mais rápido - e Mateus), e vamos com um armador de muita ideia e pouco fôlego, e um com muito fôlego e pouca ideia. 
A alegação (repetida várias vezes) do GONZAGÃO é de que nossos adversários já sabem a maneira de o JEC jogar. Ora, convenhamos, Ipatinga, Chapecoense, Brasiliense, CRB, todos esses sabiam como o JEC jogava, e mesmo assim, não conseguiram impedir nosso jogo.


É torcer para o Marcílio ser realmente fraco, e ver no que vai dar. Se o JEC não VENCER amanhã, o time e o treinador entrarão no domingo com a corda no pescoço, com um ou nenhum ponto, contra o Figueirense, que certamente será dificílimo. 
Que rufem os tambores na quinta, que toquem as cornetas, mas que o JEC se reencontre, faça 6 pontos nas próximas duas rodadas, para que as anunciadas trombetas continuem guardadinhas, e não precisem tocar para derrubar o GONZAGÃO (convenhamos, em um jogo só não dá pra crucificar o homem), porque se isto acontecer, é que na terceira rodada, apenas, o JEC já estará em situação difícil no turno. AVANTE, JEC! 

23 de jan. de 2012

BONITINHO, MAS ORDINÁRIO - OU DERROTA NA ESTREIA

Eu falara na sexta-feira, no twitter, que achava que o BENDER, o Nilson Wilson,  estava meio velho pra apitar o jogo do JEC, mas até ele, com seus indefectíveis barriga e suspensórios, e mais de 80 anos nas costas, teria feito melhor que seu parente mais novo, o Evaldo Bender. Puta que o pariu, que juiz ruim e confuso. Prejudicou um pouco o JEC, irritando nossos jogadores (inverteu e inventou faltas, deu muitos cartões), mas também não adianta tapar o sol com a peneira e culpar só o árbitro por nossa má estreia. O Lima, pra variar, conseguiu uma expulsão besta, amarelo por reclamação (no intervalo), e mão na bola no segundo tempo (esse segundo cartão foi sacanagem do árbitro). Se o nível da arbitragem for esse, teremos, além dos habituais que nos prejudicam (Zé Acácio, Bezerra), outros que serão de lascar.


Mas, ao jogo. Voltava eu da praia, lá pelas 15h30, e encontrei, parado num posto de gasolina ali perto do Sinuelo, o ônibus do Camboriu, imagino eu que os jogadores estavam fazendo um lanchinho de beira de estrada, antes do jogo às 19h30, um pão com ovo daqueles que dão uma indigestão da porra. Imaginei, essa rapaziada vem aí só na capa da gaita, sai de casa só no dia do jogo, a partida está no papo. Mas...


Jogo jogado, some-se ao sempre perigoso jogo pós-título (o famoso carimba-faixa), o fato de que nosso time não esteve nada bem. Na minha opinião, GONZAGÃO escalou mal, e ajudou a complicar ainda mais o que já se anunciava complicado. Explico:
Aldair tivera, pela manhã, no hotel, uma virose (a famosa caganeira), e forçou Miliolli a improvisar, algo em que não se saiu bem. Resolveu escalar João Henrique no ataque (não me lembro de ele ser atacante, ou de ter jogado como atacante uma única vez, aqui no JEC). Aqui, Miliolli tinha de fazer o feijão com arroz e colocar o Rangel. Já tivemos uma boa dupla de atacantes fixos na área (Lima e Chris), e com laterais apoiadores, essa parecia a melhor opção com a ausência do proprietário do "col pola". 
E a opção por Tiago Real, como eu suspeitava, mostrou-se improdutiva (é jogador que carrega a bola, e sem a vantagem de poder explorar a sua velocidade, no segundo tempo, não me parece ser jogador capaz de organizar um time). Mateus me pareceu uma opção bem melhor, jogou mais do que Tiago Real, mas sem Ricardinho e Jailton, só nos resta torcer para que Carlos Alberto, de quem ainda não falei muito, possa encorpar nossa meiúca. 
Em resumo, as duas "opções" do Miliolli se mostraram erradas. Acho que já da pra adivinhar o que o homem vai fazer em Itajaí. Jogarão Mateus, Ramon, Aldair e Rangel. É torcer para ser melhor que ontem.


Ramon parece incapaz de bater uma falta por cima da barreira adversária, e seus escanteios, com grande freqüência, vão muito além do segundo pau, lá na linha da grande área do outro lado. Fez partida fraca, também.
Espero que a estreia seja 5ª feira!
Individualmente, ninguém jogou porra nenhumaDessa forma, com três alterações do meio para a frente em comparação ao time do ano passado, ficamos sem opções ofensivas, e num dia pouco inspirado dos que já estavam por aí, a derrota aconteceu de um jeito que há muito não víamos (6800 torcedores no campo, público razoável) no JEC


Aí, acabado o jogo, vou pra casa, e meu filho tá vomitando que parece  que tá no filme do Exorcista. Levei ao hospital, e, pensando, cheguei à conclusão que realmente não foi um bom dia. Mas como meu filho hoje já tá novinho em folha, espero que na próxima quinta-feira, vejamos um novo JEC (ou quem sabe, o velho JEC do ano passado). AVANTE, JEC!
Ficha técnica: JEC 0 x 1 Camboriú, Arena, 22.01.12, público 6881

Joinville: Ivan; Linno, Fabiano Silva (Tarcísio) e Pedro Paulo; Eduardo, Glaydson, Tiago Real (Mateus), Ramon e Gilton; Lima e João Henrique (Bruno Rangel). T: Gonzaga Millioli.
Camboriú: Cairo; Paulo Ricardo, Peixoto, Kau e Rodolfo; William Feijó, Ramon )Mendes), Geninho e Renan (João); Maílson (Néris) e João Paulo. T: Eduardo Clara.

19 de jan. de 2012

O JEC ESTÁ VOLTANDO! JEC X CAMBORIÚ. E A QUESTÃO RICARDINHO.

fonte: Notícias do Dia
Confesso que, para minha alegria, um dos poucos jogos a que faltei desde a inauguração da Arena foi JEC 0x5 Camboriuense. Em retrospectiva, vejo que foi uma medida salutar para o meu fígado, pela raiva que deixei de passar e pelas cervejas que deixei de tomar (tempo bom aquele em que se vendia uma cervejinha no Estádio Municipal).
Mas, mesmo assim, já tô com gana desse timeco (sim, nós somos o JEC e eles são um timeco) que enfrentaremos no domingo.
Não há dúvida que temos obrigação de vencer, diria eu, até que de golear. Com todo o respeito que todo adversário merece, o todo respeito que o Camboriu (aqui a análise do adversário no blog do rodrigo) merece é bem pouco. Terça-feira, em jogo-treino, o Figueirense meteu 4 a 1 no nosso adversário.


Mesmo com alguns problemas, temos tudo pra vencer. Eu nem lamento tanto assim as ausências de Renato Santos, Jailton e Capixaba (até porque não adianta chorar o consumado), pois acho que Linno e Ramon estão, comprovadamente, à altura dos substituídos, e tenho a impressão que Aldair vai se firmar como jogador profissional neste 2012 - esses dois últimos gols que ele fez, de fora da área, contra Ipatinga e Malutron (ou corinthians-pr), parecem mostrar que ele é outro jogador, muito melhor do que o juvenil que até há pouco conhecíamos. 
Solução para Little Richard!
Mas a inesperada ausência de Ricardinho - a que tanto já critiquei, mas que reconheço fez um ótimo segundo semestre em 2011 - pode nos trazer uma complicação a mais, pois agora já são quatro as mudanças no time, e, principalmente, mudanças no nossos dois meias de criação - como reza o chavão, o "setor criativo" do time.
Aponta-se Mateus como o provável substituto. Sei não... Mateus é bom jogador, mas volante (e pode-se dizer que Ricardinho vinha recompondo muito bem a meiúca, mas ele volante não é, é meia); tem boa qualidade de passe, é rápido, mas querer que ele tenha visão para armar o jogo pode ser querer um pouco demais - tomara que eu esteja equivocado. 
Corre-se o risco de uma marcação forte sobre o veterano Ramon inviabilizar nosso meio campo, se Mateus não se mostrar apto a organizar o jogo. Ficaríamos na dependência de subidas não planejadas de Pedro Paulo ou Fabiano Silva, e como sempre, apostando em nossos dois alas, Eduardo e Gilton que, é bem verdade, não têm nos deixado na mão (pra ser preciso, têm jogado pra caralho).


E devemos contratar alguém, já, para substituir Little Richard?
Parece que a diretoria, em reunião no último dia 17 deu "carta branca" para o Nereu contratar um substituto. Mas nada de sangria desatada, o nome será bem analisado. Hoje em dia, qualquer jogador meia-boca quer uma grana da porra, e por enquanto temos "soluções" no elenco que ainda não foram testadas - as opções parecem ser Mateus, João Henrique e Jocinei - e portanto, não sabemos se o jogador para suprir a lacuna não está já dentro do clube, sem custos adicionais. Se for pra procurar um jogador que tenha importância já para a Série B, OK. Só pra tapar buraco não se deve contratar, o caminho é usar quem tem e completar o elenco com a base.


Contra o Camboriu, o JEC (que agora é um time de Série B, não se esqueçam), não pode se comportar como um igual, e sim como um TIME GRANDE jogando contra um pequeno. Ou seja, ir para cima, desde o início. Eles é que se virem para marcar o JEC
É timinho sim, com respeito!
A escalação de Mateus, se confirmada, me dá a impressão de um time defensivo demais para encarar o irmão-gêmeo-pobre de Balneário Camboriú. Eu iria de João Henrique (ou até com Jocinei), mas essa opção, pela pequena contusão muscular que João teve no início dos treinos, aparentemente é inviável para o jogo de domingo.
Ivan, Eduardo, Linno, Fabiano Silva, Pedro Paulo e Gilton; Glaydson (me pareceu um pouco gordo), Ramon, Mateus; Aldair e Lima. Esse deve ser o time que o Miliolli escalará. 
Estaremos lá, no domingo, às 19h30 (se o final de semana for ensolarado, pode ser um bom horário, dá tempo pra rapaziada voltar da praia e encarar a arquibancada da Arena. Se nossos sócios são 7555 (e é pouco), esse tem ser o mínimo de público no Estádio Municipal.
Os três pontos são obrigatórios. Avaí ou Chapecoense (ou ambos) já deixarão pontos na primeira rodada, pois se enfrentam (quem sabe um empatezinho). O Criciúma vai até Ibirama, e perder dois ou três pontos por lá não será surpresa. O Figueirense deve vencer o Marcílio em Floripa. É vencer e largar bem no Campeonato. E também é bom para evitar qualquer cornetagem nesse início de trabalho do Gonzagão.
TODOS À ARENA, DOMINGO, 19H30. AVANTE, JEC!

16 de jan. de 2012

HÁ ESPERANÇAS, MAS NÃO PARA NÓS - PARTE II

Eu poderia falar da infeliz contusão de Little Richard, mas ainda não tô a fim. Serão 60 dias fora de combate para nosso camisa 8. Tomara que seja como foi com o Lima, ou seja, a contusão de um titular às vésperas da estréia seja prenúncio de título. Contratar alguém é a solução ou a solução estaria no elenco? Coisa para mais adiante, perto do jogo - sim, finalmente, domingo que vem, teremos o JEC para assistir.


Voltando ao tema do post anterior: queremos ser um dos 20 maiores clubes do Brasil? Como isso seria possível? Pra falar a verdade, eu não tenho um plano claro, uma bola de cristal, mas só algumas ideias que penso serem indispensáveis para que o nosso clube ascenda à Série A, ou pelo menos, fique na Série B, sem sobressaltos. Eis algumas idéias, porque só esperando (ou só de esperanças), sem nada fazer, já morreu um burro:


A TORCIDA:
1. Conhecer a torcida. Já falei nisso há um ano e meio (confira aqui), e muito pouco se fez. 
Quem é a nossa torcida? Estamos esperando que, por gravidade, ou seja, sem trabalho específico, apareçam mais torcedores associados? A meta de 10 mil sócios é a meta estipulada dois anos atrás, e ainda não atingida. 
Tivemos 20 mil pessoas no Estádio outro dia (e segundo informações de hoje, os sócios são "apenas" 7565). Algum panfleto, alguma propaganda, alguma campanha foi feita? Cadê o novo marqueting (a D'Araújo chegou ou não?)? 
Uma pesquisa séria - quantos e quem somos - fazia falta há 18 meses, e continua fazendo. Uma estrutura (eu sei, há custos implicados) para cuidar só dos sócios, ou um programa sócio-torcedor mais acabadinho, mais bem pensado (já tratei disso nesse post), com base em alguma pesquisa de mercado, se faz indispensável. Isso não é gasto, é investimento!
2. Fidelizar o trocedor: Já temos um programa bem razoável de benefícios para o sócio (descontos em muitas empresas, tais como farmácias, serviços automotivos, etc.). Uma boa medida. Mas falta algo. 
Os sócios recebem, além desses benefícios e do direito de entrarem nos jogos, qualquer outra carta, correspondência que não seja o carnê para pagamento das mensalidades? - O torcedor precisa sentir que o clube lembra dele, pois não basta que só o torcedor se lembre do JEC quando tem jogo. Coisa para o marketing e para a comunicação clube-torcedor. Com isso chego ao terceiro ponto.
3. Comunicar-se muito melhor com o seu público. Acho que aqui há um grande pecado do JEC. Como disse, se quisermos saber algo do clube, o jeito é recorrer à imprensa (e olha que, com exceções, sofre-se nesta área), aos blogs, sites, etc., pois do clube pouca informação vem. O site melhorou, mas ainda deixa a desejar. Um placar do sócios é algo que prego há muito. 
Ademais, com a internet, a inexistência de uma "mala direta" eletrônica, com informações diárias aos sócios (também àqueles que já foram sócios, mas por uma ou outra, não estão pagando mensalidades e, provavelmente, deixando de ir aos jogos), ou, ao menos, um e-mail na véspera dos jogos, com o serviço do jogo, horários de abertura dos portões, preço dos ingressos, enfim, informação pois essa comunicação fideliza o torcedor, penso eu. Nessa área informática estamos atrasados. 


ESTRUTURA DO CLUBE:
1. Transformar o Centro de Treinamento num Centro de Excelência
Foto da obra há dois dias.
Estamos no caminho certo. As obras no CT estão em andamento. Parece-me que concluída essa obra, outra poderia (deveria) ser feita. Bem perto do portão ficará o novo prédio, quando pronto. Então, há as pequenas arquibancadas, e depois há um refeitório, e outras acomodações acanhadas (acho que vestiários, depósito, etc). 
Parece-me que caberia mais uma estrutura ali, ampliando a área construída, talvez agora para dar perfeitas condições para o trabalho da base (de que falo abaixo) - alojamentos, estrutura que permita um salto quantitativo e qualitativo nas categorias inferiores.
Penso - e aqui posso estar equivocado - que seria necessária a ampliação da área do CT, ou seja, além de melhorá-lo, precisamos comprar mais um terreninho ali do lado do CT para anexar ao atual terreno. Eu gosto muito de nosso CT, mas tenho a impressão que ele logo pode ficar acanhado para nossas pretensões. 
Eu não sei bem, e estou com uma certa preguiça de pesquisar, mas acho que aquela área foi doada (ou vendida) pelo Irineu, e pode ainda ser dele. É questão de conversa, e logo, porque quando o CT foi construído, aquilo lá era o fim do mundo. Daqui a pouco vai ser área urbana, e aí o preço vai pra lua. Temos de ter mais um ou dois campos, uma meia cancha para treinos táticos e treinamento de goleiros. Acho que essa é uma opção mais barata do que ter de, daqui a alguns anos, começar outra estrutura, em outro lugar, por falta de espaço para acomodar tanto a base como os profissionais.
2. Ter esperança que os políticos concluam a Arena - essa é a providência que não depende do JEC, e só tem importância ocasional, não serão todos os jogos em que mais de vinte mil pessoas irão ao Estádio, mas mais comodidade - cobertura, término das goteiras sob as arquibancadas, facilidade no acesso ao Estádio - são providências que podem levar mais gente (e mais dinheiro) ao Estádio. Não é coisa que nos preocupe, aos arquibaldos, mas tem gente que não põe a bunda na arquibancada porque não é igual ao sofá de casa. Ainda que possamos virar o nariz para esse tipo de torcedor, ele também paga.
3. Ocupar espaços na Arena: a choperia não saiu. A ampliação da Toca não saiu. A Arena é ainda uma obra inconclusa, e os sonhos megalomaníacos de transformar aquele espaço num centro comercial ficaram esquecidos. Há espaços que o JEC poderia utilizar. Temos de ficar atentos se a lei que permitirá venda de bebidas nos estádios sairá ou não (o relator da Lei Geral da Copa ia permitir a venda, mas por ora voltou atrás). Se sair, é mais uma fonte de receita a ser explorada.


GESTÃO DO CLUBE
1. Pensar no curto prazo, mas pelo menos, também a médio prazo
FM comentou no último post e deu uma notícia que me alegrou. O projeto do JEC contempla a efetivação na Série A entre 2016 ou 2018, ou seja, estamos pensando no futuro, num prazo de até 6 anos. Isso já é grande coisa. 
O França sempre conta uma historinha: um clube na draga faz um planejamento para as coisas darem certo em 3 anos. Aí, para surpresa de todos, já dá certo no primeiro ano. As pessoas estranham o sucesso repentino, até que alguém tem a luz - ora, tendo um projeto, tudo tem um rumo, e pode dar certo a qualquer tempo. O que não dá é para viver como biruta de aeroporto, mudando a cada lufada de vento. Assim, não descontinuar os projetos, acreditar no que foi planejado (mesmo que percalços venham), manter o planejado, e não se desesperar por qualquer contratempo são medidas importantes.
2. Arranjar dinheiro
Não preciso falar nada sobre o assunto, auto-explicativo. 
Estamos, compreensivelmente, em meses de economia. Falou-se em BMG, em FIAT, em outras sonhos, mas nada disso. Falou-se em 10 mil sócios, e nada. Temos apenas a quarta maior receita do Estado, e comparados ao Fig, nossa receita é 3,5 vezes menor.
Conseguimos renovar alguns (Unimed e Havan já vazaram) dos patrocínios, outros ainda estão em processo de renovação, alguns renovaram. A TAIPA será um dos patrocinadores master. O outro está em aberto, fala-se na Schulz.
O pay-per-view do Catarinense é uma piada financeira. O dinheiro da Série B, embora para nós represente um significativo aumento de receita, poderia ser muito maior (confira aqui a FBA - Futebol Brasil Associados - que geria a Segundona foi sacaneada pela Globo e pela CBF), chegando, segundo Fábio Koff, a 1 bilhão de reais a possível arrecadação conjunta desses clubes, mas agora engessada a 30 milhões de reais até 2016.
Nossa divisão de base dá resultados apenas episódicos.
Há muita coisa a acertar.
3. Ter a sorte de gestões competentes: Segundo o planejamento do clube, seriam necessários mais três ou quatro mandatos para o JEC chegar ao seu objetivo. Todos sabemos que o próximo presidente será o Nereu. E se for bem, será por dois mandatos. Já são quatro anos na mesma linha (e parece que o Nereu, por osmose, pegou um pouco do pão-durismo do Márcio, negando-se a recontratar o Jailton pelo que o empresário deste pedia).
Depois, o caminho natural seria, para alguma (pouca) novidade, o João Martinelli, ou para, não se esqueçam, a volta do Márcio. Temos aí oito anos pela frente, com a mesma direção que já comanda o JEC há três ou quatro anos.
Assim, teríamos garantida a continuidade de um mesmo grupo, a garantia da manutenção dos rumos (dês que eles se mostrem corretos). 
Vejam que não estou defendendo a atual diretoria, apenas expondo o quadro que, num exercício de adivinhação, parece provável. Não quero ser arauto do continuísmo, mas sabemos, se as coisas continuarem a dar certo, essa continuidade será bem-vinda, evitando-se arrivistas ou brigas políticas que costumam redundar em maus resultados dentro do campo. 
Agora, se tudo der errado, esse grupo que aí está que saia, sempre na base do voto.
Se as próximas gestões continuarem na balada da "era Márcio Vogelsanger", teremos bons tempos adiante.


DIVISÕES DE BASE:
Não no cemitério, mas no time de cima!
1. Decidir o modelo que queremos para a formação de jogadores:
Estão imbutidas na escolha do modelo duas implicações: - quem queremos na base do JEC, e o quê queremos da base do JEC.
1.1. Queremos uma divisão de base que ganhe títulos, ou que forme jogadores? Todos parecemos concordar que o importante é formar jogadores. O Miliolli era o cabeça desse projeto, mas agora está no time principal. Se for mal, volta para a base? Espero que sim, para que não se mude os planos a cada estação de chuvas em Joinville (e olhe que chove pra cacete).
1.2. Depois, quem ficará na base, ou melhor, qual será a base que teremos: outro dia, o Márcio (acho que num de seus arroubos pós-derrota, penso que logo após a perda do título do juvenil) disse que por ele acabava com os juvenis, porque como não pode assinar contrato, esses jogadores são perdidos facilmente para outros clubes, deixando o clube pendurado no pincel.
A Ponte Preta decidiu encerrar (confira aqui) a sub-21, porque ou o jogador está pronto antes dos 21 anos, ou nunca virará em porcaria nenhuma. 
Isso precisa ficar bem definido: quais serão as divisões da base; a situação de cada guri precisa ser bem vista, a sua vinculação com o clube bem amarrada, sob pena de se investir por três ou quatro anos no piá, e depois, por vinte ou trinta moedas, o "nosso" jogador vai embora sem nos trazer nada, senão decepção.
2. Fazê-la autossuficiente: Hoje a divisão de base, pelo que se ouve, "custa" entre 70 e 80 mil por mês, ou seja, algo entre 850 mil a um milhão por ano.  Esse número é um mínimo que a divisão de base tem de ser capaz de "economizar" ou de gerar receita para o Clube.  A divisão de base só vale a pena se der retorno. Se for só custo, fodeu!
Cito o quê o Diretor de Marketing comentou aqui no blog, em 16.12.2011:
"Aqui no JEC, temos um plano para mudar isso. O plano passa pelo FORTALECIMENTO da base. Se tudo der certo [imagino que esse dar certo pressuponha a grana do Governo Federal, cuja captação ainda é incerta], investiremos até 3 milhões de reais na base, apenas em 2012. A média de investimento na base, nos antos anteriores, foi de 840 mil reais".
O plano é ambicioso, mas é caro. Tomara que tudo dê certo.
Então, no mínimo, para a base não ser um "prejuízo" para o clube, esses jogadores das categorias inferiores têm de representar uma economia na folha mensal do elenco principal que beire os 100 mil reais, ou seja, essa gurizada tem de evitar a contratação de jogadores para cobrir buraco, para suprir de afogadilho a contusão de um ou outro, evitando durante o ano o pagamento de (altos - ou razoáveis) salários a jogador come-e-dorme, evitando o pagamento de luvas e/ou rescisões contratuais de atletas que  nada trazem de bom ao clube, pois só aparecem na foto no dia da apresentação, para depois sumirem no ostracismo dos treinos, reaparecendo só na hora de ir embora, com a notícia de que o JEC pagou todas as verbas rescisórias
Num elenco de 27 ou 28 jogadores (o do ano passado era desse tamanho), 7 ou 8 tem de ser da base - e mais difícil, terem qualidade - para representarem essa economia mensal de uns 100 mil, para que, ao menos, a base seja autossustentável.
3. Fazê-la render frutos na bola e nos cofres
Complementando o item anterior, depois de fazer a base "não dar prejuízo", o negócio é fazê-la dar "lucro". Isso depende de que bons jogadores assumam algumas das onze camisas titulares (não basta compor elenco, portanto), ganhem visibilidade, ajudem o time a vencer (eis o lucro "na bola") e sejam vendidos, por uma boa grana (eis o lucro "nos cofres"). 
Exemplifico: Por Gilton, especula-se (tá lá no NASCEUCAMPEÃO), há uma proposta de um milhão do Botafogo. Precisaríamos no mínimo uns 3 Giltons por ano para que a base seja "lucrativa". Não é fácil. A propósito, Aldair é nossa próxima esperança de arranjar uns (bons) caraminguás, e não só por isso, mas também por isso, tem de ser titular no Catarinense. Aldair tá até chutando bem de fora da área. Se fizer uns 5 gols assim, mais uns perdidos de dentro da área, já em maio terá seu valor muito aumentado.


Já escrevi demais. É a abstinência futebolística que, finalmente, acaba no domingo, às 19h30. No próximo post (quarta ou quinta-feira), volto ao futebol, e só a ele, sem bastidores, sem projetos, sem idéias. Só a boa e velha "bola rolando", porque ninguém mais tem saco pra esses assuntos extra-campo. Nem eu. AVANTE, JEC!

11 de jan. de 2012

"HÁ ESPERANÇAS, MAS NÃO PARA NÓS" - PARTE I

Se podemos pretender alguma coisa, ter algum objetivo institucional como Clube de Futebol, essa meta deve ser a de nos consolidarmos como um dos principais 20 times do país. Acho mais realista querer estar sempre entre os 40 maiores clubes do Brasil. Isso porque ficar na segunda divisão é algo palpável, plausível e razoável, mas querer nos estabelecer entre os 20 times da primeira divisão, uma utopia realizável, mas dificílima.
Sejamos realistas. Há 12 clubes que nunca (eu exagero, confesso) ultrapassaremos. São os 12 grandes: Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense; Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos; Cruzeiro e Atlético; Grêmio e Inter. Como bater esses clubes em popularidade, em tamanho de torcida, em potencial financeiro (até porque essa nova divisão das cotas de TV só aprofunda o abismo)?  Sobram, de regra, a cada ano, apenas oito lugares na Série A (um ou outro grande vai cair, mas logo subirão). 
Coritiba e Atlético-PR; Sport, Santa Cruz e Náutico; Bahia e Vitória; Ceará e Fortaleza; Paraná; Remo e Paysandu; Avaí, Figueirense e Criciúma (infelizmente são realidades). Portuguesa, Ponte Preta e Guarani; Goiás. Eis aí mais 20 clubes de médios para grandes. São 32 clubes importantes. Poderíamos acrescentar outros como , Atlético-GO, América-MG, América-RN, CRB, CSA, Juventude, Caxias, Brasiliense, aventureiros do interior de São Paulo, alguns adormecidos, como os times de Ribeirão Preto (o "come-fogo"). Chegamos facilmente, se pensarmos um pouco mais, a 40 clubes maiores ou de igual tamanho, no mínimo comparáveis ao JEC, além de aventureiros ocasionais (vide Ipatinga, Paulista). Ou seja, cada dia, cada jogo, cada decisão certa ou errada influencia os destinos do clube, podem significar um passo adiante ou um passo para o abismo, este mais definitivo que aquele (leiam, a propósito, este link, lindo e triste como poucos, sobre o fim do Moto Club). Faço uma pergunta: onde estão clubes da importância de um Bangu, de um América? Clubes de grande tradição também somem do cenário!


Enfim, como se estabelecer definitivamente no panteão dos clubes respeitáveis do Brasil?
Acho que só esse raciocínio nos mostra quão difícil é nosso caminho, e que a manutenção na Série B, por alguns anos, é uma coisa importantíssima. O acesso à Primeirona é, para mim, secundário por ora.
Quais os caminhos que, nessa encruzilhada, nos levam (ou podem nos levar) ao topo? - Eu não tenho certeza, apenas alguns palpites, mas isso é assunto para o próximo post.
A frase do Kafka, que encabeça o texto, é evidentemente uma provocação. Claro que há esperança para o JEC - e ela renasceu muito mais forte no ano passado - mas mais do esperar o melhor, é necessário muito trabalho, profissionalismo, avanços institucionais, e outras coisas. Falo mais em alguns dias. AVANTE, JEC!

9 de jan. de 2012

AI, QUE PREGUIÇA! MAS O CATARINÃO ESTÁ AÍ!

Or in the next 13 days.
Eu voltei, definitivamente. Voltei pro trampo, pro blog, pro JEC, pro JECMANIA. Só falta meu cachorro me sorrir latindo. Começou 2012, embora a preguiça ainda seja crônica. Pelos poucos comentários e acessos, vejo que não sou só eu.
Acontece que não chega nunca o dia 22, para que vejamos nosso time contra o Camboriú. E depois disso, em dez dias, já teremos chegado ao fim de 4 rodadas (Camboriu (C), Marcílio (F), Fig (C) e Atl-IB (F), ou seja, em curto espaço de tempo já poderemos pesar mais ou menos bem como estará o campeonato. Já haverá times com 3 ou 4 derrotas, que desde logo se concentrarão na luta contra o descenso, e quatro o cinco times já lá com 8 ou 9 pontos, brigando pelas vagas - numa toada que dificilmente será alterada. Precisamos estar nesse último pelotão. 
Prevejo vitória tranqüila (malgrado seja estréia) contra o Camboriú, vitória difícil contra o Figueirense, e nos dois jogos fora, acho que faremos pelo menos 3 ou 4 pontos. Dá pra chegar na quarta rodada com 10 pontos, liderando o campeonato (acho a tabela dos principais adversários pior do que a nossa nesse início). Essa primeira metade do turno é mais fácil que a segunda metade, e por isso precisamos largar bem (o que quase sempre fazemos). Na quinta rodada vem o Metrô (F) - também dá pra ganhar, depois CHA (C), CRI (F), AVA (C), BRU (F). Se fizermos mais uns 10 pontos nesses jogos, dá pra vencer o turno (talvez sejam necessários mais alguns pontos, mas esse é meu chute).
Ano passado, jogando mal, com um time ruim (ou pelo menos, bem pior do que esse, fizemos 13 pontos no turno e 14 no returno, com um aproveitamento pífio de 50%, isso contra uma porrada de timecos),  ainda assim nos classificamos para as semifinais de ambos os turnos - e se tivéssemos vencido aquele JEC 1x4 Metrô, teríamos chegado na frente no primeiro turno com 17 pontos e jogaríamos as decisões em casa, e pelo empate. Como se dizia por aí, só com o Ivan já teríamos ido muito melhor no certame, porque o Paulo Sérgio e o Max (principalmente este) não deram conta do recado.  
Vejam só nossa escalação de há um ano (cruzes!) - na estreia contra o Brusque: Paulo Sérgio; Daniel, Souza, Renato Santos e Eduardo; Tiago Soller, Dias, Ramon e Jocinei (Marcelinho); Marcelo Silva (Edinho) e Pantico (Aldair).
Estamos melhores em pelo menos 8 posições (Ivan, Pedro Paulo, Fabiano Silva, Badé, Glaydson, Ricardinho, Lima e Aldair/Rangel), exatamente naquelas em que não continuaram os jogadores (Eduardo e Ramon continuam), e uma estamos em pé de igualdade - Renato Santos por Linno na outra mudança. Não dá pra não ser otimista. Esse time de 2012 venceria facilmente o de 2011. 
É claro que não sei se jogaremos no nível em que estávamos em dezembro já de cara, mas qualquer coisa parecida com aquilo será suficiente para que vençamos pelo menos um turno, acho eu. É de se ressalvar (para que não soem as cornetas já daqui a 10 dias) que nosso time cresceu muito na segunda fase da Série C, a primeira fase foi bem mais difícil (nosso time estava crescendo, ainda), e pode ser que só vejamos o JEC de novo jogando muito lá no returno, e se tudo correr bem, chegando na final do Catarinão na ponta dos cascos, e aí, prontos para brigar pelo título e já prontos para a Série B (com alguns reforços pontuais), que começará uma semana depois.
A pré-temporada está me parecendo muito bem pensada. Mesmo esquema da reta final da Série C, com treinos em período integral, descanso no hotel, para já chegarmos fisicamente acima de alguns adversários, e para que o entrosamento com que fechamos o ano já reapareça parcialmente no início do torneio. Reverson Pimentel sempre parece saber o que faz. Nosso time chega inteiro, porque tivemos aquela folga antes da final, e mais essas férias longas. Não tem ninguém quebrado, ninguém bichado; nossos jogadores já se conhecem e o grupo não tem rusgas; estão todos adaptados ao clube e à cidade, e têm o incentivo da torcida. Acho que vai dar certo. AVANTE, JEC!

4 de jan. de 2012

CAMPEONATO CATARINENSE 2012 - COMO SERÁ?

Pessoal de Chapecó vindo jogar o Praeirão no litoral!
O Praieirão-2012 já tem fórmula de disputa e tabela completa. De 22 de janeiro a 13 de maio estaremos envolvidos no Catarinão para, pasmem, em 19 de maio já fazermos nossa rentrée (ui!) na SÉRIE B (êita, porra!).
Teremos turno e returno de 9 rodadas, com pontos corridos. Depois, haverá um cruzamento semifinal com jogos de ida e volta, entre os campeões de turno e returno, além dos dois melhores times por índice técnico (ou três, se o mesmo time ganhar na ida e na frida). Os vencedores desses cruzamentos farão a final.
Como Atlético-HA, Metrô, Brusque, Marcílio Dias Camboriú farão figuração, restam 5 times para quatro vagas a esse quadrangular final. É claro que pode haver alguma surpresa num campeonato no máximo mediano, como o Catarinense, e o Marcílio Dias parece estar querendo fazer algo interessante (licenciou a imagem do Popeye para ser seu mascote, parece que quer se reestruturar). Vamos esperar, mas a lógica diz que JEC, Fig, Ava, Cha e Cri é que brigarão pelas quatro vagas para decidir o certame.

É óbvio que nosso nível de exigência com o JEC não será o mesmo do Estadual deste ano, em que entramos para apenas para não fazer feio (confira aqui o que escrevi antes do Catarinense deste 2011), e eu realmente não acreditava no título. Ficamos em 5º, menos do que queríamos, mas não muito mais do que merecíamos. 
Em 2012, não. TEMOS DE BRIGAR PELO TÍTULO

Eu quero MEDALHA!
Ano passado, em 18 jogos, o quarto colocado fez 27 pontos (o JEC também fez 27 e ficou em quinto). 
Só ganhando dos times fracos (em casa e fora) em 2012,  já são 30 pontos. Nada que não seja estar entre os quatro semifinalistas será um fracasso retumbante. E não há como acreditar em fracasso com o bom (e entrosado) time que temos.


O Avaí terá de refazer do rebaixamento, da rescisão com a LA Sports. Acho que terá um ano difícil. Mas com o Ovelha - que não é uma Brastemp, mas que se cacifou com o título pela bugrada -, e com alguns bons reforços que vieram da Chape (e do JEC), é, para mim, time que certamente estará entre os 4 semifinalistas.
A Chapecoense vem mais ou menos no mesmo nível de agora, e até mais fraca. Pensando bem, bem mais fraca. Contratou o ex-técnico do Cianorte (que vem tendo uns brilharecos), perdeu seus melhores jogadores, acho que é o mais fraco entre os cinco postulantes. É capaz até de aprontar um papelão (como fez no ano retrasado). 
O Criciúma e o Figueira são incógnitas. O "melhor time do Estreito" tem um orçamento muito superior a todos outros concorrentes, mas também acho que não vai se descabelar (financeiramente) no Catarinão, sob pena de gastar um dinheiro que lhe fará falta quando o bicho pegar, na Série A. Faz tempo que o Figueira não dá muita bola para o certame estadual.
O Tigre que lutava pelo acesso à Série A, nas últimas 7 ou 8 rodadas da Segundona só fez cagada, e também deve estar com uma certa crise de personalidade, não sabendo se mantém o time caro da Série B, ou dá uma aliviada no orçamento durante o Catarinão.
A ordem dos jogos do JEC é a seguinte, no turno (no returno, basta inverter os mandos de campo):


JEC x Camboriú (provavelmente) - embora não seja o mesmo time, tá na hora de devolver aqueles 5x0.
Marcílio x JEC
JEC x Figueirense
Atlético-IB x JEC
Metrô x JEC
JEC x Chapecoense
Criciúma x JEC
JEC x Avaí
Brusque x JEC
Nossa tabela está bastante boa. No turno, pegamos os concorrentes mais fortes em casa, salvo o Criciúma. Se continuarmos a jogar bem fora de casa, podemos precisar de uns poucos pontos contra Avaí, Figueira e Chapecoense para abiscoitar o primeiro turno.
No returno, pegamos os times mais fracos todos em casa, ou seja, quatro babas na Arena, além do Criciúma. Teremos 5 jogos em casa nesta fase, em vez de apenas 4, como será no turno.


Não me canso de ver os sites sobre nosso título! 
Esse é o da CBF!
Mais especulações sobre o certamente, só adiante, quando forem realizados jogos-treino, e os clubes efetivamente entrarem em campo. Por enquanto, especulações, e o JEC, por ora, nem sequer buscou repor os jogadores perdidos (Capixaba, Renato Santos, Jailton). Será que no início vamos de Aldair, Linno e Ramon, dando chances no banco pros jogadores da base, agora com o apoio do Gonzaga Miliolli, um conhecedor das divisões inferiores? Esperemos. 
AVANTE, JEC! AGORA EU QUERO O CANECO!