NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

19 de ago. de 2010

SEMPRE NO MONTE MAIOR ...

Esse post é a pedido de um amigo, exigindo que se comente o patrocínio que a Eletrosul firmou com Figueirense e Avaí, de 220 mil reais por mês - até dez.2011 (cerca de 4 milhões para cada clube), para, alega-se, "investir na infraestrutura dos estádios da Ressacada e do Orlando Scarpelli, para que Florianópolis possa se tornar cidade base na Copa do Mundo de 2014".
Bom, a desculpa me parece esfarrapada. O Estádio da Ressacada vem num processo de reforma já desde o ano passado e hoje está bom. Era uma baiúca, hoje parece um estádio. O Scarpelli também já foi ajeitado há bastante tempo.
Esses 4 paus que cada clube da Capital vai receber serão usados, na verdade, para fazer time, ajudando-os com reforço substancial de caixa para que se mantenham (Avaí) ou ascendam à série A (Figueira).

Vi essa foto em que estão os presidentes dos clubes da Capital (Zunino e Lodetti) com o presidente da Eletrosul (esse cara, Eurides Mescolotto, deve ser um gênio - foi Presidente do BESC (banco) e agora preside uma empresa de energia elétrica - entende de tudo o rapaz). A sua indicação para dois cargos tão "semelhantes", obviamente,  não têm nada a ver com o fato de ele ser ex-marido da senadora Ideli ou por ser do partido que manda no governo federal. Creio piamente que o fato de ser este um ano eleitoral (para o Governo do Estado e Presidência da República) também não teve qualquer influência na escolha e concessão do patrocínio.
Por que uma empresa estatal patrocina os dois times da Capital e não dá um tostão aos demais? Não consigo ver razão lógica.
Disse o Mescolotto: ”Queremos que a Eletrosul tenha seu nome vinculado a uma paixão nacional que é o futebol, e esteja no coração e no dia a dia dos catarinenses”.
De quais catarinenses, meu chapa? Devias dizer dos florianopolitanos, pois quem é do interior quer mais é que os times da capital se explodam (ao menos eu sou assim, do tempo do Ernestão, do "al-al-al, pau no arschloch da Capital"). Eis aí mais uma evidência da inverdade dos argumentos.
Bom, mas é como diz o ditado: O Diabo sempre caga no monte maior.
O JEC, segundo a diretoria, anda numa draga financeira tamanha. Nossos valorosos patrocinadores, e acho importante dizer quem são(saibam que não ganho nada com isso), pois é exatamente para tal fim que dão suporte financeiro ao JEC (KRONA, UNIMED SEGUROS, TAIPA e ZUM SCHLAUCH), pagam quantias não mais do que razoáveis pelo patrocínio, até porque a exposição midiática do Tricolor é limitada - quase não tem TV, por exemplo.
O Márcio Vogelsanger até tentou uns patrocínios mais polpudos. Segundo ouvi, dia desses, no programa das 18h da AM 1590, a Universal Leaf - que nos deu uma grana por certo tempo - e agora, pelo que sei, dá ao Caxias, isso mesmo, ao Caxias do Ernestão, 100 paus por mês - nos descartou como se fôssemos cães sarnentos. O Márcio foi ao Rio Grande do Sul conversar com os caras, e o dispensaram em 5 minutos. Podiam ter dito o não pelo telefone.
A Whirlpool (grupo que controla a Consul, a Embraco - empresas nascidas em Joinville, mas que hoje, de joinvilense só têm as origens) também não embarcou no "projeto" tricolor.
Consideremos a hipótese - provável - de Floripa não ser "cidade base" para a Copa. Só como indício da não-realização da hipótese, apresento a questão: você acredita que os times fiquem baseados em Floripa e peguem avião para jogar em Porto Alegre ou Curitiba durante a Copa? - Duvido.
Pois então esses 4 milhões serão um presentinho aos times da Capital. Nós, por aqui, vimos penando pra arranjar 150 contos pra fazer um campo de treino no CT - tão colocando a grama, como se vê na foto. 
Consideremos que estamos na 4ª Divisão. Se nos fosse dado, então, um quarto de toda essa erva, teríamos 1 milhão. Dava pra fazer dois campos (podendo parar de mendigar por aí um gramado para treino) e arrumar mais um tanto das instalações do nosso CT para as divisões da base.
Pra uns, tudo (arbitragens tendenciosas no estadual - basta ver o apito do avaiano Bezerra na final do Catarinense, grana, mídia, etc.). Pra outros, migalhas. E não venha me dizer que de migalha em migalha a galinha (em nosso caso, o coelho) enche o papo. Passa é fome, isso sim! O fato é que perdemos importância política, nossa representatividade na Federação diminuiu, e assim, passo a passo, vamos ficando pra trás. Temos de reagir, e logo. AVANTE, JEC!

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