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17 de set. de 2010

POSSÍVEIS ADVERSÁRIOS NA "FINAL" - PARTE II

Ontem tratei de Uberaba x Madureira e Araguaína x Brasília, apontando o Uberaba como favorito no primeiro grupo, e não sendo capaz de identificar quem é mais forte (ou menos fraco) no segundo confronto.


Hoje analiso os perigosos Sampaio Correa x Guarany de Sobral/CE e os fracos Vila Aurora/MT x América/AM.


VILA AURORA/MT x AMÉRICA/AM
O matogrossense Vila Aurora, de Rondonópolis (180 mil habitantes), tem campanha razoável (3V, 4E, 1D, 9GP, 6GC), tendo se classificado em segundo no seu grupo na primeira fase, atrás do já eliminado Mixto, encontrando-se agora com a sexta melhor campanha entres os dez clubes restantes.
No mata-mata, eliminou o favorito Remo/PA, com dois empates (0x0 e 1x1), prevalecendo o empate com gols fora de casa.
Em seus domínios, tem 1V, 2E e 1D, e fora de casa 2V e 2E. Venceu, na primeira fase, somente times do Acre e Rondônia (Náuas e Vilhena), o que, convenhamos, não impressiona ninguém. A campanha razoável, a meu ver, só se deve à fragilidade dos adversários. É claro que nunca vi tal time jogar, mas pela lógica, é um time fraco.
Manda seus jogos no Luthero Lopes, um estádio para 18.000 pessoas, no meio do nada. Tem média de 310 pagantes por jogo, tendo colocado contra o conhecido Remo, apenas 520 pessoas no campo. Se for nosso adversário, será jogo em campo neutro, pois estádio grande e torcida minúscula não empolgam nem assustam ninguém. Dá pra ir lá e jogar tranqüilamente.

O América/AM, que neste ano até tentou mudar de nome para Manaos - mas a iniciativa deu chabu - vai mais ou menos na mesma toada de seu raquítico adversário. Sua campanha (apenas a 8ª entre os dez clubes que continuam na disputa) é de 3V, 3E e 2D, 14GP, 12GC). Lá em Manaus, tem 2V e 2E. Fora de sua casa obteve 1V, 1E, 2D. É de se notar que duas de suas três vitórias foram contra o tal de Cristal - um timeco do Amapá (tem futebol por lá?), que ficou em último na chave A1 - primeira fase.
Manda seus jogos no Estádio Francisco Garcia, pra 4.000 pessoas (ou 8.000, dependendo da fonte). É um campinho de nada, com seis ou sete degraus de arquibancada. Há umas fotos na internet mostrando que as arquibancadas não encobrem casas simples que ficam foram da "arena". Sua média de público não ultrapassa 490 pagantes. E ainda está numa draga financeira, como se vê aqui.
Ambos seriam adversários perfeitamente vencíveis; o JEC seria favorito em qualquer desses confrontos; Rondonópolis é bem mais próximo do que Manaus, mas para ir à amazônia os vôos também não seriam muito complicados, embora longos - e caros.

SAMPAIO CORRÊA/MA x GUARANY DE SOBRAL/CE

Desse confronto sem favorito sai um adversário, qualquer um que seja, que representa certo perigo para o Tricolor. Explico:

O Sampaio Corrêa (5ª campanha, com 3V, 4E, 1D, 16GP, 7GC), terminou em segundo na sua chave na primeira fase, atrás do próprio Guarany de Sobral, mas ambos com baixos 9 pontos. É um time conhecido, mas não anda bem. Já ganhou uma série B, em 1972 e uma série C, em 1997. Não é time a se dar bobeira, tem tradição e alguma torcida.
Nos confrontos anteriores entre esses dois times, na primeira fase, dois empates, por 0x0 e 2x2, este jogo com gols foi no Maranhão. O equilíbrio é patente (o Maceió diria latente - ele adora a palavra mas a usa mal - porém agora ele está em férias; que alívio por trinta dias).
No primeiro mata-mata, o Sampaio Corrêa protagonizou uma goleada incrível contra o CSA, por 5x0, em sua casa, no Nhozinho Santos, estádio para 16.500 torcedores onde manda seus jogos. O empate por 2x2 em Maceió foi só para cumprir tabela. Realizou uma primeira fase pífia, mas um mata-mata contundente.
Sua média de público é de mais de 4.000, e no contra o CSA, em casa, colocou quase 6.000. Num eventual jogo valendo acesso, o campo estará lotado.

O Guarany de Sobral (7ª campanha, com 3V, 3E e 2D, 18GP, 11GC), tendo desclassificado o Santa Cruz no primeiro mata-mata. Perdeu no Mundão do Arruda, com 55 mil torcedores corais, por 4x3, num resultado que engana, que não diz o que foi o jogo.
Isto porque o Santa começou perdendo por dois a zero, tendo o mesmo zagueiro feito ambos os gols, e contra. Então, o clube coral virou para 4 a 2, mas permitiu um golzinho no final do jogo, reduzindo a vantagem para o jogo de volta.
No Ceará, o Guarany fez 2 a 0 e protagonizou a catástrofe tricolor, o clube de maior tradição na série D, como se pode ver no ótimo Blog do Santinha.
De toda forma, sofrer uma virada de 2x0 para 4x2 para mim demonstra alguma fragilidade da defesa sobralense.
Em casa, o Guarany tem 3V e 1E; fora de seus domínios, 2E e 2D. Joga no Estádio do Junco, o Juncão, com capacidade para 15.000 viventes, mas tem média, até o momento, de 1.966 torcedores, malgrado com crescimento acentuado na última fase - 4.756 contra o Santa Cruz. Também aposto em grande público na "decisão" lá em Sobral.
Há um outro componente a atentar: o calor por lá é senegalesco. O clima é quente e seco, e nesses dias que correm a máxima tem batido direto em 37°C. Não é a condição ideal de jogo para um time aqui do sul. .
Em relação a Guarany ou Sampaio Corrêa há de se considerar ainda as longas viagens (cerca de 4.000km para ambos os casos), a logística difícil, os custos, o cansaço, etc.

Dois confrontos equilibrados, um mais forte e um mais fraco, ambos sem favorito. 
Torço para pegar os mais fracos. Contudo, vou de lugar-comum: quem quer subir não pode escolher adversário (mas se vier uma baba, melhor). AVANTE, JEC!

2 comentários:

  1. O Joinville tem que passar bem pelo Operário e chegar às quartas de final com a melhor campanha, para pegar um "timaço" como esse do América-AM ou um Brasília. Não dá pra deixar passar uma oportunidade dessa.

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  2. Mas a previsão sobre os confrontos ainda é muito difícil. Tento organizar algum prognóstico mas ainda não consigo. Talvez após a primeira rodada dê para ter uma idéia melhor. Ab, ST

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