NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

30 de out. de 2011

IPATINGA 0x1 JEC - MESMO QUANDO NÃO VALE NADA, NÓS GANHAMOS

Icatinga é "poco pá nóis".  
Escutei o primeiro tempo de IPA x JEC sem atenção - jogo amistoso é foda -, e no segundo fiquei um pouco mais atento, por absoluta falta do que fazer.O jogo foi uma autêntica pelada, ao que tudo indica, mas com o JEC peladeando um pouco melhor. No primeiro tempo, segundo o Testoni, que saiu das profundezas para comentar o jogo na AM 1250, tanto o Lima quanto o Rangel estavam estranhando o lugar em que jogavam, pois os dois são "camisa 9", são homens de área, e estavam saindo de seu habitat natural para buscar o jogo. O homem de lado do campo no ataque é o Capixaba, e ou Lima (provavelmente) ou Rangel - zebra - devem ficar como o jogador de definição. Buscar jogo não é a deles.
Rebaixado o Aldair? - Não, é o (em minúsculas) avaí!
Little Artur  claramente sabia disso mas pôs os dois em campo para ver no que dava (e para preservar Capigol, pendurado) - e deu errado, como era de se esperar.
Malemale começa o segundo tempo, Arturzinho tirou um dos dois postes da frente (poste sem má intenção, só quero dizer que eram dois homens de área com estilos parecidos), e colocou o alemão do "col pola", como disse alguém brilhantemente nos comentários, o ex-alemãozinho-do-chevette-79-sem-freio, que joga pelos lados do campo, e pelo que ouvi no rádio, o cara fez um golaço - vou esperar pra ver na TV amanhã (já vi, um gol normal, com uma boa roubada de bola e boa finalização).
Discutíamos durante a semana nos comentários do blog qual o papel, ou o lugar do Aldair em 2012 no elenco Tricolor. Acho que ele tem de estar no grupo, e se por acaso o contrato estiver para terminar tem de ser renovado, é uma de nossas esperanças da base, uma das únicas possibilidades de se fazer algum dinheiro, até porque atacante sempre tem valor de mercado. Cuido que ainda não tem bola para ser titular, mas se o Capigol porventura sair do JEC, Aldair será TITULAR, eu aposto.

Em resumo, há de se dizer que se o jogo de hoje não valia nada, o fato é que com mais essa vitória fora de casa, nosso moral fica ainda mais elevado para a distante FINAL, e não há como deixar de elogiar, incansavelmente, a belíssima campanha que fizemos nessa segunda fase da Série C. Cinco vitórias e um empate, 16 pontos, em 6 jogos. Na primeira fase fizemos "só" 15 pontos em 8 jogos. Evoluímos - e muito, na hora que mais importava.
Sabem de uma coisa? Tenho a impressão de que estamos (os torcedores) nos acostumando aos pontos corridos nas séries A e B, e por isso, achamos que o mata-mata (ou um quadrangular curto como essa segunda fase) traz implícito o risco de uma injustiça. É verdade, mas nesta Série C, em minis mata-matas nos demos muito bem, e se o certame fosse de pontos corridos, já seríamos campeões. Querem saber de uma coisa: "conosco ninguém podosco". Férias de uma semana para o time. Aquiu no blog, não garanto a folga de vocês. AVANTE, JEC!

Ficha técnica: Ipatinga 0 x 1 Joinville, Ipatingão, 30.10.2011
JEC: Ivan; Renato Santos (Charles), Linno e Enio; Eduardo (Tiago Real), Mateus, Ricardinho, Ramon e Badé; Bruno Rangel (Aldair) e Lima. T. Arturzinho
Ipatinga: João Carlos; Alex, Eron (Tiaguinho), Azevedo e Bruninho (Gedeon); Jaílton, Leanderson, Leandro Brasília e Vander; Cristiano (Daniel Lovinho) e Frontini.
Técnico: Ney da Matta.

Gol: Aldair, aos 23’ 2º T.

27 de out. de 2011

O JEC EM JOGO SEM IMPORTÂNCIA E O BLOG EM CRISE EXISTENCIAL

JEC: ser ou não ser convencido - por que somos FODA!
Depois de quase dois anos de blog, cheguei a uma semana em que não sei exatamente o que dizer.
Sempre, em todo o período, estivemos envolvidos em problemas, em crises, em desacertos do clube, e se não tínhamos problemas (como nessa Série C), tínhamos jogos difíceis, decisivos - assunto, portanto, não faltava, para o bem ou para o mal.
Pois, finalmente, durante esta semana, nada há a se preocupar. Subimos para a Série B (antecipadamente). Classificamo-nos para a final da Série C (antecipadamente). Sequer temos adversário para a final, porque a outra chave tá uma zona, não se sabe exatamente quando termina (a final que seria 06 e 13 de novembro não sairá em tal data, como se verá abaixo).

Vamos a Ipatinga pra jogar um jogo que não vale merda nenhuma, só vai nos trazer despesa de viagem e hospedagem (de relevante, apenas conquistaremos mais ritmo de jogo para Ramon e Lima). Vamos aproveitar essa vadiagem (Arturzinho não concordará comigo, e ele, pra variar, estará certo, mas nós da torcida podemos dar uma relaxada). Ainda vou pensar se vou ligar o rádio no domingo. Preciso aliviar o stress que foi o ano todo, e guardar forças para a FINAL.

Acho também (e talvez principalmente) que nesse jogo Arturzinho vai querer observar Ênio, Badé, Mateus e João Henrique, mais para ver se eles merecem ter seus contratos renovados para o ano que vem do que realmente para ganharem o jogo, que pouco vale. Little Artur já pode começar a pensar mais para a frente, pois é hora de começar, bem devagarinho, a montar o elenco para o ano de 2012 - o que significa descobrir nossos pontos mais fracos, e fazer contratações de qualidade e pontuais.
Quem quiser ficar num time de Série B vai precisar se coçar, e mostrar futebol de Série B. Desses que serão testados, acho que pelo menos dois vão dançar. É só um sentimento, nenhuma informação.

De mais relevante durante essa semana, foram as informações que começaram a pipocar de que já há vários interessados (importantes empresas) em nos patrocinar para o ano que vem. Já se falou em duas grandes empresas paranaenses. Quando a noiva é bonita e rica, todo mundo quer. E que bom que é assim - que hoje nosso clube seja atraente para investidores. 
Já fomos assim!

Quem não se lembra de anos em que mendigávamos patrocínios - na verdade patrocínio, pois raramente tínhamos mais de um - mixaria (Santa Ritta, Casas d´Água, Diário Catarinense entre outros menos cotados - evidentemente sem qualquer menosprezo a tais empresas que em momentos tais nos ajudaram, mas é só para ver que estávamos numa merda federal).

Bom descanso a todos. Vou deixá-los pelo menos até segunda sem importuná-los, esperando que o nó do Grupo E tenha começado a ser desatado - agora vi, pelos comentários de vocês, que já foi - mas a final da Série C vai ser somente em 27.11 e 03.12, de modo que corremos o risco de ficar um mês só treinando, sem jogar competições (no máximo amistosos), o que poderá trazer um relaxamento natural que nos faça entrar na final mais fracos do que nosso adversário, que virá de uma recém-terminada briga pelo acesso e pela classificação à final. Mais um problema para Arturzinho equacionar. Mas o homem não erra uma, e espero que continue assim.
AVANTE, JEC!

24 de out. de 2011

JEC VENCE E, COM AJUDINHA EXTERNA, ESTÁ NA FINAL DO CAMPEONATO

Não é fraco: 100 jogos, só 89 gols.
Não há muito pra comentar sobre o jogo de ontem, na Arena, pois em verdade o que houve neste domingo de mais importante foi a festa. E que festa! Foi bonita, pá, fiquei contente. Eu, particularmente, acho que foi o maior público que eu já vi na Arena. Se não for o maior (acredito nisso porque a parte dos visitantes foi usada pela nossa torcida, o que quase nunca ocorre, e foi anunciado que ali cabem quase 2 mil torcedores), é dos maiores, e por isso eu acho que havia mais gente do que foi anunciado - quatorze mil e poucas almas. O Fronzi em seu blog - com link aí ao lado - matou a charada ao afirmar que a capacidade "oficial" da Arena é de 15 mil pessoas. Mas isso é um detalhe pouco importante. Deixemos de lado, portanto.

O que vale é que o salão tava cheio, e o baile tava animado. E a Chapecoense queria talco no salão. Torcida empolgada, belíssima recepção ao time na entrada em campo, hinos do JEC e de Joinville belamente executados ao vivo, a União Tricolor com desfraldando a faixa na posição correta, em frente aos jogadores - vejam que isto nunca havia acontecido na Arena -, e um time que mesmo não jogando tão bem quanto estávamos acostumados nas últimas partidas, venceu.

Venceu porque temos Capixaba, temos Lima, temos Pedro Paulo, temos até o Maximus Meridius (hoje ele merece o seu apelido "gladiador", que ele tinha perdido por ter falhado repetidas vezes), enfim, porque temos onze - ou mais - jogadores querendo vencer.
Bem, volto ao Max. O Max é um azarado da peste, e goleiro com azar é foda. Ivan der Sar se machuca, nosso reserva entra com o JEC ganhando, e na primeira bola, pimba, gol dos caras. Daqui a pouco, bola na área, e mais um decretando a virada.
Quando parecia que perderíamos pra bugrada em casa, e que eles dariam uma azedada na nossa festa, tendo a chance para matar o jogo em pênalti por volta dos 30' da segunda etapa, apareceu o Max e defendeu o tiro da marca fatal - é coisa sobrenatural, um predestinado que depois de um ano horroroso, no dia da grande festa entra em campo e sai como um dos heróis da partida. Legal pra ele - e pra nós - que tenha tido ao menos uma alegria em seu ano no Tricolor - porque no Catarinense suas  atuações foram de amargar. 

Aí, já que os caras tiveram a chance e amarelaram, chegou a hora do nosso time, que não amarela. Numa linda jogada aos 40', que contou com a participação de Ramon, Eduardo, Pedro Paulo, Lima, sempre ele, 100 vezes ele (e também 89 vezes ele), matou no peito, e tocou por baixo do goleiro da Chapecoense para decretar nossa vitória, de virada, por 3 a 2, complicando bastante a vida do Ipatinga, que hoje teria de vencer o Brasiliense, e ficando no compromisso de nos vencer também no domingo que vem.

Aí, agora há pouco, veio a ajudinha de terceiros. O Brasiliense, mostrando para o Argel-que-se-foda que ele não entende porra nenhuma de futebol (é responsável direto pela má campanha candanga na segunda fase) mas sim de confusão, inesperadamente venceu o Ipatinga por 4 a 1, em Brasília, e nos colocou na final do campeonato.
É bom: assim o ano não acaba pra nós na semana que vem. Teremos mais duas partidas, e a final em casa com superlotação, ou seja, mais uma festa, e mais uma graninha pra pagar as contas (se bem que se ficarmos com o título teremos de também pagar mais uma premiação)

Mas, também, sei lá se essa porra de final vai sair, porque enquanto navegamos tranqüilamente no grupo F, o Grupo E tá uma zona fudida, ninguém se entende, Rio Branco e Luverdense ainda brigam para ver quem completa o quadrangular que definirá quem sobe e quem vai pra final.

Então, já que nos ajudamos e outros nos ajudaram, vamos antecipadamente pra final - isso se o imbróglio da outra chave se resolver. Contra o Ipatinga, dá pra poupar quem estiver pendurado, dar mais um tempo de recuperação para o contundido Ivan, e não precisamos nos preocupar com o resultado do jogo da próxima semana (uma semana de folga vai fazer bem para meus nervos).
Mas, já que chegamos, agora eu quero ganhar. Não consigo ainda fazer prognósticos de quem tem mais chance de ser nosso adversário na finalíssima.
Por fim, agradecimentos ao véio Wilson França - quase que o fone aí ao lado não tampa a zoreia do homi - e a sua esposa Inês, que recepcionaram espetacularmente, e como diria o João Carlos Vieira, en petit comite (ui!), uma parte da galera que freqüenta o blog, com cerveja gelada e um rango muito do esperto, no aquecimento antes do jogo de ontem. Uma turma em que muitos sequer se conheciam vira logo uma turma de amigos, e essa especificamente que tem por base a união em torno do JEC. É nessas horas que se vê que o futebol não é só um jogo, é muito mais do que isso, é jogo, é amizade, é sofrimento, mas também alegria. É como dizia algum sábio citando de outros dois (Pasquale falando de Nelson Rodrigues e Lamartine Babo), o futebol é a coisa mais importante do mundo entre as menos importantes, mas eu teria um desgosto profundo se faltasse o futebol (e o JEC) no mundo.
VAMOS PRA FINAL, PORRA! AVANTE, JEC!

Ficha técnica: Joinville 3 x 2 Chapecoense, Arena, 23.10.11, público - 14.633
JEC:
Ivan (Max); Renato Santos, Fabiano Silva e Pedro Paulo; Eduardo, Glaydson (Ramon), Ricardinho, Jaílton e Gilton; Bruno Rangel (Lima) e Ronaldo Capixaba. T: Arturzinho.
Chapecoense: Rodolpho; Kléber Goiano, Fabiano (Nequinha) e Amaral Rosa; Sagaz (Diogo Oliveira), Rodrigo Thiesen, Diego Felipe, Neném e Aelson; Jean Carlos e Neílson (Leandro). T: Mauro Ovelha.
Gols: Ronaldo Capixaba, aos 18’ do 1º T; Pedro Paulo, aos 22’ e Lima, aos 40’ do 2ºT.

21 de out. de 2011

O ACESSO E SUA REPERCUSSÃO. E QUE VENHA O TÍTULO (ENTÃO VAMOS GANHAR DA CHAPE).

Ó o canhoto do ingresso do jogo do acesso!
Tô devendo um post decente sobre o acesso e suas implicações, porque o texto de terça-feira foi mais um relato pessoal da viagem, do dia do jogo, das emoções da conquista, tudo com muito cansaço, e com dificuldade de colocar as idéias em dia em razão do turbilhão de emoções. Temos de ir mais a fundo (ui!), e pensar no significado (prático) dessa conquista. Tento abaixo dizer algo mais relevante - já aviso que o texto ficou longo). Vocês certamente terão muito a acrescentar.

A LUTA PELO TÍTULO E O JOGO CONTRA A CHAPE!
Primeiramente, disse no post passado que se o título vier, tudo bem, se não vier, tá bom também. Não deixa de ser verdade, mas ouvindo Rei Artur e nossos jogadores (que querem o caneco), acho que podemos mais, e se podemos mais, eu também quero. Porra, se vamos ser felizes, que sejamos muito felizes. Vamos lutar por esse título!
Tudo começa por ganhar da Chapecoense. Acho que não teremos problemas, a não ser que entremos no jogo muito relaxados pela ascenção. O time do Oeste vem aqui de sangue-doce. Tanto faz, como tanto fez, salvo se esteja ainda condoído pelo empate lá em Chapecó e queira vir aqui carimbar a faixa, coisa em que não acredito. Até os blogs lá estão quietos, o "gol da chape" tá parado, o Badá falando que ontem já foram quatro dispensados, tem uns suspensos, a motivação (e o futebol) deve ser muito pouca para enfrentar o JECÃO CLASSIFICADÃO.

O ACESSO E SUAS IMPLICAÇÕES!
Quando terminada a competição, teremos de olhar as coisas de modo diferente, pois tudo muda com esse acesso. Começo pelo mais importante, a bufunfa.

O DINHEIRO:
Sócios e mensalidades: o Karpanno noticiou, no twitter, que somente na quarta-feira 53 novos sócios se juntaram a nós. Nesse ritmo, conquistaríamos uns 1000 novos sócios por mês, e começaríamos o Estadual com os sonhados DEZ MIL, objetivo que agora, penso eu, ficou até pequeno. Podemos mais. Haverá adesões pré-início do Catarinense, e prevejo um grande incremento às vésperas do início da Série B, ainda mais se formos campeões estaduais (em 2011 isso não era importante, agora é, e deve ser nosso objetivo; podemos mais).

A receita dos sócios vai subir muito. O Exmo. Sr. Presidente da República Jequeana, o sr. Márcio Vogelsanger já falou, segundo o Gabriel Fronzi, em ingressos a 50 reais ano que vem, logo,  a mensalidade mais barata vai subir pelo menos dos atuais R$35 para R$50. Ou seja, só aí um aumento de 40% na nossa mensalidade. Tá certo. Apenas peço encarecidamente que o JEC divulgue antecipadamente (e com boa antecedência) que isso vai ocorrer (no site, na imprensa) pois o dever de boa informação não acaba com o fim da Série C; no último aumento, embora pequeno, a torcida não foi informada. Só soube do aumento quando recebi o carnê com os novos valores.

Então, nessa nova perspectiva, imagino: se hoje temos 6500 sócios (aqui vou chutar: 5000 sócios arquibancada, 1400 sócios cadeira e 100 conselheiros), nossa arrecadação mensal subiria de respectivamente 175 mil/arq, 98 mil/cad e 30mil/conselho, para 250, 98 e 30 mil, ou seja, só aí passaríamos de 305 mil para mais ou menos 430 mil (250+140+40).
Se em vez de 6500 forem os tão sonhados 10 mil sócios (novo chute, 8 mil arquibancadas, 1900 cadeiras, 100 conselheiros, seriam 400+190+30), chegaríamos a uma receita mensal aproximada de 620 mil, com incremento de mais de 100% na arrecadação somente com os sócios.  Podemos mais, como se vê.

Os patrocinadores - na última vez que tratei do assunto rendiam cerca de 180 mil por mês. No mínimo, isso teria de dobrar, mas acho que pode ser até maior o incremento de receita. Quanto vale um patrocínio de Série B, com exposição no SporTV, na RedeTV, nos jornais locais e de fora de Joinville, gols sendo mostrados toda semana na Globo, Record, Sportv, ESPN?
Hoje temos dez patrocínios. O Clube terá de repensar se essa é a melhor estratégia - vários patrocínios pulverizados ou um grande e mais três ou quatro um pouco menores na camisa - e o que nos poderá dar mais rentabilidade.
Vamos ser otimistas? Dá pra chegar a uns 500 mil de patrocínio, porque... podemos mais.

Cotas de TV e economia com viagens e hospedagem: já escrevi sobre isso nesse post, e ali há o link para a ótima entrevista do Fábio Koff com o Juca Chatokfouri que é muito esclarecedora. Atualmente, são apenas 30 milhões por ano para todos os clubes da Série B, até 2016, ou seja, 1,5 milhão por ano para cada clube, e neste ano, parece que foi pago em oito cotas, ou seja, são pagas enquanto dura o campeonato. Em resumo, o clube ganha uns 200 "conto" por mês da TV. Em 2016 o contrato vai ser renegociado, em bases bem melhores, e aí vai haver um grande incremento de renda. É nossa obrigação, portanto, não cair até tal data, porque aí vem dinheiro grosso.
Some-se a esses duzentinhos (é pouco mas é nosso), o fim de gastos com viagem e hospedagem. Cada viagem custa de 50 a 100 mil, dependendo da distância. Temos aqui mais dinheiro porque temos aqui uma economia a que até este ano não fazíamos jus.

Ingressos: o Márcio disse que a capacidade da Arena é de 15 mil pessoas. Ou enchemos tudo de sócios - e aí a receita mensal seria de uns 900 mil, mas não haveria ingressos à venda; ou, se ficarmos aí pelos 10 mil haveria uns 5 mil ingressos para os não-sócios, com muita meia-entrada (50 e 25 reais). Por jogo daria mais uns 300 mil de renda líquida, dois jogos por mês, mais uns 500 ou 600 mil nos cofres.

Tô nessa foto, lá em cima, bem na direção da bola.
JOGADORES DE BOM NÍVEL:
Quão difícil foi montar um time bom como esse com hoje temos aí... Ano que vem (infelizmente ainda não dá para contar que nossos melhores jogadores ficarão), acabou aquela ladainha de que "ninguém quer jogar Série C", porque estamos na B. Só que também estes serão mais caros.

A TORCIDA E A CIDADE:
O clube reconquistou a cidade. Para mim, isso é inegável. Cinco mil pessoas para ver jogo em telão (houve algum telão, por exemplo, para assistir o Brasil na Copa do ano passado?), mais dois mil loucos às 3h para esperar o time, provam, para mim, que demos o passo mais importante para voltarmos não apenas a ser o Joinville Esporte Clube, mas o time da cidade de Joinville.
Vai aparecer nego de tudo quanto é quanto, querendo ir aos jogos, querendo patrocinar, querendo tirar uma lasquinha em ano político (sempre tem), querendo dizer que é JEC desde criancinha e viu JEC 0x5 Camboriuense, quando sequer sabe que houve esse jogo.
Mas tudo bem, porque não é só com seus sócios que um time fica grande, mas com o engajamento de toda uma comunidade, que a qualquer movimento que possa prejudicar nosso clube, reaja, não mais com aquela indiferença, mas o defendendo. E sejamos sinceros, precisamos do dindim desses também para nosso Clube ser cada vez maior.

A EXPOSIÇÃO DA MARCA:
Além da transmissão de jogos em TV aberta e de praticamente todos os jogos no Premiere da Sportv, em toda rodada, nossa marca JEC (e a de nossos patrocinadores) será exposta antes e depois dos jogos nos principais canais de televisão do Brasil. Há empresas especializadas em contar a exposição de uma marca na mídia - e que também mostrará o potencial de nossa valorização, e o clube passará a aparecer, 10, 20, 30 vezes mais (ou ainda mais do que isso) na televisão, em rede nacional, nos jornais impressos, etc. O JEC voltará a ser um time respeitado e com uma marca valorizada para "vender", o que, convenhamos, não acontecia até segunda-feira.

BLOG:
Para o blog, e tenho algum orgulho disso, será hora de mudanças. Mudar os links da Série C para os da Série B, aleluia! (farei isso quando o blog completar dois anos, em 13 de novembro), mais acessos, mais comentários, uma nova fase também para este espaço, embora de muito menos importância do que a nova fase do clube.
O blog começou sem nenhum acesso, e para terem noção, nos primeiros cem posts só 9 textos mereceram comentários, e um ou dois a cada texto. A primeira vez que houve mais de dez comentários em um post foi só no jogo contra o América-AM, ou seja, um ano depois de surgido este espaço. O "buteco" ficou muito mais legal com a participação dos leitores, alguns que já conheço pessoalmente, outros verei no churrasco do próximo domingo (e sobre o churrasco vejam o primeiro comentário abaixo), e muitos que ainda não vi, mas considero amigos tricolores.


DIFICULDADES: Nem tudo são flores. As dificuldades serão muitas, mas saberemos (a diretoria) superá-los. 

1. Arrecadaremos mais, mas gastaremos bem mais. Jogadores serão mais caros, comissão técnica (tomara que Arturzinho fique, mais vai querer um bom aumento - e merece) igualmente. Bichos, premiações, décimo-terceiro, etc, tudo custará mais caro.
2. Melhoria de acesso à Arena. Haverá bastante jogos noturnos - terças e sextas - e aí, à noite, tudo precisa funcionar ainda melhor do que durante o dia. Uma coisa é sair do Estádio às 17 h de domingo, outra às 23 horas de sexta-feira.
Mais catracas, melhor acesso, abertura da Francisco Gomes seria razoável, melhorias nos banheiros, mais saídas de emergência, etc. Se realmente queremos manter uma média próxima de 15 mil por jogo, há muito a realizar.
3. Arena - o prédio: sabem porque esse rolo todo com o CRB, que quase se fodeu na Série C?
- Por causa de uma "Arena" parecida com a nossa, num desses projetos "bonitinha, mas ordinária". De repente, apareceu uma promotora de justiça (assim mesmo, em minúsculas) por lá, botou banca, empombou, e interditou a Arena da Floresta. Vamos correr este risco (hoje verdadeiramente presente)?
Temos primeiro de lavar toda a Arena. Depois pintá-la. Isso só pra dar uma "garibada" já pro Estadual.
E remeto ao item anterior, se não tomarmos providências quanto à  segurança (há providências sérias pendentes e em análise na prefeitura), podemos ter de jogar fora de casa, e aí a merda tá feita. Sabemos como são as coisas aqui em SC. Pode jogar em Indaial, num estádio sem banheiro, mas na Arena sempre algum corno arranja encrenca.
Nem vou falar em ampliação do Estádio. Não é coisa que acontecerá em 2012 - salvo milagres, em os quais não acredito.
4. O futebol e adversários de maior nível. Só pra termos ideia, bateremos de frente com os maiores clubes do Nordeste, poderemos ter em nossa companhia Goiás, Atlético-PR, Ipatinga, quiçá Atlético-MG e Cruzeiro - esses com orçamento de Clube dos 13, além de vários clubes do interior de São Paulo (embora Lusa, Ponte e Americana possam subir pra A). Não é a mesma coisa que jogar com Operário, São José, Iraty, Chapecoense ou Brasil de Pelotas. O campeonato é bom, mas é foda.

Acho que é só um começo do que vai acontecer conosco e do que precisamos fazer. Este já é um post mais elaborado (e mais calmo, depois de toda a festa) sobre o que representa o acesso para o Clube e para a sua torcida. Como repeti várias vezes, podemos mais.
"Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco, todos nós no mesmo barco, não há nada a temer"!
VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

18 de out. de 2011

O JEC SUBIU! FAROESTE CABOCLO - PARTE 4 (a 1). UM TIME "FORA DE SÉRIE" NA SÉRIE B.

Todo filme de faroeste (por caboclo que seja) sempre termina com o mocinho ganhando do bandido. Nossa saga não poderia ser diferente. Matamos os candangos, vencendo por 4 a 1 e acabando com um sofrimento de 7 anos. E posso dizer: Meninos, eu vi!
Eu ainda não sei exatamente o que dizer, a gente perdeu por tanto tempo que quando vem a vitória ficamos até sem saber o que fazer. Mas vamos tentar.

Agora pela manhã veio um misto de alegria por ter estado no jogo e ver in loco o acesso, comemorar com os jogadores no alambrado, ao lado de uma tristeza por não estar em Joinville num momento desse, vendo quanta gente estava no Mercado Público (cerca de 5 mil), sabendo quantos amigos estavam no Meurer, e lendo o comentário no post anterior, de nego que ficou comemorando até as 6 da manhã. Que inveja!
O Mercado parecia a Arena!
Aqui em Brasília, antes do jogo, eu e meu irmão pegamos o metrô, descemos na estação próxima ao campo, e fomos caminhando para o Estádio. Na frente do Serejão, tinha um grupo da nossa torcida tomando uma cervejinha numa barraca de espetinho de gato. Agora eu já estava em casa. Compramos o ingresso a 5 pila, e fomos para o lugar da torcida visitante. Tinha até um cara que morou em Santa Catarina, torce pelo Marcílio, e tava lá torcendo pelo JEC (no começo até fiquei preocupado se não seria um pé-frio pra nos incomodar).

O jogo não importa muito. Nosso time jogou bem melhor. O um a zero foi contra do zagueiro que se apavorou com o Capixaba cruzando e com Bruno Rangel fungando no cangote. Isso aconteceu do outro lado do campo, longe da galera. Parece que nosso time guardava o melhor para fazer em frente à pequena-grande torcida que estava por aqui. O segundo gol, de pênalti (sofrido pelo Rangel - como foi importante na campanha), mais uma vez anotado por Capixaba. O terceiro gol, um golaço, com passe de Ramon que encontrou o peito do Lima (e olha que esses são nossos "reservas"), que de fora da área, fuzilou. A essa hora eu já tinha enlouquecido, o resto foi festa. O gol deles eu não vi, e também, que importância tem? O jogo já tinha acabado, essa é a verdade. Imagino que eu tenha ido mijar, porque pasmem!, dava para comprar cerveja (com álcool, e não essa merda não-alcóolica que temos de beber em Joinville) dentro do Estádio. Tomei algumas pra segurar os nervos.

Já tínhamos subido quando Capixaba (o maior nome desse título - sim, o acesso já é um título) indicou para o Tiago Real onde devia vir o passe (e este obedeceu), recebeu e chutou cruzado, em mais um golaço, chegando a 9 tentos na artilharia da Série C. Fizemos uma partidaça, não deixando nenhuma dúvida sobre o merecimento de nosso acesso. Fecha o caixão, manda o Argh!el para a puta que o pariu (a propósito, ele já foi, e demitido), e comemora, Tricolor! Era hora de ir para o alambrado esperar os jogadores, e berrar com eles. Até esqueci de tirar uma foto dos nossos boleiros ali na grade, tão felizes quanto nós.

Quando acabou o jogo, não sabíamos bem pra onde ir, fomos em direção ao lugar em que estava a equipe de rádio, conseguimos (tudo no estádio é uma zona só, cada um faz o que bem quer, e essa bagunça é legal em alguns aspectos) - eu meu irmão - entrar na cabine da rádio onde estavam Mário Celso, Fronzi, Marinho Borba - até falei na Rádio Cultura.

Era, enfim, hora de tranqüilamente comemorar, porque longe da torcida de Joinville. Se pudesse, gostaria de ter imediatamente me transportado para nossa cidade, e aí sim fazer uma festa desbragada. O esporro só faria sentido em JoinvilleEssa festa, junto com a Torcida (todos estão convocados), fica adiada, ao menos para mim, para domingo que vem, em que teremos o jogo mais fácil de nossa história, porque simplesmente não importa o resultado de JEC x bugrada, não importa nada, será um dia apenas de festa. Se vencermos e formos à final, tudo bem, se não, também tá bom demais.

Pegamos novamente o metrô, fizemos um lanche, tomamos mais uns chopes, e fui para casa, dormir um sono tão tranqüilo em que sequer sonhei, porque aquilo que eu sonharia já tinha se realizado. Agora tô aqui no DF assistindo ao Globo Esporte, escutando a rádio de Joinville pela internet, para me certificar que não estou vivendo uma ilusão.

Ivan, Eduardo, Pedro Paulo, Renato Santos, Fabiano Silva, Linno, Tiago Real, Gilton, Badé, Gleydson, Mateus, Ricardinho, João Henrique, Jailton, Aldair, Ramon, Capixaba, Aldair, Lima, Rangel. Esse é o time que nunca mais vai ser esquecido. Sim, um time com mais de onze jogadores, porque o JEC é bem mais do que onze. O JEC é os seus jogadores, seus dirigentes, e, principalmente, a (nossa) Torcida.

Aqui há de se fazer justiça também à diretoria. Márcio, Nereu e seus companheiros. Quantos "Fora Nereu" ouvimos? Aqui não fizemos esse coro, porque eles foram eleitos com a unanimidade dos votos do Conselho. Demos tempo ao tempo e, em dois anos, saímos de uma situação em que nosso calendário terminava em maio para chegarmos à Série B. Mudanças intempestivas de treinador, demissões e contratações equivocadas, etc. Houve erros, mas no frigir dos ovos, houve mais acertos, e temos a prova real disso hoje.

Por fim, Arturzinho, Little Artur, Rei Artur, nosso pequeno-grande treinador, que pegou um time que vinha muito mal com Giba, e com duas contratações montou um time espetacular com quem já estava aí. Seus colegas da comissão técnica também não pode ser esquecida.

Ainda não é hora de pensar adiante, vamos aproveitar um pouco. Há muitas coisas a fazer. Precisamos de muitas coisas, da Arena terminada, dos acessos ao Estádio melhorados, de dinheiro, do CT terminado, de mais estrutura para o Clube, aumentar o número de sócios, pois as coisas agora mudaram de figura, temos calendário, responsabilidades maiores. Mas isso é assunto para mais tarde.
Agora é só festejar. É muita alegria, e a festa tem dia e lugar marcado: domingo, às 17 horas, na Arena.
E obviamente não quero me meter na UT,  porque dela sequer faço parte, mas bem que poderia ser marcado para as 16h30, por exemplo, para que cinco ou seis jogadores subissem na arquibancada, com a Arena já lotada e vestindo a camisa comemorativa do acesso, e desvirassem a faixa.

Ainda bem que o acesso já veio, deixando-nos todos um pouco mais tranqüilos, evitando infartos, convulsões, desmaios, etc. Mais do que felicidade, o acesso nos traz paz, e teremos um final de ano muito mais sossegado.
Todo mundo de parabéns. Obrigado pela felicidade.
Exatamente um ano atrás eu escrevi esse texto aqui após a derrota para o América-AM, em que mandei todo o time, a diretoria, o técnico , todo mundo pra puta que o pariu, disse que o JEC era um time filho da puta, aquele time era um time de merda. Quanta diferença para esse time que temos hoje.
Hoje, só felicidade e elogios. Parabéns a todos.
É SÉRIE B, CACETE!
VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

Ficha técnica (inesquecível): Brasiliense 1 x 4 Joinville,  Brasília (Serejão), 17.10.2011
JEC: Ivan; Renato Santos, Fabiano Silva e Pedro Paulo; Eduardo (Tiago Real), Glaydson, Ricardinho, Jaílton (Ramon) e Gilton; Bruno Rangel (Lima) e Ronaldo Capixaba. T: Arturzinho.

Brasiliense: Welder; Alan, Raphael, Padovani e Cicinho; Deda (Valdo), Iago (Acosta), Tallys (Tuta) e Ruy; Djavan e Diego Lira. Técnico (pelo menos ele pensa que é): Argel Fucks.
Gols: Raphael (contra), aos 23’, 1ºT, Ronaldo Capixaba, aos 7’ e 45’ e Lima aos 21’ do 2ºT.

17 de out. de 2011

EU NÃO ACREDITO, MAS ESTAMOS LÁ; É SÉRIE BBBBBBB

Tirem as crianças da sala. A partir de agora vem uma sessão de palavrões como há muito não se via. Vai todo mundo tomar no cu, vai todo mundo para a puta que o pariu, vai todo mundo à merda. Eu não sei o que dizer, e amanha vou pensar, agora eu quero crutir a vitória, bêbado, agarrado na bandeira, e prometo, amanhã, eu penso, Agora uso as palavras que Bocão disse: hoje eu vou tomar um porre, não me socorre eu tô feliz. Hoje demos um baile. Série BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB. E terceira nunca mais. Eu vi o jogo até 3 a 0, depois esqueci da peleja e fiquei correndo pela arquibancada. Parece que acabou 4 a 1. Confesso que não vi. Chega de sofrer, agora eu quero gozar. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC! 

16 de out. de 2011

FAROESTE CABOCLO - TERCEIRA (NUNCA MAIS) PARTE

Esse é o grande faroeste caboclo brasileiro.
A "zica encostada na esquina do boteco" aqui do JECMANIA partirá pra Brasília, às 6h desta segunda-feira. Enquanto a maioria de vocês lê o blog, deverei ainda estar dentro do pássaro de ferro indo pra Capital Federal. Escrevo as últimas notas antes do jogo, espero só voltar a escrever com a vaga na Série B conquistada.

O adversário:
O Argel tá "mais perdido que surdo em bingo", como diz meu amigo Carlos. Novamente mudou uma porrada de jogadores entre os relacionados, deixou Fabiano Galhudo fora mais uma vez - sequer o relacionou, e chamou agora Acosta e Tuta, outrora imprestáveis até para ficar no banco (devem estar "empolgadíssimos" para ajudar o "professor") . O Tuta, durante a semana, soltou o verbo nos jornais de Brasília, reclamou do Argh!el, dos jogadores mais novos. Eu não sei como esse cara quer que o elenco confie nele. Pode dar certo, mas tem tudo pra dar errado.
O desfalque de Ferrugem é seriíssimo para eles. Talvez seja o melhor jogador da meia-cancha (lembremo-nos que aquele lance perigoso que o Ivan salvou aos 13' da segunda etapa foi uma conclusão do ferruginoso), e está fora. Gadelha, como sabemos, também não joga por opção do "jênio".

NOSSO TIME:
Nós, de nosso lado, estamos com o time escaladinho, com o banco completo (e que banco...), com o elenco entrosado e muito motivado, com tudo pra dar certo. Não há o que falar. Arturzinho já fez o que era necessário, já disse o que tinha e ser dito. É só entrar em campo e comer a bola - e se possível trazer a vaga.

AJUDA EXTERNA:
Abro parênteses para comentar rapidamente IPA x CHA, que ouvi, com o coração na boca, pelo rádio e, que no final, representou mais uma ajudinha para nós: as coisas quase ficavam mais difíceis  quando, ao final do primeiro tempo, a bugrada vencia o IPA por 2 a 0, fora de casa. No segundo tempo, Grolli fez duas cagadas em dez minutos, tomou dois amarelos e foi para a rua.
Foi a senha para o time mineiro ir para cima com tudo, fazer um gol aos 22', empatar aos 40', quando minhas esperanças e meu fôlego já iam embora. Já tava bom, ficou ainda melhor (ao menos para o acesso, não estou ainda pensando em título), pois aos 46', deu-se a virada.
A Chapecoense que ao final do primeiro tempo entrava de vez na briga pela vaga, aos 90' estava virtualmente desclassificada. Podemos transformar esse adeus virtual em real amanhã.
Esse foi um grande resultado para nós. Naquele site meio estranho das probabilidades, o "chance de gol", nossas chances de acesso passaram de cerca 85% para 96%, logo após o jogo em Minas. Não é nada, não é nada, mas demonstra o quão difícil é a situação de nossos adversários que estão abaixo de nós na tabela.
Será que o acesso acontecerá nesse palco?
VIAGEM E INCENTIVO:
Acabei de arrumar a mala: como anunciei na primeira parte da saga cabocla, tudo de que eu preciso está lá dentro. De bens materiais (e valiosíssimos), somente CAMISA e BANDEIRA do Tricolor. No mais, esperança.
Pelas expectativas que ando lendo, é bem capaz de haver uns 50 torcedores Tricolores no Serejão - e milhares em Joinville. São poucos os que lá estarão, mas representam muitos. Não é possível representar toda a nossa massa Tricolor, porque sua força vem do conjunto, de todos juntos, na Arena. Mas estaremos lá para apoiar nosso time, tentando fazer de cada voz a voz dos que aqui ficaram.
Como incentivo final, transcrevo o que escrevi antes daquele jogo fora contra a Chape, na primeira fase, em que estávamos em situação complicada - até porque deu muito certo, e em matéria de futebol e JEC, eu sou supersticioso:
“Esse post é só de incentivo: coragem, garra, vontade, força, disposição, disciplina, alegria, aplicação, destemor, raça, concentração, virilidade, inteligência, estratégia, união, amizade, ousadia, doação, torcida, esperança, incentivo, imaginação, resultado, empate, vitória, classificação, acesso, Série B, e, principalmente, muito futebol. É isso que eu espero e desejo ao nosso time e à nossa torcida. E tudo isso em dobro para esse domingo, às 15 horas, no Índio Condá (ou agora, para essa segunda-feira, às 17h, em Brasília)”.

Como andam dizendo por aí, se vier o acesso, não haverá como ouvir a comemoração na rádio, porque será por volta 19 horas e entrará no ar o programa da Radiobrás.
Mas não tem problema, porque A  Voz do Brasil, o grito entalado na garganta do país é pelo acesso do JEC. Tudo bem, exagerei - então refaço a frase e digo que tal grito está entalado pelo menos na alma da NOSSA NAÇÃO, a Tricolor, e esse berro que queremos gritar e escutar todos sabemos qual é: VAMOS SUBIR JEC!
Mas, sabem de uma coisa? - Que se lasque o rádio, que se acabe o mundo, pois se tudo der certo, quem é que vai querer ouvir qualquer coisa? Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro! Boa sorte para nós todos.
VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

14 de out. de 2011

FAROESTE CABOCLO - SEGUNDA (PARA JÁ IRMOS NOS ACOSTUMANDO) PARTE

Vai se aproximando o dia da viagem e do jogo, e a ansiedade só aumenta. É  hora de "cacentração".
Toda  prudência é pouca, e nosso preparador físico Reverson Pimentel tem feito muito bem em hidratar bem os jogadores, para enfrentarem o clima em Brasília.
Mas, sinceramente, acho que essa será uma coisa com a qual não teremos de nos preocupar tanto quanto se alardeia por aí.
Olhando a previsão do tempo para Capital (pau no cu dela, só pra não perder o hábito), vejo que na segunda-feira estão até previstas chuvas esparsas, e umidade relativa do ar em mais de 60%, em nenhum site menos de 50%, ou seja, um clima normal para jogar bola.
Falei com meu irmão que mora lá (informações privilegiados, da ABIN), e já começou a estação das chuvas na Capital Federal, e a lógica diz que até deve chover durante a segunda-feira. Poderá até estar calor, perto de 30 graus (mas às 17h a temperatura já estará mais amena), mas não estará seco a ponto de prejudicar o rendimento dos nossos atletas. A época mais seca do ano já se encerrou, agora em setembro. O auge da seca é de junho a agosto.

O mais importante é que nosso time viajará sem qualquer problema de contusão, suspensão, ou qualquer outro empecilho para que pratiquemos o bom futebol que vimos jogando até agora.
Do outro lado, os problemas se acumulam. Tem um monte de jogadores deles sentindo problemas físicos, o clima interno tá aquela coisa depois de seis ou sete jogos sem vencer, os medalhões sendo queimados pelo Argh!el, a zaga confusa, a torcida meio que desacreditada da capacidade de seu time. É importante que, nesse ótimo clima, não permitamos "A volta dos mortos-vivos". Brasiliense e Chapecoense estão com o pé na cova, o Ipatinga pode fazer a parte dele, e nós devemos fazer a nossa. Pá de cal nos zumbis, é o que peço. 
Assim está o JEC. O ano de fabricação é 76, mas tá inteirinho.
O JEC agora, como o João de Santo Cristo outrora, sente que ali, na Série C, não é mais o seu lugar. Não há mais muito mais o que fazer, nada de diferente precisa ser feito, é só não perder o foco com  diversionismos que vez ou outra pipocam por aí (e dos quais já combinamos de não falar; a propósito, sobre diversionismo, leiam o último parágrafo deste texto), e jogar o nosso normal, que hoje é muito bom.

Estamos com planejamento perfeito. Viagem já no sábado, aclimatação, descanso, treinamento no CT do Gama. Bicho prometido (e que vem sendo pago em dia, além de os jogadores ontem terem recebido os salários e parte da premiação prometida por metas já alcançadas - e convenhamos, todo mundo trabalha melhor com dinheiro no bolso), grupo fechado, comandante antenado.
E falando em comandantecomo a minha intenção não é falar com a Presidente(a), quero falar pro Arturzinho pra ele ajudar toda essa gente (torcedora do JEC), que há muito tempo só vem fazendo sofrer: - Você e os jogadores estão a um passo de nos darem uma imensa alegria.

JABÁ
Quem tiver de folga na segunda-feira ou conseguir sair uma horinha mais cedo do trabalho, e não quiser ver o jogo sozinho pela internet, mas sim com uma baita galera tricolor, com um bom link, e com cerveja gelada, já tem um endereço pra ir: o Bar e Restaurante Meurer, do gente fina Cassiano, ali no Costa e Silva (Otto Pfetzenreuter, 365).
A turma que tem ido lá sempre volta. Durante os jogos é uma grande festa. Vá lá, é uma boa pedida.
Acho que vou cobrar um jabazinho do Cassiano por essa divulgação. Eu lhe dou 5 merréis, ele me dá uma Brahma gelada.

O MENESTREL:
Apenas para constar, o alagoano hoje coloca o nome do "melhor time do Estreito" em 6 notas de sua coluna, ao passo que dedica uma única nota ao JEC! Quer saber? Deixa pra lá...
A propósito, me respondam, quem é que nessa hora quer saber notícias de qualquer time que não seja o Tricolor?

VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

11 de out. de 2011

FAROESTE CABOCLO - PARTE 1

Passada a euforia da vitória e a quase certeza do acesso (embriagado pelo jogo e pela "marvada"), volto a fincar os pés no chão, escutando o sábio conselho do Arturzinho - só comemorar quando houver certeza matemática.
De qualquer forma, é pouco provável que um time que sob o comando do pequeno-grande treinador só perdeu um jogo em 17 ou 18 vá perder três partidas em seqüência, ainda mais porque Brasiliense e Chapecoense ameaçam entrar em crise, porque time que tá perdendo sempre entra em crise.
A torcida da bugrada já tá arrancando a tanguinha pela cabeça, jogadores xingando torcedores no Índio Condá, imprensa desacreditando (Badá, por exemplo), etc; e no time da Capital (au, au, au, pau no cu dela), o Argel tá inventando, tirando os principais jogadores (quero dizer os de mais nome como Acosta, Tuta, Gadelha, Edinho) da equipe, vai ter dois - na verdade só o Ferrugem, porque a ausência do Miltão é reforço, e não perda -desfalques, malgrado conte com a volta do bom lateral Cicinho, e ainda há uns quatro ou cinco com problemas musculares. Como o time candango foi mal em Joinville, não será de estranhar se mais uma vez Argh!el promover três ou quatro mudanças, esculhambando ainda mais a equipe. Li em comentário de leitor no site do BRA que o público de 2 mil pagantes é fictício, vai (bem) menos gente do que anunciam. Não haverá pressão da torcida. E o ingresso da descoberta é 5 merréis ("se" dei bem nessa, vou pagar cincão pra ver o JEC subir). A lógica me diz que não perderemos em Brasília. Não vamos contrariá-la.

Refazendo os cálculos, me parece óbvio que a eventual vitória contra a Chape, em casa, deverá ser suficiente para o acesso. Mas sempre existe a possibilidade de um tropeço em casa, um empate, por exemplo, de forma que o próximo jogo, contra o Brasiliense, é ainda, MUITO IMPORTANTE e MUITO DIFÍCIL. Nosso grupo sabe disso. Arturzinho sabe disso. Não podemos relaxar.
A equipe ganhou uma consistência tática, física, técnica que não víamos há muito tempo no Joinville. Basta ver que nós, que entráramos na segunda fase como a pior defesa entre os quatro times classificados, estamos nessa etapa com apenas 2 gols sofridos, contra 4 do IPA, 6 da CHA, 8 do BRA.

Some-se a isso (zaga consistente) que nossas maiores dúvidas vêm recebendo resposta. Rangel, de início titubeante, já marcou 4 vezes, sempre com a bola rolando. Sofreu pênalti em Chapecó, ontem deu passe para o gol do Ricardinho, enfim, já podemos considerar que está cumprindo muito bem com suas obrigações de camisa 9. Também não dá para esquecer que nossos dois craques, Ramon e Lima, voltaram ao grupo, e domingo pode-se ver a importância desses caras. Revendo os melhores momentos vê-se que o Lima teve, em 20 e poucos minutos, 4 jogadas efetivas de gol (bicicleta, chute na rede pelo lado de fora, estava no lance do gol do Gilton, fez o seu), e Ramon deu passe para gol.

É com essa confiança que começo a arrumar as malas pra viagem. Já coloquei a bandeira tricolor, tô esperando a camisa secar, tô vendo como arrumar lugar pra tanta esperança e confiança, sem deixar de reservar um lugarzinho especial para, quem sabe, trazer na bagagem, lá da Capital Federal, já na segunda-feira próxima, a "vaguinha" pra Série B. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

10 de out. de 2011

JEC 4x1 BRASILIENSE - QUE VITÓRIA! E SEMPRE É MAIS FÁCIL PRO TIME QUE TEM UM TÉCNICO.

Te cuida, Capixaba, que eu quero ser artilheiro!
Aos 2 minutos, quando muita gente ainda estava fora do estádio, Bruno Rangel (que fez ótima partida, meteu um gol, bola na trave, e deu um passe de cabeça pro gol do Ricardinho) abriu o placar, recebendo passe de Jailton, num lance muito parecido com seu primeiro gol contra o Brasil empelotado.
O time vinha jogando muito bem, quando Gilton deu um passe alto para Renato Santos que se atrapalhou com a bola e entregou o gol de empate para Diego Lira. Mas nem assim o time se abateu.
Tirando esse lance e a defesa incrível de Ivan der Sar (ex-"O Terrível" - ouvi dizer que ele prefere o primeiro apelido), aos 13' do 2º T, nos pés de Ferrugem, evitando a virada, não corremos riscos.

Foi mais um jogo em que - além de jogar bem, ofensivamente - administramos (digo nós, porque somos torcedores, mas o mérito é todo de Arturzinho e seus blue caps) o perigo.
E essa é a diferença entre um e outro time. Um tem técnico, o outro tem um "abobado", xarope, que acha que entende de futebol.
Arturzinho, na hora em que um dos jogadores de amarelo foi expulso, sacou um zagueiro (PP) e meteu o Ramon no time (que, só para citar, deu o passe para o gol do Gilton - esse também, hein! -  de desacreditado passou a lateral-artilheiro).
Já vi Arturzinho trabalhando (e como trabalha!) nos treinos, todo o mundo escuta; quando Artur fala, não há conversas paralelas, não há desatenção. Boleiro é uma turma unida, difícil, são muitos jogadores para administrar (nosso elenco tem 28 ou 29 jogadores, e lembremos que só 11 jogam, dez sequer são relacionados). É fácil perder a mão. Se eles não acreditam no treinador, logo tudo vai pelos ares. E esse grupo põe muita fé no que Little Artur fala, e se isso acontece há uma razão: ele sabe o que diz, ele sabe o que precisamos fazer. E os jogadores acreditam e fazem.De outro lado, o Argel-que-se-Fuck é o famoso malandro-agulha, como bem disse o Mário ontem depois do jogo (esse tipo de malandro é aquele que dá o arschloch mas não perde a linha). Veio aqui mais uma vez pra tumultuar - p. ex., conseguiu fazer o jogo ficar parado por 6 minutos quando ainda estava empatado, até ser retirado de campo por sua expulsão.
Fica ao lado do campo de jeans escuro, camisa modinha, sapato brilhoso, quase um metrossexual (ui!), e acha que isso lhe confere as qualidades necessárias para ser um treinador de futebol.
Isso não basta, pois o máximo que conseguiu foi montar um time  desentrosado, tirando do time, na minha opinião, seu principal jogador, Fabiano Galhudo (pelo menos eu não tenho notícia de que esse não pudesse jogar), afastando Tuta, Acosta. Sua única "tática" é causar confusão, transformar qualquer jogo num confronto (como fez quando veio aqui com o Caxias, com aquela palhaçada no aquecimento), pra quem sabe, vencer, não na bola, mas na catimba, na avacalhação. Dessa vez não deu certo, e o chato levou quatro gols para casa. E tem boa parcela de culpa na goleada (mas é claro que a maior parcela da responsa é do JEC, que jogou pra caralho).

Mas, voltemos falar de nosso time. Já jogávamos bem na primeira etapa, mas faltou liquidar o jogo antes da falha de Renato Santos (que vinha jogando bem há meses, um erro escusável, portanto). O Fabiano Silva fez um golaço de fora da área, mas a bola tinha vindo de um jogador impedido. O Rangel cabeceou uma bola que bateu na trave, correu por sobre a linha, e não entrou.
No segundo tempo, só deu JEC. Ricardinho fez o segundo em linda bola ajeitada de cabeça por Rangel. Gilton fez o terceiro após cruzamento rasteiro de Ramon, e Lima, que quase fizera um golaço de bicicleta, marcou o quarto (eu disse que ele ia meter unzinho), para fechar o caixão e selar sua recuperação. A volta de Ramon e Lima, nossos dois jogadores mais tarimbados, de maior renome, nesta hora decisiva, também foi excelente. Melhor impossível.
Sobre nosso provável acesso e a necessidade de ainda fazer pontos fora - não perder do Brasiliense, falarei durante a semana.

A AUSÊNCIA QUE SUPRE UMA LACUNA.
Durante o jogo, concentrado na partida, não notei, mas no finalzinho da partida, o Sandrão me chamou a atenção para um detalhe importantíssimo: não ouvimos a voz do Weber anunciar gols estrangeiros, exceto o do jogo CHA 2x3 IPA, o único que nos interessava além do nosso.
Grande iniciativa de quem quer que tenha sido. Reclamamos tanto disso por aqui que talvez tenham nos ouvido.
A propósito, a cada vez que o time de Minas fazia um gol, as coisas só melhoravam para nós. Para mim, não podia haver melhor resultado que a vitória do Ipatinga. Se vencer a Chape na próxima semana, o time do Oeste já era. E lá no Oeste também se viu a diferença que faz ter um técnico, em vez de um chorão no banco. Quando houve o pênalti para a CHA, e o empate por um a um, foi expulso um jogador do IPA, e Ovino não conseguiu mudar o panorama da partida, não soube aproveitar o homem a mais, e conseguiu tomar dois gols (é verdade que de um bom time, e de um bom jogador, o Wellington Bruno), perdendo o jogo com um homem a mais em campo. Daí, meu querido, não adianta chorar, não adianta fazer moção na Câmara de Vereadores contra a atuação do Jefferson Schmidt. Tem é que treinar bem o time, e quando tiver a vantagem numérica em campo, fazer como Little Artur - trucidar.
Com 14.059 tricolores no Estádio Municipal, tivemos uma grande tarde ontem. Até o sol, que estava escondido, deu uma passada no Estádio Municipal pra ver o JEC golear. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

Ficha Técnica: JEC 4 x 1 BRASILIENSE, Arena Joinville, 09/10/2011
Público: 14.059 (total).
JEC: Ivan; Renato Santos, Fabiano Silva e Pedro Paulo (Ramon); Eduardo, Glaydson, Ricardinho, Jaílton (Tiago Real) e Gilton; Bruno Rangel (Lima) e Ronaldo Capixaba. T: Arturzinho.
Brasiliense: Welder; Alan, Miltão, Padovani e Erivelto (Bebeto); Deda (Moacri), Ferrugem, Ruy e Tallys (Valdo); Djavan e Diego Lira. T: Argel Fucks.
Gols: Bruno Rangel, aos 3 do 1ºT; Ricardinho, aos 15’, Gilton, aos 28’ e Lima, aos 48’ do 2ºT .

9 de out. de 2011

HIROSHIMA, 6 DE AGOSTO - NUNCA SE REPETIRÁ: JEC 4 X 1 BRA

Não há mal que sempre dure...
Serei breve: comentários sérios sobre o jogo só amanhã; agora, só pílulas (de sabedoria alheia) do que houve.
O mundo pode acabar, e que tudo se acabe numa esbórnia iuaudita. O mundo pode acabar, e se ele acabar, eu quero estar dentro da Arena.
Porque hoje, contra tudo e contra todos, fizemos uma partida que beirou à perfeição.
Renato Santos, que vem jogando bem há milênios, errou uma bola bisonha e entregou um gol para o BRA (um empate assustador) - e pensei amarrado à minha bandeira: será que hoje vamos entregar? Medrei...
Mas, esse time que aí está, afirmou peremptoriamente: aqui não tem maldição da Arena, aqui não tem bomba atômica: aqui é JEC, PORRA!
Fizemos (até parece que sem jogar eu jogava junto) um segundo tempo maravilhoso. Um time que vence por 4 a 1,  e jogando pra caralho, com gol de LIMA, O MATADOR,  abre todas as vantagens possíveis num campeonatozinho desses, está na frente em pontos, no saldo de gols, na bola, NA TORCIDA, em tudo. Não há critério pelo qual não estejamos na frente dos outros.
Eu (modestamente) cantei a bola outro dia: o IPA é melhor que a CHA. E os mineirinhos que enrabamos (desculpas aos menores) aqui, foram a Chapecó e enfiaram 3 côcos na bugrada. A atual pontuação nos permite acreditar que até com 7 pontos já subimos. Com 8 é quase certo, com 9, estamos lá. Vamos subir, a não ser que ...
Vou lhes dizer algo inimaginável: O JEC NÃO PERDE MAIS! SUBIMOS! ESTAMOS NA SÉRIE B! Se meu vaticínio não se concretizar, é porque a bomba atômica de Hiroshima, de Nagasaki, caiu, aqui, no meu colo. E aí eu mereço o castigo. E, convenhamos, há 65 anos não cai uma bomba dessa em lugar nenhum. Não serei eu o azarado.
Quando eu estiver mais calmo, vem o novo post, e mais, a nova série: "FAROESTE CABOCLO", porque minha passagem para Brasília - e eu acho que subimos lá - já está no meu bolso. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

6 de out. de 2011

LIMA E RAMON, É PROVÁVEL QUE OS VEJAMOS DOMINGO. E OUTRAS PROBABILIDADES.

No treinamento de anteontem, finalmente, Ramon e Lima foram postos em situações de jogo. Eles vinham treinando em separado, fazendo joguinho de trave pequena com jogadores pouco aproveitados como Tarracha e David, sem serem submetidos ao jogo coletivo, onde há muito mais exigências físicas e muito mais contato - o teste necessário para saber se eles estão prontos para voltar ao batente.
Os problemas de Ramon eram apenas físicos, e ele estando bem das pernas (problemas nos músculos posteriores de ambas as coxas), nada mais o impede de, se necessário, entrar no time (no banco, provavelmente) para ajudar o JEC.
Já o Lima, além da questão física, tem a questão psicológica, de confiança. Não deve ser fácil o cara ter quebrado a perna e voltar a jogar, e estar pronto para, quando vier a dividida dura, por o pé na bola sem receio. Mas eu acredito que nosso 9 ainda vai fazer o gol do acesso. Se entrar domingo - no segundo tempo, é claro - acho que já mete unzinho. Lembro que quando ele chegou no JEC ele levou menos de 1 minuto pra fazer o seu primeiro gol, em 05.11.2008, contra a Chapecoense. Tomara que nessa nova estréia, a história se repita.
Só de saber que temos essas opções em nosso banco, para jogar 20 ou 30 minutos, se necessário - já é um grande alento, uma ótima possibilidade para Little Artur, se precisar fazer alterações. Quanto mais possibilidades, melhores jogadores, melhor. E isso sem contar que Rangel e Capixaba vêm jogando bem. 
Vamos chegar inteiros na reta final do campeonato, com todos os jogadores à disposição de Artur, pouquíssimos jogadores com problemas de cartão, enfim, o quadro é animador. Só falta o retoque final.  
Tenho que dar uma passada nos treinos durante a semana para ver como estão nossos jogadores mais renomados, mas é bem provável que vejamos os dois no banco já no domingo.

OUTRAS PROBABILIDADES:
Fazer cálculos talvez não seja a coisa mais prudente por ora, como bem diz Arturzinho. O negócio é ganhar os jogos, jogar cada partida como se fosse a última. Depois do resultado, fazemos os cálculos, mas em silêncio.
Eu acredito que 10 pontos serão suficientes para o acesso. Esses cálculos do site chance de gol (link aqui) mostram que, em tese, com dez pontos as chances de classificação são de mais de 99%, e mesmo com 9 pontos as chances são de mais de 92%.

Passando do abstrato ao concreto, no grupo F, os cálculos para classificação são refeitos depois de cada rodada, já considerando o novo resultado. Não sei como são feitos, não entendo porra nenhuma de matemática ou probabilidades. Para verem como o negócio é o samba do crioulo doido, ninguém se entende, apresento dois cálculos, um veiculado no AN de terça e outro do mesmo site acima indicado (e num deles, o IPA, time de melhor campanha geral na Série C, e hoje vice-líder, tem chances menores do que a CHA). Dêem uma olhada:

Seguindo o conselho arturiano, deixemos esse supunhetemos de lado, e pensemos concretamente.  
Ora, os únicos números que realmente nos importam nessa semana são 90 - 11+2 - 3: Noventa minutos no domingo, onze guerreiros tricolores (mais nossos dois craques de volta), e três pontos na tabela. É simples assim, mas será difícil. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

4 de out. de 2011

O BRASILIENSE É O PRÓXIMO ADVERSÁRIO. E A BOLA AÉREA NÃO INCOMODOU.

Arturzinho deu um jeito na nossa defesa nesse último jogo, até contra as bolas alçadas na área - ótima notícia. E volto a dizer, o JEC tem corrido POUQUÍSSIMOS RISCOS com a bola rolando. O time está bastante consistente, sofre alguns gols de chutes de fora da área (pombos sem-asa ou de falta) e de bola parada. Com ela correndo na grama, nosso sistema defensivo - inclusive Ivan der Sar (o ex-terrível) está bastante firme. Nosso próximo adversário tomou quatro gols em dois jogos. Vamos manter essa média ruim deles, no próximo domingo (essa, pelo menos, é a minha esperança).
Little Artur treinou bastante, na semana passada, o posicionamento defensivo, e deu certo. Parece que o Rangel ajudou muito na composição defensiva - não reparei nesse detalhe, mas muitos da imprensa notaram. Pedro Paulo não esteve em jornada muito inspirada, mas tá cheio de crédito, vem jogando bola pra cacete. Domingo ele voltará a jogar o que normalmente joga. Nossa meiúca não é um primor na criação de jogadas, mas tem dado pro gasto, e compensa na vontade, na raça. O meio-campo do próximo adversário é mais técnico do que o nosso. Acho que esse é o grande embate da partida de domingo: nosso time tem mais velocidade, é mais jovem, com um jogo forte de marcação e disposição; o deles, um pouco mais técnico, mais cadenciado, com posse de bola refinada.

O BRASILIENSE
Após o final do jogo em IPATINGA, Acosta, uruguaio do BRA, saiu puto da cara, dizendo para a rádio que esse time do Brasiliense AMARELOU. 
Será?
O clima pode ter começado a azedar dentro do clube, no elenco? Quando um começa falar que outros tão amarelando, sem vontade, a maionese tem tudo pra desandar. Uma declaração dessa raramente ajuda em alguma coisa. Só hoje no site do BRA já vi três jogadores dando declarações, refutando o que Acosta afirmou. Só o que espero é que a "provocação" não tenha o efeito oposto, e a turma de lá resolva se agrupar novamente e fiquem mais fortes, com novo ânimo.

Eles perderam dois jogadores titulares - Cicinho (LD), que para mim foi um dos principais jogadores contra a Chapecoense (não assisti ao embate contra o IPA), e o zagueiro Rafael. Até no site do BRA já tem torcedor deles se desesperando com a entrada do zagueiro reserva. O goleiro deles ainda é dúvida (a tendência é que jogue), e pode voltar ao time um que não joga há 8 meses, recuperando-se de contusão.
No site do BRA é possível ver os melhores momentos do jogo contra o IPA (confira aqui). Faço resumo:
Já aos 5' o bom Wellington Bruno bateu escanteio e Claudio Luiz abriu o placar - esse foi um desfalque sério do IPA aqui em Joinville.
Aos 11', outra chance clara de gol.
Aos 13', Fabiano Galhudo e Ruy Cabeção (de bagre) fizeram espetacular jogada e por pouco não empataram o jogo para os candangos
Aos 18', mais uma grande chance para o IPA.
Aos 36', novamente em escanteio, o goleiro do BRA fez milagre.
Aos 43', jogadaça de Wellington Bruno e gol de Chiquinho. 2x0 IPA.
Aos 8' do 2ºT, mais uma vez em escanteio, o IPA só não aumentou por muito azar.
Aos 12', mais uma vez Wellington Bruno colocou o atacante do IPA, na cara do gol, que perdeu gol feito.
Aos 16', Galhudo chutou de longe.
Aos 19, em escanteio batido por Gadelha, quase gol do BRA.
Aos 20', nova boa jogada do IPA, para finalização de W. Bruno.
Ãos 34', jogada de Ruy Cabeção e Acosta, gol de Djavan para o BRA.
Aos 46, mais uma jogada de Galhudo.
Aos 47 e 48', o IPA perdeu duas chances na cara do Gol.

Vendo esse relato, nota-se que as chances do IPA foram muito maiores do que as do BRA, a bola parada do time de Minas incomodou demais o time candango - talvez o que tenha nos incomodado seja agora uma arma a nosso favor; pelas minhas contas, além dos dois gols marcados, o IPA criou pelo menos mais umas 6 chances claríssimas de gol (e outras duas ou três menos importantes), duas delas quando o jogo já estava praticamente perdido e o BRA lançou-se desorganizadamente à frente. Mesmo excluindo essas últimas, o Brasilliense deu mole para o ataque mineiro, esse mesmo ataque que aqui em Joinville praticamente não nos incomodou - os riscos vieram nas bolas alçadas na área.
O Argel Foda-se foi a Ipatinga pra não perder (e mesmo assim perdeu). Começou num 4-6-1, só com Diego Lira (um bom jogador com estilo parecido com o Capixaba) à frente, e avançando um pouco o Gadelha. Com a volta de Ruy Cabeção de contusão, ele sacou o Tuta, que fora titular contra a CHA, do time titular. Tomando dois bagos, no intervalo o Argh!el colocou o Djavan (bom jogador), e tirou um meia, mas já foi tarde pra ficar corajoso. Argel tá tentando alguma coisa, mas acho que ainda tá meio perdidaço na sua nova equipe. O BRA já está há 5 jogos sem vencer (os dois últimos já sob comando argelino). É só não deixar ressuscitar aqui na Arena. Ou melhor, é hora de afundar definitivamente o time candango, praticamente excluindo-o da disputa pela vaga.

Mas... Esse jogo para o BRA tem a importância que teve para nós aquele jogo contra a Chape, fora de casa, na primeira fase. Eles vêm aqui para o tudo ou nada. Vamos abrir o zóio.
Como até o empate será mau resultado para o BRA, talvez o Argel lance o Tuta ou o Djavan desde o início, para ter ao menos algum ataque.
Penso que o Capixaba deverá procurar cair em cima desse lateral reserva, e se o zagueiro reserva jogar por esse mesmo lado, melhor ainda. E quem sabe o Lima esteja no banco...
Temos que cuidar da meia-cancha do BRA. Ferrugem, Fabiano Galhudo e Ruy Cabeção formam uma meia-cancha bastante respeitável, técnica, marcando-os em cime para tentar roubar bolas e sair no contra-ataque. O Gadelha é 50% do time, tudo de bom que o time faz passa por ele. E bate na bola como quem sabe o que faz, em faltas e escanteios alçados na área, e também chutando forte faltas frontais.
Jogo equilibrado, mais uma vez, é o que prevejo (os resultados dessa fase até agora foram 1x0, 1x1, 2x1, 2x2, tudo muito igual). Nosso time anda bem, nosso momento é melhor, mas dinheiro no bolso (até para comprar o ingresso de domingo), cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. E algum futebol e muita vontade de vencer também ajudam bastante! VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

3 de out. de 2011

CHAPECOENSE 1 X 1 JEC - UM PONTO MAIS PERTO DO ACESSO

Quando, lá pelas 15h30, eu já estava com os olhos grudados no rádio, o computador ligado para acompanhar o twitter, o desespero crescendo, eis que recebo a ligação salvadora: cara, o jogo vai passar no Meurer. Corri pra lá, e cheguei um segundo antes de a bola rolar. Jogo do JEC, camaradagem e cerveja gelada - o que mais eu poderia pedir? Uma vitória, talvez...Mas, não demorou muito mais pra bugrada abrir o placar, em chute de longa distância de Neném, uma "flechada", eu diria, que enganou Ivan. A bola deu a famosa "descaída" e Ivan nada tinha a fazer.
Um gol desses, no início do jogo, se é sofrido por um time encagaçado, já viu, acaba com tudo. Mas, que nada, o JEC atual não se borra, e continuamos no jogo como se nada houvesse acontecido. Era jogo pra time de macho, como disse Arturzinho. E já aos 20' chegamos ao empate. Rangel fez ótima jogada e deixou o corpo pro Nequinha, de forma pouco inteligente, trombar. Pênalti bem marcado pelo árbitro Jeferson Schmidt. Capixaba, pra matar o nego do coração, bate mal, Rodolfo pega, mas no rebote, Capigol estufa a rede. Um a um.
O jogo foi todo ele bastante truncado, as chances esparsas, uma cá, outra lá. Não dá pra dizer que houve um time melhor do que o outro no jogo, e o empate foi o resultado justo (e melhor pra nós). A Chapecoense reclama de dois pênaltis que, confesso, não tenho nem como dizer que sim, nem que não. O bar do Meurer tava lotadaço, às vezes a gente conseguia ver o lance, por vezes não. No blogdorodrigo.org (aquele que foi covardemente agredido na Arena pelo filho do poderoso chefão), há essa foto aí ao lado que, convenhamos, diz muito pouco. Não dá pra dizer se a mão está na bola ou não, pode até ter havido hands in the ball, mas também é fácil perceber que o atacante da Chape está com as mãos nas costas de nosso zagueiro, provavelmente deslocando-o. Fim de jogo e um a um.

Como eu aventara, só é possível dizer se um empate, seja nosso, seja de outros times, é bom ou ruim depois do analisar pelo menos uns dois ou três jogos. Hoje já podemos dizer que o empate da Chapecoense em Brasília foi bom para o JEC, mas isso apenas porque conseguimos ir a Chapecó e buscar um pontinho - esse pontinho é muito importante, principalmente porque não deixamos a Chape ir à nossa frente.
Da mesma forma, olhando os resultados dos quatro jogos havidos até agora, é possível dizer que melhor teria sido um empate entre IPA e BRA, mas a vitória mineira também não foi tão ruim assim.
Semana que vem se enfrentam CHA e IPA. O empate aí sim, seria maravilhoso para nós e quase lasca definitivamente a Chape, que terá dois jogos fora no returno. E, se vencermos o BRA abrimos grande vantagem em relação a tal time. A propósito, não duvido nada que o Ipatinga vença em Chapecó. Não é querer azarar o time do Oeste, mas é que a turma de Minas é boa de bola. Cada vez me convenço mais que a nossa vitória do domingo passado foi um grande feito.

Notem: a cada rodada, mudam os pontos possíveis de serem conquistados por cada equipe. O JEC ainda pode chegar a 16, o Ipatinga a 15, a Chape a 14 e o BRA a apenas 13. Ou seja, os cálculos para a classificação vão mudando rodada a rodada. Por exemplo, para a CHA e BRA chegarem a 12 pontos já tão num compromisso fudido de não mais tropeçarem daqui pra frente.

Tudo somado e considerado, já é hora de colocar mais esse pontinho na nossa conta e começar a pensar no Brasiliense. Neste jogo, sem dúvida, teremos o nosso maior público na Série C, até agora. Na rodada passada já estávamos no fim do mês, com a grana curta, etc. Essa semana sai o faz-me-rir, e sem dúvida teremos a Arena lotada. Vamos pressionar o Brasiliense, que não joga contra mais de 2000 pessoas desde o século passado, o árbitro, a mãe do árbitro, todo mundo. Só vamos apoiar o JEC. Vamos colocar, finalmente, mais de 15.000 Tricolores na Arena. VAMOS, PORRA! AVANTE, JEC!

Ficha técnica: Chapecoense 1 x 1 JEC, Chapecó, Índio Condá, 02.10.2011
Chapecoense: Rodolpho; Amaral Rosa, Grolli e Marcos Alexandre; Nequinha, Everton Cezar, Diego Felipe (Rafael Bittencourt), Neném e Aelson (Medina); Neílson e Diogo Oliveira (Leandro). T: Mauro Ovino.
JEC: Ivan; Renato Santos, Fabiano Silva e Pedro Paulo; Eduardo, Glaydson, Ricardinho (Ênio), Jaílton (João Henrique) e Gilton; Bruno Rangel e Ronaldo Capixaba. T: Arturzinho.

Gol: Capixaba, aos 17’ do 1T.