Massa Tricolor no Ernestão |
Desde a primeira vez que estive naquele estádio, aos 4 ou 5 anos de idade (1982 ou 1983) e disse, com medo, ao meu pai que não subiria naquela montanha (as arquibancadas metálicas) até o fatídico ano de 2004, em que nos mudamos para o Estádio do Demonho (vulgo Arena), foram muitos dias e horas nos bancos do Ernesto Schlemm Sobrinho, mijando pelas frestas das arquibancadas, batendo os pés nas tábuas cada vez que o Tricolor cobrava um escanteio, sempre torcendo pelo JEC - lembremo-nos que todos nossos 12 títulos catarinenses foram conquistados quando jogávamos por lá.
Vi um gol de bicicleta do Vagner. Vi o João Paulo Araújo encerrar o jogo contra a Chapecoense mas deixar todo mundo pensando que ele dera o gol e o título para o Joinville; vi o JEC contra Santos, Flamengo, Corinthians. Vi Albeneir nos infernizar jogando pelo Figueira. Vi craques, mas vi Bandoch. Vi Nardela e, argh, Palmito. A lembrança mais vívida é de Valter, Alfinete, Adilson, Leandro e Jacenir. Júnior, Nardela e Maringá. Paulo Egídio, Moreno e Geraldo Pereira. Se essa escalação não jogou junta - a memória pode me falhar - não importa, pois a memória afetiva é mais importante do que o fato.
A única vez em que pisei no gramado do Ernestão foi na final Catarinão-2000. Tão logo Fabinho decretou o 2X1 contra o Marcílio e o árbitro encerrou a peleja, pulei o alambrado com meu irmão, e fui o primeiro a chegar na bandeirinha do escanteio ali do lado onde ficava o placar eletrônico da Tigre, para guardá-la como recordação. Escorreguei, levei um pacote, perdi a chave do carro de minha mãe, não consegui a bandeira. Mas, meu irmão, espertamente, correu até o corner oposto e pegou a outra. Tenho-a até hoje comigo, além de um pedaço da rede em que Doriva fez o primeiro gol, que com um isqueiro (e uma queimadura no dedo), consegui recortar.
Gramado sempre perfeito |
No jogo, quero ficar ali pela zaga, pelo tempo que puder e que o "professor" me deixar em campo ou até que o pulmão embaçado da nicotina permitir. Jogando no velho estilo rebatedor, vou dar bica pra todo lado, tirar uma ou duas com categoria (pouca), dar um carrinho na lateral e levantar o adversário, na frente de uma imaginária torcida tricolor. E se o árbitro me der um cartão, que seja como o que vi Dalmo Bozzano erguer para um jogador do JEC num tempo de há muito, num jogo que não me recordo, dizendo em alto e bom som (que ouvi por estar assistindo ao jogo encostado no alambrado, pisando no pó de brita): "Isso é pra tu deixar de ser burro!". Vai ser muito legal jogar meu mau futebol no Estádio do JEC (eu sei que pertence ao gualicho, mas pra mim, o Ernestão sempre será nosso, nosso, nosso - by Wilson França). AVANTE, JEC!
Boa, a minha primeira lembrança-não lembro a data, mas foi na década de oitenta-foi subir naquele arquibancada "assustadora" e ouvir galera gritando "FILHA DA PUTA, FILHA DA PUTA", e eu perguntando pro velho - "O que eles estão falando?", "Estão falando da mãe do juiz".
ResponderExcluirErnestão, quanta saudade. Não dá pra acreditar que o Joinville saiu daquele palco de tantas glórias rebaixado. Lembro de um dos últimos jogos daquela série B, público quase zero, partes da arquibancada já interditada... melancólico.
ResponderExcluiremerson
Quanta coisa boa naquele campo! As arquibancadas assustavam mesmo - de tanto que tremiam,
ResponderExcluirO ocaso de nossa estada lá no ESS foi muito triste, realmente. Rebaixamento, estádio caindo aos pedaços, vazio de dar dó.
Abs, Enderson e Emerson
Agora eu tô lembrado de uma vez que eu pisei no gramado do Ernestão. Foi no intervalo de um jogo da série B de 2002. Tinha uma promoção... quem fizesse um gol do meio de campo, ganhava um jantar para o casal. Eu e mais uns 20 fomos tentar, infelizmente ninguém acertou naquele dia. O meu chute mal entrou na área. rsrsrs
ResponderExcluiremerson
Cara ,nunca vi um jogo do jec no ernestão mais queria ver , tem uma maldiçao nessa merda de arena. Todo campeonato ele vai até o final e chegando la. ele perde.. Mais tamo ai rumo a serie B ,
ResponderExcluirLukas, legal que vc tá comentando por aqui. Às vezes não vejo os comentários em posts mais antigos, comente nos mais recentes que sempre respondo.
ResponderExcluirO Ernestão era ótimo. Ab, ST