A narração de Sílvio Luiz do gol nigeriano na Olimpíada de 1996 é o melhor resumo já feito sobre uma eliminação brasileira em uma competição de futebol.
Hoje, queimou de novo.
Queimou o filme do Brasil na África! Sneijder!Sneijder! Mas também Phellype Mello, Julius Caesar (que furada, hein!), Kokô, Luis Fabiano - entrou em campo?, entre outros.
Falando do jogo: um primeiro tempo muito bom do Brasil, que logo aos dez minutos, após um lançamento perfeito de Felipe Mello, abriu o placar com gol de Robson, entrando pelo meio da zaga holandesa. Bispa Sônia chutou um bola bonita para difícil defesa do ótimo Stekelenburg, mas Deus não quis. Juan quase fez um gol após cobrança de escanteio.
Aí veio o intevalo e parece que cada time pegou a camisa do outro, e voltaram pro jogo, e os brasileiros com a camisa da Holanda viraram o jogo para o time dutch.
Sneijder, despretensiosamente, jogou uma bola pra dentro da área, Júlio Cesar tentou arrancar a cabeça do Felipe Mello, errou a bola e a/o cabeça-de-bagre, e ficou com essa cara de assustado do foto lá em cima. Lúcio já se cagava nesse momento - virou atacante daí pra frente.
Aos 23', o feitiço virou contra o feiticeiro. A bola parada, nossa grande amiga, fodeu com o Brasil. Escanteio. O apagadíssimo Luis Fabiano falhou na marcação de Kuyt no primeiro pau, que raspou de cabeça e pegou Sneijder sozinho no meio da grande área. Queimou!
Daí pra frente o Brasil virou uma palhaçada. Um bando. Felipe Mello deu um kung fu no Robben, e foi pro chuveiro aos 28', em outra tragédia anunciada - ano passado foi expulso igualzinho contra o Chile, e contra Portugal, já nesta Copa, mereceu ser expulso, mas o assoprador de apito deixou o pau comer solto naquele jogo entre Felipe Mello e Pepe.
A Holanda só não fez o terceiro gol porque não quis; houve um lance três contra um e o Juan conseguiu salvar milagrosamente. Teve também um lance em que os holandeses bateram uma falta rapidamente, e o árbitro mandou voltar, de forma equivocada. Três laranjados sairiam na cara do gol.
O time foi ficando cada vez mais nervoso e a única chance que ainda criamos foi numa sucessão de três escanteios seguidos, mas o gol não saiu. É verdade que o árbitro japonês amarrou o jogo pra cacete, enervando ainda mais os "canalhinhos'. Cada falta leva mais de um minuto para ser cobrada, cada lateral era mais pra trás. Em certo momento Robsonzinho até gesticulou para o Mijaro na Viola que ele precisava dar mais seqüência ao jogo.
O jogo se arrastou até os 48'. Fim - passagem da TAM já comprada. Dunga com destino à PQP, Felipe Mello para a academia de Pai Mei (pra quem viu Kill Bill), Júlio César pra Concórdia - sede da granja Seara.
Como está na capa do site argentino Olé: BRASIL 2014. Espero que jogando nosso verdadeiro futebol, ou seja, ofensivamente, e não tendo como esteio de nosso time a zaga, mas sim a meia cancha e o ataque.
Entramo pelo Kanu, de novo.
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