NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

27 de set. de 2010

A GENTE TENTAMOS, MAS A GENTE NÃO CONSEGUIMOS

Usei, no título do post, o linguajar do "professor" Caçapa, do Operário, para resumir o que foi o JEC 0 x 0 Operário. Não é muito agradável ouvi-lo falando, nem é muito bom de ver seu time retrancado jogar. Mas há de se reconhecer que é um time que tem um sistema defensivo bem montado.
O jogo foi truncado; tivemos três ou quatro boas chances de gol (Souza, Eder, Pantico, e possível pênalti sobre o Eder), e o Operário pelo menos uma claríssima, em erro nosso pela esquerda, possibilitando contra-ataque para os proletários que não resultou em gol porque o avante paranaense, sozinho, chutou para fora (se a defesa é boa, o ataque deles é muito fraco).
Em resumo, na minha opinião foi um primeiro tempo bem razoável para o Joinville, mas uma segunda etapa muito ruim.
Acho que hoje, até em razão da falta de Marcelo Silva e Ricardinho - que fizeram falta, sim, senhor - na segunda etapa o Leandro Machado inventou.
Por tudo que acompanhei durante a semana, em vez alguma o técnico treinou com três volantes. Testou Edinho, Marcelo Silva e Neném pela meia. Aí, lá pelas tantas, o jogo empatado num zero a zero modorrento, o treinador tira um meia - Neném - e coloca o Paulinho Dias. Aí não dá, professor!
Se o LM desejava ganhar o jogo, a entrada de Edinho deveria ter sido a primeira opção. Só aí perdemos mais de dez minutos até que o treinador resolvesse meter o Edinho no jogo, tirando o Pantico, e essa substituição não acertou o time, que ficou todo confuso. A meu ver, o time já tinha se desorganizado e não voltou mais a se encontrar.
Mas, tudo bem! Acho que fizemos nosso mau jogo na hora exata. Agora temos de olhar as coisas pelo melhor ângulo. Se havia hora para não vencer em casa, a hora era hoje. Na próxima vez que pisarmos o gramado da Arena, a vitória será obrigatória. Ainda completamos o 5º jogo sem sofrer gols.
 Nesse mata-mata-mas-não-mata, o empate sem gols, dos maus resultados em casa, é o melhor. Um empate com gols fora de casa (ou obviamente uma vitória) nos dará a classificação para decidir o acesso em casa, mas ainda preciso analisar com mais calma os outros resultados (UBE 1x3 MAD, AME 1X0 VIL-AUR, GUA 3X2 SAM, ARA 4X4 BRA), para ver se é vantagem passar, por exemplo, com a melhor ou segunda melhor campanha, ou se ser o melhor perdedor pode ser bom. As possibilidades de cruzamentos ainda estão muito nebulosas. Tentarei adivinhar alguma coisa para amanhã, se a cigana que eu consulto me disser algo.
A arbitragem, que eu elogiara antes do jogo, a meu ver deixou o Operário baixar o sarrafo, embora tenha dado 7 amarelos para os parananeses. O camisa 10 deles, o tal de Edson Grilo, já tinha amarelo e fez pelo menos mais duas faltas passíveis de admoestação, mas o assoprador de apito gaúcho deve ter guardado o cartão em algum lugar escuro de sua anatomia.
Nenhum de nossos pendurados (Souza, Eduardo e Marcelinho) tomou cartão, mas em compensação mais dois jogadores estão agora com dois cartões (Tesser e Luis André). Cinco pendurados. Essa é uma situação perigosa para a hora H. Muito cuidado na próxima partida. Poderíamos chegar na hora da decisão, na pior das hipóteses, sem metade do time em uma das partidas. 
Por fim, o placar que existe mas não foi inaugurado (e que não tem nada de espetacular), retratou em suas luzinhas um jogo chato, para pouco mais de 4.000 torcedores - mais uma vez uma presença de público decepcionante para um clube que se gaba de ter mais de 6000 sócios. De qualquer forma, AVANTE, JEC!

Ficha técnica: Joinville 0 x 0 Operário, Estádio Municipal, 26.set.2010

JEC: Fabiano; Rafael Tesser (Charles), Souza, Fernando e Eduardo; Carlinhos Santos, Luis André, Neném e Marcelinho; Eder e Pantico (Edinho). T: Leandro Machado.
Operário: Ivan; Fabiano, Rodrigo de Lazzari e Leonardo; Cassiano (Vinícius), Diego Zanuto, Cambará, Edson Grilo (Péricles) e Rogerinho; Ícaro (Edenílson) e Baiano. T: Pedro Caçapa.
Público: 4.121 (total).

5 comentários:

  1. Salve Jequeano absoluto, primeiro, parabéns pelo blog, sobretudo porque não há, e repito, não há outro modo de obter informações precisas sobre o Jec senão devido aos teus préstimos. Há uns três posts atrás que me deu conta, eu que sou apenas curioso e não torcedor, de como os jornais locais não dizem absolutamente nada. Queria entender como funciona esse mata mata espírita da quarta divisão (há esperança depois da morte?) e você foi o único a se dar o trabalho de explicar mais ou menos isso. De todo modo, só para constar, parece que o técnico do Operário fala o português que o Joel Santana fala em inglês.

    Uma última nota: finalmente caiu a biblioteca. Ou o teto, ou o forro. O amigo bem poderia postar um off topic em homenagem a o mais novo membro da quarta divisão em Jlles: A associação atlética Rolf Colin, de passado glorioso e futuro mais que incerto.
    Abraço

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  2. Caro maledicente:
    Diriam os gauleses de Goscinny e Uderzo: Por Tutatis! O céu está caindo sobre nossa cabeça. Que azar dá esse número 13 para nossa aldeia, hein, Panoramix.

    Quanto ao brógui JECMANIA estamos aí, no desespero total e absoluto. São dois jogos que decidem o futuro - ou vai ou fecha. O cruzamento para as quartas de final é "opaco e incerto" para usar as palavras do grande Delfim (o Netto). Cruzam o melhor ganhador com o terceiro melhor perdedor, o segundo venc x segundo perdedor, terceiro venc x primeiro perdedor, quarto venc x quinto venc, mas não se tem ainda idéia de quem será o quê.
    Só me sobra a reza (brava). Grande, abraço

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  3. Jogo horrível, me senti como Policarpo Quaresma...não creio que fui pé frio não.

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  4. Enderson, Emerson. Concordo que o jogo não foi lá essas coisas, mas se tivéssemos aproveitado nossas chances na primeira etapa, teríamos aberto pelo menos dois a zero e estaríamos, agora, falando que o JEC matou o jogo no começo e depois cozinhou o galo. Acho que não foi tão ruim assim, e temos boas chances de trazer um resultado lá do Paraná. Ab, ST.

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