NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

25 de dez. de 2010

BALANÇO DOS AMISTOSOS, NOVO PATROCÍNIO E MERRY CHRISTMAS

"Então é natal, a festa cristã...". Só de pensar na Simone executando, a sangue frio, a música de Lennon, já tenho engulhos. O ex-Beatle deve agredecer por ter morrido antes desse assassinato musical. Mas vamos ao que interessa.
Nesse fim de ano o acesso ao site cai vertigiosamente - reconheço que vocês merecem um descanso dos desatinos que cometo por aqui. O JEC entrou em recesso - só voltando em 03 de janeiro - e é hora de esse blogueiro também dar uma pausa, pegar uma praia, e renovar as baterias para no ano que vem apoiar ainda mais o nosso Tricolor.
Mesmo devagar, há interessantes comentários sobre as aspirações  do JEC para o ano que vem, nos posts passados, especialmente no que trata do nosso possível papel de coadjuvantes no Catarinense. Quem tiver interesse, dê uma olhada.

Passo ao post propriamente dito:
OS AMISTOSOS: evidentemente não vi os jogos - nem foram transmitidos pela rádio, só sei dos resultados. Uma vitória (Corinthians Paranaense), uma derrota (o nosso conhecido Iraty) e um empate (Rio Branco de Paranaguá), todos fora de casa. Embora não possa atestar a qualidade dos adversários, não parece muito mau. Nossa gurizada parece que deu alguma resposta ao Leandro Machado. Vamos ver quantos vão ser efetivados, mas aposto que um bom número de guris deve continuar no time (economizando em salários, e dando rodagem aos nossos jogadores da base - a salvação, digo eu, está na base).

PATROCÍNIO: Não sou xiita em quase nada, só em questão de dinheiro. Pra mim, dinheiro é bom, e pronto. Some a isso, o fato de que o JEC precisa desesperadamente de grana. Assim, ainda que tenhamos o nome Criciúma na nossa camisa (é um pouco estranho, admito), o fato é que não torcemos para a Construtora Criciúma, para a Krona, Unimed Seguros, Taipa, Spieler ou Zum Schlauch - embora todos mereçam nossos aplausos por serem parceiros do Tricolor. TORCEMOS PARA O JEC, PORRA! Vamos nos concentrar nisso e economizar energia que seria usada para criticar a diretoria. Quando tenhamos de meter o pau, critiquemos; agora eles (diretores) estão na deles, precisando de um faz-me-rir, e agiram de forma acertada.
Abro parentêses: um conselheiro que conheço disse que o JEC tinha uns 5.500 sócios antes do jogo contra o América, e chegou a menos de 4.000 depois daquela tragédia revertida no STJD - não sei se a informação é precisa, mas a repasso (não é invenção minha, acreditem). Perdemos ainda mais arrecadação, portanto.
O primeiro passo é reconquistar esses "parceiros". Se, de fato, perdemos 1500 sócios, por exemplo, e todos fossem da arquibancada, teríamos perdido 45 mil por mês - deve ser mais, porque a turma das Cadeiras - que paga mais - foi a primeira a jogar as carteirinhas no campo. O patrocínio da Construtora Criciúma não vai nem cobrir tal rombo. Essa grana vindo lá da terra do carvão é bem-vinda. Não sou um purista - mas respeito quem o seja.

Vamos todos, cada um com uma pequena
ajuda, em prol do JEC!
PEQUENAS AÇÕES: No bar que frequento diariamente e na minha turma do futebol, tanto azucrinei meus amigos que vários deles se comprometeram a se associar no ano que vem. Acho que no bar conseguirei uns 5 novos associados no buteco e no futebol, pelo menos 7 ou 8. Se cada um de nós (sócios, ou mais modestamente, os leitores desse blog, que estimo em cerca de pouco mais de cem, com base nos na contagem de acessos) conseguíssemos um novo sócio, poderíamos ajudar o JEC a melhorar. Se realmente meus amigos não mijarem pra trás, estimo que ajudarei o JEC a arrecadar quase 6 mil reais em 2011. Se todos conseguíssemos algo parecido com o que tentarei realizar, seriam uns 700 mil/ANO pro nosso Clube. Meu único compromisso assumido foi o de levar a eles o formulário para virarem sócios, o que pretendo fazer já em 5 de janeiro.

HO-HO-HO: por fim, se o time está em recesso, se o Clube está em recesso, se a Toca do Coelho anda com expediente reduzido, permito-me também uma folga. Até dia 3 de janeiro - data da reapresentação do elenco - dou um descanso a vocês, salvo se eclodir a Terceira Guerra Mundial ou o JEC, vencendo Grêmio, Flamengo e Palmeiras, anunciar o Ronaldinho Gaúcho como reforço. Boas festas, até o ano que vem.
Não poderia encerrar sem agradecer a todos que me lêem, e mais especialmente aos comentaristas mais assíduos, Emerson, Enderson, Sandrão, Dácio, Thales, Jonas, Leonardo, Cristiano, e outros.
Claro, um agradecimento também aos seguidores do blog (visíveis na própria homepage do blog, razão pela qual me escuso de nominá-los) - embora evidentemente eu não seja um profeta para que me sigam.
Abraços a todos. Até o ano que vem. Saudações Tricolores. AVANTE, JEC!

21 de dez. de 2010

JEC, CERVEJA E PAY-PER-VIEW

O Qatar, país-sede da Copa do Mundo de 2022, será obrigado a, dentro dos estádios, permitir a venda de cerveja, em razão de compromissos publicitários e de patrocínio com uma marca de cerveja, de forma que toda a tradição religiosa terá de ser deixada de lado durante o Mundial.

A campanha "we want beer" continuará pra sempre aí
ao lado no blog. Cerveja pra todos é a minha proposta.
Mas aqui, nas terras tapuias, a cerveja está proibida dentros dos Estádios. No Estatuto do Torcedor, está vedada a cervejinha nas dependências da Arena - e de qualquer arena. Vejamos:
Art. 13-A. São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei:
I - estar na posse de ingresso válido;
II - não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência;

Primeiro, é absolutamente discutível - para quem for inteligente, o que não é o caso de nossos legisladores nem de quem cuida do futebol, no Brasil - que a cerveja aumente a possibilidade de prática de atos de violência. Já disse outras vezes, em mais de vinte anos de arquibancada, já vi brigas, a cerveja não era (ou poucas vezes foi) a causa das brigas.
Já cansei, contudo, de pregar no deserto, e a cerveja foi banida (acho que definitivamente) dos estádio. Essa onda de "politicamente correto" vai acabando com hábitos comuns, descaracterizando coisas tradicionais.
É de se dizer que um jogo não leva nem duas horas, nem dá pra encher os canecos apropriadamente. Agora, se o cara já chega baleado no Estádio, tudo bem (haja ignorância).
 
Segundo: tendo esse fato como certo, vem agora o que mais interessa ao clube - e não ao torcedor que gostaria de beber sua gelada - o número de presentes ao Estádio e a renda auferida na bilheteria.
Conheço vários "torcedores" que já não vão mais à Arena em razão da proibição de beber cerveja. Haverá, agora, um sério agravante - a transmissão para nossa cidade, em pay-per-view de jogos realizados em Joinville.
Serão 8 ou 9 jogos realizados em Joinville e transmitidos aqui na nossa praça, no pague-pra-ver. Como se vê, o time, nos turnos (antes das finais) fará nove jogos em casa e nove fora, ou seja, praticamente todos os jogos serão transmitidos pra quem quiser ver em casa ou no boteco, e deixar de ir ao estádio.
Não é de se esquecer que uma das razões que levou o Ayres Marchetti a retirar o Atlético-IB das competições do futebol foi a proibição de venda de cerveja. O empresário estimou em 400 mil reais a perda anual de arrecadação.
É bem verdade que aqui em Joinville não era o JEC que explorava a bebida, mas se vê que muito dinheiro deixa de entrar nos cofres de alguém. Se aqui se licitou mal a venda de bebidas, entregando a uma empresa de fora, a discussão é outra - incompetência de quem gere a Arena e permitiu a alguém estranho aos quadros do JEC. Se o Joinville tivesse a administração da Arena o JEC concederia a quem bem quisesse a venda de bebidas - e receberia para isso.
Adianto que já são vários os bares em Joinville os que transmitem, ao vivo - sem cobrar ingresso - os jogos do Tricolor na Arena. Até a padaria da esquina da Arena está pensando em botar um telão pra transmitir o jogo que acontece a 100 metros dali.
 
Por outro lado, serão pagos 220 mil reais (contra 196 mil do ano passado) ao JEC para remuneração da transmissão dos jogos do Tricolor em pay-per-view.
Essa conta - historicamente temos poucos pagantes no Catarinão, e a maioria dos presentes é de sócios - de ver o que é mais vantajoso financeiramente para o Tricolor, cabe à diretoria. De qualquer forma, sempre é importante que a TORCIDA esteja no Estádio.
Mas o fato é que com o ingresso a 25 reais (e não estou pregando a redução do preço, apenas fazendo uma constatação), pode-se beber, vamos dizer, seis cervejas de garrafa no bar. Se o cristão for ao jogo - 25 merréis de entrada mais seis latas (metade do líquido precioso que se degustaria no bar) a quatro reais - o vivente já gastou cinqüenta reais. Fica caro. É foda trazer a torcida pro Estádio desse jeito. AVANTE, JEC; MAS A SECO!

17 de dez. de 2010

O JEC - E SUA TORCIDA - ESTÃO PRONTOS PARA FAZER FIGURAÇÃO NO CATARINENSE?

 Eu, na condição de torcedor acostumado a previsões ufanistas e resultados pífios em campo, estou preparadíssimo para previsões modestas e resultados idem, especialmente se tenho em mente que visamos o objetivo maior - o acesso à série B, no segundo semestre.
Quais são os dez times do Catarinão - em ordem de favoritismo ao título do campeonato? Respondo eu:
Avaí e Figueirense (em condições de igualdade), Criciúma, JEC e Chapecoense (em condições de igualdade), Brusque, Metrô, Marcílio, Imbituba e Concórdia. Pode haver alguma surpresa aqui ou ali, mas o campeonato é mais ou menos esse: Capital e Criciúma pelo título; Marcílio, Imbituba e Concórdia brigando pra não cair. O resto vai ficar ali pela meiúca da tabela.

A direção do JEC está pronta para isso, para perder o campeonato conscientemente? Vai aguentar a pressão da torcida? O Leandro Machado não vai ser execrado e demitido depois de duas ou três derrotas quaisquer, como muitos outros já o foram - inclusive neste ano - Ramirez, Ovelha, Edinho?

Sem qualquer crítica à União Tricolor (nesse aspecto que agora trato, porque tenho críticas ao seu comportamento, p. ex., faixas de ponta-cabeça, não ter aplaudido o agora criciumense Carlinhos Santos, etc.) - até porque no Estádio eles são os únicos animados, nossa torcida é fria e corneteira - eles vão agüentar quietos o assumido papel de figurante de nosso clube?

Esse ano seremos coadjuvantes, figurantes no Praieirão.
Até nos anos em que fizemos papelão - o pior em 2007, 11ª colocação - só a frente do Próspera - quando inclusive formalmente fomos rebaixados, tanto que disputamos a divisão especial para jogar o Campeonato de 2008 - sempre se deu uma esperança (ainda que falsa) à torcida que iríamos disputar o título. Ano que vem, não. Estamos anunciando claramente nosso papel coadjuvante. O título, se vier, será um aborto. Vamos ver até quando vai dar pé.
Se algumas derrotas fizerem a diretoria (pressionados pela mídia e torcida) pensarem que precisam dar uma resposta imediata, então veremos a volta à balbúrdia, com contratações a esmo, desperdício de dinheiro, "correção" dos rumos, e o planejamento para o ano ir por água abaixo. Que isso não ocorra. Assumidamente, coadjuvante. AVANTE, JEC!

16 de dez. de 2010

ACESSO CONFIRMADO - HORA DE MUDANÇAS NO BLOG E OS OBJETIVOS DO JEC PARA 2011

Finalmente, a CBF confirmou a reclassificação dos clubes na Série D, decorrente do julgamento do caso JEC x América no STJD, e desta forma, formalizou nosso acesso à série C do Brasileirão.
É hora de mudar, de ir adiante também aqui no Blog.

Primeiro, criei um twitter do JECMANIA. O link está aí ao lado, no espaço próprio. Serão somente comentários breves, como aliás é da essência do twitter, quando eu estiver sem tempo para escrever aqui, ou para assuntos menos importantes, além de anunciar os novos posts do blog. Os textos mais elaborados continuarão aqui no JECMANIA de sempre.

Depois - e mais importante, retirei os links que levavam o leitor do blog a páginas referentes à série D, e os substitui pelos da Série C, especialmente a wikipedia e um blog específico sobre a Série C. Acho interessante que o leitor que vem ao blog possa encontrar vários links para outros sites de interesse do torcedor, sejam noticiosos ou opinativos, a fim de que possa buscar mais facilmente outras notícias do JEC, e outras opiniões, e não só as deste blogueiro.
Fico muito feliz com essas mudanças, tudo em razão de que os últimos acontecimentos permitiram algo de novo no blog, e principalmente no cotidiano Tricolor.

Chega de andar em círculos!

Como já disse outro dia, não se se agüentaria nossa submissão ao "mito do eterno retorno", ou seja, de que ano após ano, as mesmas alegrias, tristezas, vitórias e derrotas se repetissem indefinidamente, e nada de novo acontecesse. Temos novos horizontes, novos objetivos.

Isto posto, me contradigo (discordo de mim mesmo por várias vezes) e cedo à tentação, repetindo a coluna de 20.01.2010. Primeiro, porque no início do blog, quase ninguém o lia, então o que segue é praticamente inédito para vocês; depois, porque é a mais pura verdade - ou pelo menos, verdade para mim.

"Todos conhecem Alex Escobar, comentarista do SPORTV e mais recentemente apresentador esporádico do Globo Esporte, e que tira onda de profeta, adivinhando/chutando (erra mais do que acerta) resultados durante o Brasileirão.
Vejam o que ele disse sobre o América-RJ, clube para o qual torce, e com tanta ou mais (eu diria mais, mas não quero diminuir o nosso Clube) tradição do que o JEC:
“A consolidação do América como um clube resgatado passa por estar pelo menos na série B do Brasileirão. Disputaria assim campeonatos competitivos e com TV o ano inteiro, atrativo para jogadores de bom nível que estariam dispostos a contratos longos. Ganhar o Carioca seria maravilhoso, mas não basta e não é o passo mais importante. O objetivo maior deve ser conquistar ainda nesse ano o acesso à série C do Brasileiro”. (http://colunas.globoesporte.com/alexescobar)Na sentença acima, tirem “América” e coloquem “JEC”. Tirem “Carioca” e coloquem “Catarinense”. Eis o meu pensamento, literalmente. Se der pra ganhar o Catarinense, beleza, se não der, o que importa realmente é o acesso à série C [isso eu escrevera no início do ano, substitua agora por Série B]. Não há nada de adivinhação aqui, é a mais pura e simples lógica".

É isso. O Clube [a diretoria] também está pensando assim. Acho que pelo menos na concepção, o ano de 2011 começa bem. Vamos ver se não se perdem na execução dos planos. Série B é o que interessa. AVANTE, JEC!

14 de dez. de 2010

NÃO HÁ MAIS O QUE CONTESTAR - RESULTADO DO JULGAMENTO

Ainda que a CBF não tenha tomado as providências decorrentes do julgamento, o que logo deve ocorrer, com a publicação do voto tenho a questão está resolvida - definitivamente.
Eis o acórdão (a decisão) do STJD, ipsis litteris, encontrado por indicação do Karpanno, no seu twitter:
"Por unanimidade de votos, se conheceu do recurso [do JEC] para no mérito dar-lhe provimento, para condenar o América Futebol Clube à perda de 6 (seis) pontos, por infração ao art. 214 do CBJD c/c art. 184 do CBJD, bem como ao pagamento de multa no valor de R$300,00, por infração ao art. 214 do CBJD. Determinou-se, ainda, que os pontos eventualmente obtidos pelo Clube nas referidas partidas não sejam computados, conforme o parágrafo 1º do art. 214 do CBJD, com a conseqüente reclassificação das equipes, não havendo que se falar em realização de novas partidas ou sua repetição...".
Por isso, a perda de 6 pontos, ainda que se considerem os pontos obtidos pelo América após os jogos contra o Joinville - o que não deveria ser feito, e sim excluído o América a partir daquele momento, desconsiderando os jogos seguintes - leva, com toda a certeza, à conclusão de que o América fica com MENOS pontos do que o JEC, e portanto, com a determinada reclassificação, nós passamos o manauaras e subimos pra C.
Sestário, é só fazer as contas, mané!
Isso porque o JEC, em 12 partidas (6V, 4E e 2D) somou 22 pontos; o América, em 16 jogos (6V, 5E e 5D), somou 23 pontos. Descontados os 6 pontos, voltam à 17 pontos, e o JEC o ultrapassa, sem dúvidas.

Basta a CBF cumprir o acórdão, agora, e c'est fini.

E se quisermos uma interpretação ainda mais favorável para o JEC, perfeitamente possível dado o teor do acórdão, vê-se que o América, além de perder os seis pontos, teria de perder os 4 pontos da vitória e empate contra o JEC - pois cumprindo-se que "os pontos obtidos nas referidas partidas não sejam computados", tirariam-se, no total, 10 pontos do Mequinha. Essa última interpretação é só minha, não deve prevalecer. De qualquer forma, TRICOLOR NA SÉRIE C! AVANTE, JEC!

13 de dez. de 2010

UM POUCO DE OTIMISMO - A SÉRIE C 2011

Encerrada a série B, já temos os rebaixados à terceira divisão, e igualmente, após o julgamento no STJD, já temos os clubes que conseguiram o acesso para a terceirona, vindos das profundezas da série D, já sendo possível fazer uma previsão sobre nosso caminho na Série C-2011.

Eis os vinte clubes, com prováveis agrupamentos. Lá pra cima, em chaves que poderão ter um ou outro componente, estão:
Aguia de Marabá, Araguaína, Paysandu e Rio Branco (Região Norte); Fortaleza, Guarany de Sobral, Campinense, CRB, América-RN (Nordeste); Luverdense e Brasiliense (Centro-Oeste). Mais perto, estão Santo André, Marília, Macaé, Madureira e Ipatinga (Sudeste); JEC, Chapecoense, Brasil de Pelotas e Caxias-RS (Sul).
Nosso grupo, portanto, deverá ser uma pedreira com os quatro times do Sul (JEC, Indiada do Oeste, Tomadores de Vinho e a Viadagem toda) mais Santo André ou Marília, por exemplo, ou um time  carioca (Macaé ou Madureira).


Isso posto, é importante que comecemos a planejar alguma coisa, sem deixar tudo ao deus-dará, pois fazer uma equipe mequetrefe pode resultar, novamente, em rebaixamento. Não se pode esquecer que esse ano o outrora poderoso JUVENTUDE foi rebaixado para a série D. Não se diga que isso não acontecerá conosco. O São Raimundo, campeão da Série D do ano passado, foi o primeiro rebaixado este ano de volta à 4ª Divisão. O primeiro passo, portanto, é NÃO CAIR. Depois, pensemos no acesso à segundona.


Outra questão: o regulamento será mantido ou modificado
A ser mantido o atual  regulamento - parece que os times querem alterá-lo para se fazer em vez de quatro chaves de 5 clubes, dois grupos com 10 equipes, de forma que com turno e returno, cada time tenha uma tabela com ao menos 18 jogos, garantindo um calendário mais robusto, mas há problemas para alterá-lo em razão do Estatuto do Torcedor - o acesso é possível, desde que (repito, cansativamente) tenhamos algum planejamento.

Isso porque, nesse regulamento com chaves de 5 times, o último colocado da primeira fase é rebaixado, mas dois times se classificam, e já jogam, imediatamente, um mata-mata para acesso à Série B. Ou seja, em dez jogos já se pode garantir uma vaga no lugar de nossos sonhos. O caminho é ainda mais curto do que o da Série D (leia, a respeito o meu propaganda da Orloff: Série C 2010 - Eu sou você amanhã, escrito em maio deste ano).

Nessa configuração, muito provavelmente jogaríamos a disputa do acesso com um time do Sudeste (Santo André,  Marília, Macaé, Madureira ou Ipatinga), ou numa hipótese mais remota, contra time do Centro-Oeste (Luverdense ou Brasiliense). É difícil? Claro! Mas, uma vez mais, teríamos mais torcida, mais apoio, mais mobilização na cidade do que nossos imaginários adversários. Só basta saber se teremos mais time.
Sonhar não custa nada. Fazer um bom time custa bastante. Planejar o futuro do Joinville - não tem preço (mas demanda trabalho, inteligência, visão de longo prazo - e é aí que o bicho vem pegando - vamos ver se Maomé, ops, Moyses, resolve). AVANTE, JEC!

10 de dez. de 2010

NOVO OBRA NO JEC: O PANTEÃO DOS HERÓIS DO ACESSO

Perdeu, Amaral
Temos três novos "heróis" na história Tricolor.
Na verdade, um é o bode expiatório dos erros da Diretoria do América: o Amaral. O pobre coitado não teve culpa nenhuma na história, mas por sua causa - não inscrição no BID e inscrição no campeonato quando já encerrado o prazo de inscrição para a Série D - acabou se tornando o pivô da eliminação do time amazonense. O fato é que sua escalação como reserva lá em Manaus e como titular aqui no Estádio Municipal, causou a eliminação americana na fase de quartas-de-final, e o acesso do Tricolor.

O outro responsável, o Dr. Roberto Pugliese Jr., nosso advogado, foi quem, a partir da descoberta da irregularidade, fez a denúncia e a defesa do Joinville perante o STJD, foi ao Rio quatro ou cinco vezes para os julgamentos, tratou com o Delfim, com o Virgílio Elísio, com deus e o mundo, e encontrou os argumentos exatos, atuando de forma sóbria, sem espetáculo, e na seara jurídica, foi o responsável pelo acesso. Como disse Henri Robert, "a frase de efeito não vale o argumento bem posto".  Sei lá de onde é essa foto, mas vem bem a calhar. Tudo beleza, dotô!

O último - mas não menos importante, é o tal de Paulo Hoffmann, de quem nunca ouvira falar até esse imbróglio (e esse é um defeito meu, não dele), o responsável pelo setor de registros do JEC.
Ouvi amigos dizendo: ora, o Hoffmann não fez nada mais do que seu trabalho - é até verdade, mas nesses tempos de hoje fazer bem o seu trabalho jé é coisa elogiável. Se considerarmos que nossos jogadores sequer fizerem o seu mínimo, o Paulo Hoffmann, vasculhando BID, site da CBF, escalações dos times nas súmulas, etc., descobriu uma irregularidade que não fora descoberta por ninguém. Para mim, ele fez muito mais do que meramente cumprir com sua obrigação trabalhista - como um jequeano, foi lá e marcou um golaço muito mais difícil que aquele do Ricardinho contra o Avaí, na final do primeiro turno do Catarinense. Gol de placa que garantiu uma possibilidade de futuro mais promissor para o JECAté ouvi na rádio que ele já tem propostas para deixar o JEC - o que indica sua competência.

Esses foram os personagens, que voluntária ou involuntariamente entraram para a História do Joinville. Um dia, lá adiante, quando lembrarmos da retomada das glórias do JEC (espero que isso realmente aconteça doravante), haverá de se dizer que Pugliese, Hoffmann e Amaral foram personagens centrais do acesso e de - quiçá e oxalá - um título nacional para o JEC na Série D de 2010.

Parabéns àqueles que, aproveitando-se da infelicidade (incompetência) que envolveu o Amaral, e buscando apenas o cumprimento da lei, salvaram o JEC de amargar mais um ano perdido em sua história. AVANTE, JEC!

9 de dez. de 2010

JULGAMENTO JEC X AMÉRICA: VOTOS E RESULTADO

Terminada a discussão, passamos ao que realmente importa - os votos dos auditores.
O relator, Francisco Müssnich, votou a nosso favor. JEC 1 x 0 América. Golaço desse careca aí ao lado. Disse que não é possível fechar os olhos para uma escalação irregular, e que ele vê isso nesse processo. Conclusão: perda de 6 pontos pelo América.
Vírgilio Val, ao contrário do que eu esperava, acompanhou o relator. JEC 2x0 América.
Caio Rocha, idem: 3x0. Mais um, mais um, gritaríamos se estivéssemos na arquibancada.
O quarto a votar, Alberto Puga, desconta para o América: 3x1.
Dario lacra o caixão americano e decreta a goleada: Tricolorzaço, série C. Flávio enterra de vez o defunto: 5x1.
O presidente, Rubens Aprobatto Machado decreta, inapelavelmente, a goleada. 6x1.
Eis, então, nosso involuntário herói: o Amaral, que sem querer, se torna um dos maiores craques da história Tricolor.
Ao lado dele, ainda que o Miranda possa ter participado nessa sessão (nem sei participou mesmo), também Pugliese, nosso Advogado, e Paulinho Hoffman deveriam receber uma estátua, ou pelo menos um nome de sala no Estádio ou no CT, pois salvaram um ano, e nos recolocam em um caminho ascendente. Não podemos perder essa oportunidade que se apresentou, ainda que por caminhos tortuosos.
Acabaram-se as teorias da conspiração, os achismos, os ataques infundados ao nosso advogado. Não havia e não houve sacanagem em momento algum, só os atravancos normais num "tribunal" que nada mais é do que um braço da CBF. Vitória lisa e justa no STJD.

FINALMENTE, SÉRIE C. Não tenho mais condições de dizer nada. Só comemorar. A análise dos erros e acertos, e a necessidade de uma nova direção no ano que vem será analisada nos próximos dias. 
Ironicamente, em exatos 90 minutos, entre as 14h05 e as 15h35 vencemos a partida mais importante do ano. Isso é que é partida emocionante. Por caminhos difíceis, cumpriu-se o objetivo tricolor em 2010. FINALMENTE, JEC! SÉRIE C, UM NOVO COMEÇO!

JULGAMENTO JEC X AMÉRICA: ADVOGADOS FALAM

Nosso advogado fez nossa defesa, na verdade a acusação contra o América.
Ele alegou, e muito bem, que houve confissão (tácita), inclusive na imprensa, e acho eu que a confissão, ainda que não expressa e mesmo fora dos autos deveria ser considerada.
Ademais, que o América não provou que o atleta estava no BID. Esta é outra regra de direito processual que nos beneficia, pois nós juntamos o BID e Amaral não constava. Se o América quer provar fato que modifique ou negue nossas alegações, deveria provar o que alega, e isso não foi feito.
Acrescentou que culpar a Federação é argumento diversionista, que busca desviar o foco da responsabilidade americana.
A vez passou ao Sestário, devogado do América. Em defesa de seu representado, disse que Amaral é jogador do América desde o ano passado. Que o boleiro esteve machucado e que jogou contra Vila Aurora e JEC por apenas cinco minutos (quer dizer então, ô mané, que enfiar só a cabecinha não é nada?). Aduziu que o contrato de 15.06 não pode ser considerado como de 15.10 (ou seja, fora do prazo), pois o América não seria louco (mas incompetente pode?) de inscrever um jogador tão fora do prazo.
Nosso advogado - não sei se o Pugliese ou o carioca Miranda (se não me engano) foi melhor - ateve-se a fatos, enquanto o Sestário apelou a conjecturas.
A Federação Cearense se manifestou, defendendo indiretamente o Guarany de Sobral, para que não haja novos jogos, e o Guaraná seja o campeão. Pouco influencia - e só o STJD classificar o JEC e homologar o título do Guaraná. Nem quero mais jogar, porra.
TERMINARAM AS ARGUMENTAÇÕES. VAMOS PRO VOTO, JEC!

JULGAMENTO JEC X AMÉRICA: PRIMEIROS MOVIMENTOS

Antes de mais nada, escrevi um post ontem e outro hoje pela manhã.

Depois do julgamento, dêem uma olhada se tiverem um tempo.
Pois bem, a sessão de julgamento iniciou agora há poucojulgou-se um caso do Vasco, um do Avaí, e então a sessão foi suspensa para se "discutir melhorias no STJD". Sei lá o que isso significa, mas tudo bem. Parece, num primeiro momento, que havia 6 ou 7 auditores habilitados a votar.

Então, as 14h04, foi apregoado nosso processo. Antes de passar ao mérito, o América pediu o adiamento do julgamento, mais uma vez, mas o pedido foi rejeitado por maioria de votos, vencidos Vírgilio Val e Alberto Puga (o que indica que esses devem achar que falta alguma coisa à acusação, e devem ser favoráveis ao América).

Francisco Mussnich relatou o caso (ou seja, explicou o caso aos demais auditores). Paulo Schmitt falou pela Procuradoria-Geral do STJD, obviamente a favor do Joinville, tanto é que recorrera contra decisão que absolveu o América/AM e disse, textualmente, que "houve flagrante irregularidade" na escalação de Amaral pelo clube amazonense. Ele também já opinara nesse sentido no primeiro julgamento. Lembrou caso semelhante, de punição ao Rio Branco/ES, ainda que provado erro da federação capixaba. Ademais, se erro havia, deveria o América ir na Federação e regularizar a situação, mas nunca escalar o jogador. Nada garantido até agora, portanto, mas é um reforço para nosso argumento. AVANTE, JEC!

O MAIS LONGO DOS DIAS

Dada a importância do dia de hoje - nosso julgamento, que é o segundo da pauta do Pleno do STJD, como a sessão tendo início às 13h30 - e as notícias que leio no Jornal - o mês no JEC, ultimamente, tem 90 dias, dado o atraso de dois meses de salários - não poderia haver título mais apropriado a essa postagem. É o mais longo dos dias, e o mais longo dos meses.

Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-
se enganar alguns por todo o tempo. Mas não
se pode enganar a todos todo o tempo.
Começo pelo fim (da picada):  salários atrasados há dois meses, mais ou menos o tempo desde nossa última e fatídica partida pela série D. Como bem se disse no ANotícia de hoje: uma das poucas coisas de que a Diretoria ainda podia se gabar também foi pelos ares. A diretoria nega o atraso de dois meses alegado pelos jogadores - fico com a palavra dos jogadores.

A explicação de falta de bilheteria é uma grande falácia - haja vista que em toda a série D, apenas o último jogo deu lucro, e de apenas 20 mil reais com quase 15 mil torcedores no Estádio (lembremos que só a viagem ao Manaus nos custou 60 paus). Todos os outros jogos deram prejuízo de mais de 15 mil reais, e portanto, não jogar, em verdade, diminui nosso prejuízo - e não o aumenta como tolamente nos querem fazer acreditar.
Ademais, se vencêssemos o América ainda teria de ser paga premiação aos jogadores - o que aumentaria nosso passivo. O buraco, portanto, não vem daí
Foi anunciada a renovação de todos os atuais patrocinadores, logo o buraco também não vem daí.
Mais uma vez, falta transparência ao JEC. Mais uma vez, mistificações (e não explicações) são dadas à torcida.
Nossa maior fonte de receita são os associados. Será que diminuiu tanto assim nosso quadro associativo, e portanto, nossa receita, e a diretoria se cala sobre isso?
Some-se a isso que nossos jogadores mais caros (Tesser e Carlinhos Santos) ou foram embora ou não tem contrato, além de ter havido outras rescisões (Eder, Paulo Roberto, Elton, Jean Pablo, Fabiano, Ricardinho), diminuindo nossa folha - nosso elenco está recheado de juvenis. Além do que, jura a diretoria, jogadores aceitaram redução de salário.
Eu apóio essa diretoria (e possa estar muito errado nisso), mas que faz falta ao Clube algum tipo de oposição, de questionamentos, isso faz. E o Conselho Fiscal, está de acordo com tudo isso? Não deveria se manifestar sobre esse "poblema"?

Sobre o mais longo dos dias, é hoje: ou vai ou racha. A partir das 13h30, ligados no rádio, no site e no twitter da justiça desportiva, no twitter de nossos "jornalistas", dos torcedores, do JEC, etc, etc. para que quem saiba possamos, com uma vitória no tapetão, usá-lo também para varrer toda essa confusão para baixo dele. AVANTE, JEC!

8 de dez. de 2010

A SEGUIR: CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS... E, PRA VARIAR, O MACEIÓ

Atire a primeira pedra quem nunca assistiu a uma novelinha. Nos anos 80/90, cada capítulo terminava com "as cenas do próximo capítulo", ou seja, prenunciava-se o que aconteceria amanhã. Ninguém perdia essa promessa do que iria acontecer. A curiosidade é, quase sempre, mortal.
 Não tenho a mínima desconfiança do porquê ter acabado essa criação tão original da teledramaturgia brasileira. Mas, voltemos à vaca fria (que expressão, hein - nem sei o que significa, mas perguntarei ao mestre, de quem trato abaixo):
Amanhã, as cenas do capítulo que se aproxima indicarão não só o próximo capítulo da história tricolor, mas muitos capítulos vindouros. Se "as cenas" apontarem para um novo desfecho, maravilha! Se não, ...?
Deixarei o novo contratado Moisés para posts futuros, sob o título se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Moisés. Cuido hoje do julgamento do dia que se avizinha e de meu ídolo, o inexpugnável Maceió.
O julgamento não tem mais minha esperança nem minha desconfiança, como penso ter demonstrado ontem. O que há de ser será. O STJD, como uma organizada bagunça, dirá o que o JEC vai fazer em 2011. E seja o que for, o único caminho é a resignação.

Como ando de férias do trabalho - e juro, tentei fervorosamente tirar férias de nosso time - tenho tempo livre e amanhã acompanharei passo a passo o julgamento, inclusive com postagens minuciosas sobre o andamento da querela, pois não consigo me livrar da cachaça (dessa que se chama JEC e de outras tão pouco ou menos recomendáveis).

Chego, finalmente, ao objeto desta coluna (é meio pretensioso tratar esse post como uma coluna, mas também é pretensioso achar que o JEC vai achar seu caminho): meu "querido" alagoano.
Está no ANotícia de hoje, na citada coluna, a informação sobre a contratação do Moisés: "eu tinha essa informação há duas semanas (ou dois meses, sei lá)", mas... blá, blá, blá... mas não dei (a informação, é claro). Conjecturo:

Das duas, uma: ou Menestrel não sabe mais o que é jornalismo - tinha o furo e não deu - qualquer beócio daria a notícia - ou não quis queimar sua "fonte", ou seja, aceitou a palavra de nosso presidente e engoliu em seco um furo de reportagem que estava em suas mãos. Erro grave - se sou o editor, e graças a deus não sou - o articulista está na rua. Qualquer dessas condutas é inadmissível.
Se o jornalista tem parte com quem é a notícia, não é jornalista, é despachante, pois só diz o que as pessoas deixam dizer. Por isso que, cada vez que o leio, já passo mal pela manhã - cheguei a conclusão que meu melhor amigo matutino é o Epocler, para me poupar das náuseas.
Cometeu o meu querido colunista outra "maceiozada", ao comparar nossa distinta velocista joinvilense com as africanas - e todo mundo sabe que africanas correm fundo e meio-fundo, nunca foram rápidas. Velocistas são americanas (Florence Griffith Joyner, Marion Jones, Gail Devers) ou caribenhas - Marlene Ottey, por exemplo. É erro demais pra um dia só.
Estendi-me demais, mas tudo isso para chegar ao final desta (quinta)  coluna - a propaganda da coluna do distinto é do "Motel Roma". Se lá (na coluna ou no motel) se trata de sacanagem, não poderia haver melhor anunciate. AVANTE, JEC!

7 de dez. de 2010

O QUE É E O QUE ACONTECE NO STJD - MUITA BESTEIRA ANDA SENDO DITA

Escrevi o que segue nos parágrafos abaixo ainda ontem, portanto antes de ser marcado para quinta-feira o nosso julgamento, para publicar hoje. Nesse meio tempo, veio a marcação da reunião do Pleno do STJD que só corrobora o que está dito aí abaixo: não há perseguição, não há trambique algum - o STJD só é isso aí mesmo. Leiam e comentem.

A meu ver, tem sobrado "achismos", disparates e bravatas tanto na nossa imprensa, e até mesmo por parte de quem nos representa nesse caso sobre o nosso processo e sobre o STJD em si mesmo.
Leiam o Allan Sieber, é ótimo.
Um desses que pensava eu ser nosso advogado - mas que segundo o site da OAB é apenas estagiário de direito (a imprensa poderia parar de dar a ele tanta voz, portanto e ouvir só o Pugliese) - disse em seu twitter: "estão correndo de julgar nosso processo só porque irá alterar o campeonato" ou ainda "problemas de economia interna" é uma palhaçada sem crédito esse STJD", ou por fim "mau (sic - erro básico de ortografia ) começou já terminou... estão de palhaçada... Está suspenso nosso processo. Não entendo mais nada",  não são opiniões nem abalizadas nem prudentes. É crítica açodada, é beijo pra torcida. Se não entende mais nada, pede pra sair, diria o já famoso Capitão - agora Tenente-Coronel - Nascimento. Como diz o Malasarte, pitando seu palheirinho aqui do lado, onde estou pescando um lambari: o peixe morre é pela boca.

Eu não sei dizer bem qual é uma boa estratégia de defesa, mas brigar com os auditores do STJD certamente não é de grande inteligência. Prossigo:
Pra quem não entende mais nada - inclusive nosso dileto estagiário, ai vai. O Pleno do STJD, como já tratamos em outro post, tem 9 auditores em sua composição, e o julgamento ocorre quando há cinco auditores na sessão. Mas são necessários 5 auditores HABILITADOS A VOTAR, em cada caso, para que o julgamento possa ser realizado.
Não é bem esse o impedimento, mas vá lá!
Pois bem, na quinta-passada, quando todos esperávamos uma decisão do futuro do Tricolor, ocorreu que um dos auditores era esposo da auditora que votou na primeira instância (4ª Comissão), e esse é um impedimento (não pode julgar por uma razão objetiva, e não por subjetividade do julgador) que existe em qualquer tribunal - inclusive os realmente pertencentes ao Poder Judiciário. Lembremo-nos que o STJD não faz parte do Poder Judiciário - e disso trato mais adiante.
O outro que se deu por suspeito ou impedido - portanto NÃO HABILITADO a votar - era amazonense, e pode, realmente, ter dado um migué pra não contrariar o clube ou os interesses de seu Estado. Segundo o Pugliese (esse sim, é advogado), ele disse que não votaria porque era notoriamente favorável ao BID - esse argumento, realmente configuraria um "migué", mas acho que é do jogo ele não querer se meter numa enrascada dessa com sua gente lá do Amazonas, e ele se considerou suspeito para julgar o caso.
Por isso, ficaram somente quatro auditores habilitados a julgar em plenário, e o julgamento foi CORRETAMENTE adiado, embora isso nos desespere tanto.
Há, portanto e ao que tudo indica, 7 auditores capazes de votar no nosso caso, e quando 5 destes estiverem no plenário, o julgamento vai acontecer. Não há dúvidas, como exaustivamente afirma o Mira.

Portanto, não há nada de vergonha, nada de palhaçada, são contratempos de um Tribunal sui generis (os auditores não trabalham no Rio, viajam para lá só para "julgar", faltam por qualquer razão, não são juízes - o único que era, o Zveiter, foi afastado porque trabalhar no STJD é incompatível com a magistratura de verdade), na verdade uma associação que tem poderes decisórios sobre demandas no campo desportivo - e tão-somente desportivo.

Digo isso, porque qualquer clube filiado à CBF sabe que essa é uma instituição de direito privado (portanto, sem ingerência do Poder Público - intromissão, aliás, que é expressamente vedada nos seus estatutos).
O STJD, nada mais é do que uma extensão da CBF - um órgão administrativo com atribuições de julgar as contendas que envolvam as competições organizadas por sua mantenedora - podendo decidir com AUTONOMIA e INDEPENDÊNCIA, contudo vivendo sob dependência econômica e financeira, pois a CBF é que banca as despesas do "Tribunal".
Assim, a tremenda balbúrdia que é o desporto brasileiro (e o futebol, por óbvio), tem no (mau) funcionamento do STJD, apenas uma manifestação explícita de sua desorganização. Não há palhaçada, não há perseguição, não há "anti-jequeanismo" - me permitam o ridículo neologismo. As coisas são assim mesmo, e todo mundo - os clubes - sabem disso.
É de se lamentar tal quadro, mas antes de tudo entender como as coisas funcionam, entender que perseguição não há. Temos de esperar a decisão, e quando vier - na quinta-feira, espero, acatá-la, seja qual for, pois sabíamos das regras do jogo desde o início - por mais absurdas que possam parecer, concordamos com elas - fica até feio concordar com as regras do jogo e depois contestá-las. DURA LEX, SED LEX, JEC!

6 de dez. de 2010

TRICOLOR CAMPEÃO E A DIVISÃO DE BASE

É óbvio que o tricolor campeão não foi o nosso - porque nos especializamos em não ganhar nada, mas o Fluminense. Isso é pouco importante, era apenas para termos uma manchete de impacto nessa lentidão em que andam o JEC e o blog.

Vamos cuidar da base, dos alicerces de nosso futuro
Nossa divisão de base - abaixo de 16 anos - venceu o Corinthians e o Paraná, ambos por um a zero, e perdeu o jogo contra o Botafogo - também por um a zero na tal de SC Cup. E nem sei se usamos todos os nossos guris, porque alguns andam treinando com o time profissional.
Parece-me que realmente nossa divisão de base começa a dar algum resultado, em um trabalho iniciado por Nardela - sempre ele - lá atrás, retomando as divisões de base para o Clube - para quem não lembra, tínhamos terceirizado nossas "canteiras".
É bem verdade que a classificação para a fase seguinte ficou difícil - precisaremos vencer o Rondonópolis e ainda será necessária uma combinação de resultados nos jogos de Corinthians e Botafogo. Mas, de qualquer modo, vencemos dois clubes maiores que o nosso, com mais infraestrutura, dinheiro para investimento na base, etc. Quem sabe daí saia um futuro melhor para o Joinville.

O Caxias, por sua vez, venceu as suas três primeiras partidas, e deve se classificar. O caminho do Caxias, para retomar seu futebol profissional, aliás, foi exatamente este, o de privilegiar a base e, com o tempo - em dez anos - chegar à Série A do brasileirão. Já disse que considero o plano ambicioso demais, mas que o planejamento deles faz inveja ao nosso (des)planejamento, ah, isso faz! E o primeiro passo já foi dado no primeiro ano de profissionalismo - embora fosse um torneio com só dois times (os outros eram figurantes), venceu e subiu para a segundona do Catarinense.

Meu único receio é de que, amanhã ou depois, empresários que estão vendo esses jogos - e obviamente que os há - venham aqui com 30 moedas, e nossos clubes, semi-amadores, não tenham como segurar esses jogadores por aqui.

Amanhã pretendo falar sobre o que anda acontecendo no STJD. Minha opinião diverge frontalmente do que vem se falando por aí. AVANTE, JEC!

2 de dez. de 2010

"PÍRULAS" DO JULGAMENTO - ADIADO - QUE SACO

Pois mal começou a sessão de julgamento, o presidente declara que não há quórum para julglar o caso do JEC, porque há mais um conselheiro que se declara impedido para julgar o caso. Que saco. Ainda terei que voltar a esse assunto que, convenhamos, já deu pra bola. ESPERA SENTADO, JEC!

"PÍRULAS" DO JULGAMENTO - I

Ouvindo a rádio 89 agora pela manhã, espantei-me, pois houve alguma informação. Como já disse outra vez, o que mais tem naquele programa é telefonema da mãe, da sogra, da tia dos apresentadores.  Notícia é artigo raro.
Eis que, de repente, um dos advogados do Joinville falou, e disse dos nove, que somente cinco auditores estarão presentes, e aquele que não pode julgar - Alexandre Quadros - não pode porque é marido da mulher que participou do primeiro julgamento - eis a razão de seu impedimento.
Entre os cinco auditores que decidirão nosso futuro, há um amazonense, mas segundo o dotô (Leonardo Roesler), isso não vai influenciar em seu voto (acho que papai noel e coelhinho da páscoa concordam com o devogado). Como diria Bueno, o Galvão: Agüenta, coração! AVANTE, JEC!

1 de dez. de 2010

UMA VEZ MAIS, O TAPETÃO - AMANHÃ É O GRANDE DIA

Amanhã, a partir das 13h inicia a sessão do Tribunal Pleno em que ocorrerá o julgamento dos recursos interpostos pelo JEC e pelo Procurador-Geral do STJD contra a decisão da 4ª Comissão Disciplinar que, em razão de empate por 2 a 2 na votação dos auditores, absolveu o América da acusação de escalar irregularmente o atleta Amaral, nos confrontos entre o Tricolor e o time manauara.

O Pleno tem uma composição ideal de nove auditores, mas o julgamento ocorre desde que cinco deles estejam presentes. Franscisco Amaral Mussnich será o relator do caso. Nosso processo é o oitavo da pauta, e portanto o julgamento deve iniciar lá pelo meio da tarde, a não ser que se requeira - e o Tribunal aceite - um adiantamento de pauta.
Os auditores que compõem o Pleno são os seguintes: Dr. Rubens Approbato Machado, Dr. Virgílio Augusto da Costa Val , Dr. José Mauro Couto de Assis, Dr. Francisco Antunes Maciel Müssnich , Dr. Dário Rossine de Freitas Góes. Dr. Flávio Zveiter, Dr. Caio César Vieira Rocha, Dr. Alberto dos Santos Puga Barbosa, Dr. Alexandre Hellender de Quadros  (este último está impedido de julgar, por alguma causa que não conheço).
Ninguém que tenha participado do primeiro julgamento participará da sessão de amanhã, o que afasta o risco de agüentar novamente o blá-blá-blá dos dois picaretas que votaram contra o JEC sem qualquer argumento jurídico.

Nosso processo, de n. 181/2010, será julgado em conjunto com a medida cautelar inominada 184/2010 (em que o JEC tentou - sem sucesso - suspender a realização da final), e este segundo processo de nada interessa, será julgado prejudicado tão logo se proclame o resultado daquele processo que realmente nos interessa - o das perdas dos pontos e eliminação do América do Brasileirão da Série D.  
Conversei com o Dr. Pugliese - e ele me garantiu o que já garantira várias outras vezes - se o caso for julgado de forma técnica, sem politicagem, a vaga é do JEC. Deixo consignado, ademais, que não vejo lógica no argumento que foi defendido por aqui (não no blog, mas em Joinville, na mídia principalmente), de que era necessária a contratação de um advogado mais experiente para ajudar no caso - até porque o Pugliese já é um advogado experiente nas lides desportivas. Mas, tudo bem, contratamos um advogado carioca, e a precaução parece boa, até para que depois, em caso de mais um insucesso, não se abra chance a comentários atribuindo a perda do processo a uma desídia, a um descuido do JEC. Da forma que estamos agindo, podemos ter certeza de que tudo que poderia ser feito foi feito.

O Joinville vai se fazer acompanhar, na sessão de julgamento, do Presidente da Federação, Dr. Delfim Andolini Peixoto, e ainda iria tentar - o que é difícil - se fazer acompanhar por um Diretor da CBF, que embora não possa ser ouvido pelos auditores, seria uma forma de evitar que os auditores atacassem diretamente a CBF e dessem por inválido o BID. Sabem como é: é muito mais difícil falar mal de alguém quando este alguém está a sua frente.

Sem palhaçada, sem inquisição - só os fatos.

Que o julgamento seja técnico, que as provas sejam analisadas de forma profunda e técnica, sem recorrer a ordálias - provas divinas, ou distorção dos fatos e de teses jurídicas. Nada de Santo Ofício, por favor, julgando com base em revelações. O importante são os fatos e o direito. 

Amanhã, tão logo alguma coisa importante aconteça no STJD, comentarei aqui no blog. Como já disse outra vez, entendo alguma coisa de Direito, e tentarei esmiuçar o andamento e o resultado do julgamento. Pretendo fazer mais de um post, acompanhando passo-a-passo cada momento importante desse nosso tão importante dia.

No dia do primeiro julgamento, esse blog teve mais de 700 acessos - um recorde absoluto do primeiro ano de vida deste espaço. Vamos ver se amanhã batemos esse número - não pela importância do blog, mas pela importância do JEC.

Ontem, ao me despedir do Dr. Pugliese, só pude desejar boa sorte (não só para ele, mas para todos nós). Boa sorte, então. Alea jacta est! AVANTE, JEC!

30 de nov. de 2010

O JULGAMENTO - 48 HORAS PARTE II

Esse alemão FDP anteviu os problemas do JEC
O JEC vive o "mito do eterno retorno", há uns dez anos, pelo menos. É hora de quebrar de uma vez esse círculo vicioso e iniciar uma nova fase - ainda que não inteiramente por nossos méritos.

Cito Nietzsche: ''E, se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de nova, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indizivelmente pequeno e de grande em tua vida há de retornar, e tudo na mesma ordem e seqüência".

Até o blog está condenado, por culpa do Joinville Esporte Clube, ao "eterno retorno", e precisa um novo rumo, um novo alento. Ora,  somente sobre o julgamento já escrevi várias vezes (12 posts específicos, para ser exato, fora referências esparsas em vários outros), pois obrigado a retornar sempre a esse assunto.

Ano que vem, não quero ter de falar novamente sobre necessidade de classificação para a Série D, formação dos grupos da série D, Copinha Santa Catarina, etc. Meu assunto, espero, seja a série C, a perspectiva de acesso à segunda divisão, enfim, assuntos novos, para que eu não tenha a triste facilidade de apenas pegar os posts desse ano e adaptar no ano que vem, pois tudo seria nada mais do que uma variação sobre o mesmo tema. Quero assunto novo, quero um clube diferente, um time diferente, um ano diferente desses últimos em que tantos sofremos. 
Esse demônio que condena ao "eterno retorno" deve ser agora exorcizado.  Quem ouviu o sussurro do diabo e nos condenou a uma vida eterna de repetição das derrotas e insucessos deve agora esquecer desse vaticínio, e gritar algo: "daqui pra frente, tudo vai ser diferente...", como já cantou o Rei - Beto Carlos. Chega dessa repetição de cagadas, de derrotas, de amarelões, de más contratações e dispensas, enfim, chega de tudo que deu errado nesses últimos anos.
Digo tudo isso porque, segundo os sites esportivos e o Dr. Pugliese - com quem ainda conversarei antes do julgamento - depois de amanhã, na quinta feira dia 02 de dezembro, nosso futuro será decidido no STJD, pelo Pleno daquele Tribunal.
Ainda não há no site da Justiça Desportiva a pauta de julgamentos, e por isso não há a certeza de que o julgamento realmente saia - pois pelo número de processos na pauta sempre é possível o adiamento. Espero que não.
Assim, publico esse post - 48 horas, parte II (já  houve o primeiro, portanto) - esperando que seja o último nessa senda, até porque não houve uma terceira parte do filme e eu ficaria sem "figurinha" para ilustrar a postagem.
Vamos aguardar o julgamento desta quinta-feira, como a data em que subiremos à Série C e inauguremos, finalmente, uma nova era no JEC, até para evitar nosso apequenamento definitivo, que é um risco que efetivamente corremos, em caso de insucesso no Tribunal. Em caminho atapetado, avançaremos.

PS: Eis a notícia do site da Justiça Desportiva, de ontem:
A Série D acabou no dia 14 de novembro, mas as polêmicas da competição continuam ganhando capítulos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Às 14h da próxima quinta-feira, dia 2 de dezembro, será julgado no Pleno o recurso do Joinville contra a decisão da Quarta Comissão Disciplinar de absolver o América/AM por escalar irregularmente Amaral Capixaba no confronto entre as equipes, realizado pelas quartas-de-final do torneio.

O time amazonense foi denunciado e julgado após o Joinville, time eliminado pelo América, ter relatado ao STJD a escalação de Amaral Capixaba no jogo erte os dois times, alegando que seu nome não estava presente no BID da CBF.
O América/AM foi denunciado com base no artigo 214 (incluir na equipe, ou fazer constar da súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular para participar de partida) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, incluído o parágrafo quarto (não sendo possível aplicar-se a regra prevista neste artigo em face da forma de disputa da competição, o infrator será excluído da competição). Contudo, em primeira instância Quarta Comissão Disciplinar decidiu que o América deveria ser absolvido e seguir normalmente na Série D.

O Joinville espera que o resultado da partida contra o América/AM não tenha valor, que equipe amazonense seja eliminada e que seja refeito o jogo da semifinal, só que desta vez entre o time catarinense e o Madureira. O vencedor enfrentaria o Guarany/CE, campeão da Série D, na final.
AVANTE, JEC!

29 de nov. de 2010

JÁ TEMOS UM TIME DE SEGUNDA EM JOINVILLE

É, meus amigos tricolores. Há um tempo, escrevi que se não nos cuidarmos, o futuro do futebol joinvilense será logo ali, no Ernestão.

Isso porque o Caxias reiniciou as suas atividades no futebol neste ano de 2010, e parece que com um planejamento - o que falta ao JEC.
Tenho um amigo envolvido com as coisas do Gualicho, e ele me afirmou que há um planejamento estratégico detalhado no Clube da Cel. Francisco Gomes, para que em dez anos o Caxias esteja na Série A do Brasileirão. É óbvio que esse plano não é uma garantia  de sucesso, mas é a garantia de um norte, de um objetivo a ser buscado, visando evitar a dispersão de estratégia e uma conduta errática. O planejamento do JEC, por sua vez, vem sendo o de não fechar as portas.
O alvinegro conseguiu sábado, ao empatar com o Guaraná de Palhaço, por 2 a 2, o acesso à segundona Catarinense. Esse acesso é mais difícil, penso eu, do que será o da segunda divisão para a primeirona. Isso porque o Caxias estava voltando ao futebol agora, e nesse campeonato somente uma vaga existia. Ano que vem, já com uma maior experiência, e num campeonato que sobem dois times, posso quase apostar que o Gualicho estará na Divisão Principal no ano de 2012.
Então, esse é o nosso deadline, nosso prazo fatal - dezembro de 2011. Ou até o final do ano que vem estamos, no mínimo, na série C (se não conseguirmos o acesso no tapetão ainda este ano), ou de preferência, na série B do Brasileirão (tapetão este ano mais acesso no campo em 2011), para que nos destaquemos - e para que em 2012 não estejamos em pé de igualdade com o Caxias, disputando a vaga para a série D - 2013.
Se essa igualdade infeliz acontecer, será a decretação do fracasso do JEC.
Ora, se o Caxias, em dois anos de atividade chegar ao mesmo patamar do Tricolor, aquele infausto futuro terá chegado, e ele será negro para nós (ou melhor, alvinegro para eles).
De qualquer forma, parabéns ao mais novo time de segunda de Joinville.  AVANTE, JEC! REAGE, JEC!