NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

15 de set. de 2010

É SEMPRE AO GOSTO DO FREGUÊS - DECIDIR FORA OU EM CASA

Iniciando a série de assuntos prometidos ontem, cuido do primeiro deles, dizendo que embora seja o tema mais simples, é aquele cuja resposta conclusiva é das mais difíceis: é melhor jogar os mata-matas disputando a primeira partida fora, para decidir em casa, ou é melhor jogar primeiro em casa, construir uma vantagem, e ir para o segundo jogo já garantido (ou pelo menos com alguma vantagem)?

Essa é uma dúvida que sempre me assalta e para a qual não há resposta certa; trata-se de preferência, de puro palpite ao gosto do freguês. Mas, nesses mata-matas da série D, em especial naquele mais importante, no embate que considero "a final", o que deve preferir a equipe Tricolor?

Nossa casa tem que ser um terror para os adversários


Rezam a tradição e o senso comum - mas os lugares-comuns estão aí exatamente para serem derrubados - que é melhor jogar a segunda partida, ou seja, decidir a classificação, em casa.

Digo eu: Depende! E de muitas coisas!

Nesse ano de 2010, já revertemos vantagens em disputas de ida e volta (contra o Criciúma) e já deixamos de revertê-las (contra o Brusque) em casa.
Da mesma forma, já começamos uma decisão no nosso campo e perdemos, pior, tomamos vareio cá e lá (contra o Avaí).
O que importa, afinal, é jogar bem, é ter o time pronto, e aí tanto faz onde começa e onde termina a disputa, pois a ordem dos fatores não altera o produto, se o time estiver bem (como agora está).

Nessa série D que agora disputamos à unha, nos dez confrontos da segunda fase, exatamente 5 times que jogaram a primeira fora se deram bem (JEC, Uberaba, Madureira, Guarany, Brasília); e a mesma quantidade de equipes que disputaram a primeira em casa se classificaram (Sampaio Corrêa, Vila Aurora/MT,  América/AM, Operário, Araguaína). 
Ou seja, considerando que ficou absolutamente igual o número, só pela matemática não é possível afirmar o que seja melhor. Depende, também, muito do resultado do primeiro jogo, mas nesse ano nem isso foi relevante. Só o Sampaio Correa, JEC e Vila Aurora fizeram dois gols de diferença no primeiro jogo, e o do Joinville foi fora de casa, deixando a questão ainda em aberto.
Repito, é questão de gosto, e de não tomar uma biaba fora na primeira partida, se esse for esse o caso.

Para concluir, eu acredito que o grande fundamento de se preferir jogar a segunda partida em casa é, muito mais do que a lógica do futebol, um componente afetivo que indica ser melhor jogar o segundo jogo em seus domínios. 
Isto porque é claro que a torcida quer ver o time erguer a taça (ou conseguir o acesso) na sua frente, pois, depois de só roer o osso, em jogos mequetrefes por anos a fio, na hora que chega o filé seria bom que ele fosse servido em nossa casa. 
Mas devemos nos conscientizar que pensando só dessa forma, se está tratando do acessório como se principal fosse. O importante é subir, e não que se suba necessariamente com o segundo jogo no Estádio Municipal. E se o primeiro jogo da "final" for em casa, temos que lotar nossa cancha neste momento.
O Joinville, ademais, não pode renegar a sua história. Nossos doze títulos estaduais nos acostumaram a buscar troféus fora de casa. Tirando o ano de 2000 e mais um que não me recordo, o JEC teve por hábito realizar fora de casa seus maiores feitos, e trazer o troféu no bagageiro do zarcão.
Lembro-me do primeiro jogo do JECÃO que assisti pela TV, a final do Catarinão-84, Figueira 0x0 JEC, no Scarpelli, sob chuva que deus mandava e arbitragem de Dalmo Bozzano. Naquele jogo, o empate FORA DE CASA nos deu o heptacampeonato.

A hora da verdade pode ser lá fora!

Depois, em 87, lá em Criciúma, Nardela e Geraldo Pereira fizeram os gols do 2x0 que nos permitiram mais uma longa viagem com a taça no colo. Em 2001, igualmente começamos a final em casa, e metemos 3x0 no mesmo Criciúma por aqui. Só fomos ao Sul para buscar o caneco, no segundo jogo.

Vamos fazer o teste agora, contra o Operário/PR - primeiro jogo aqui, segundo lá, para ver como nos comportamos, ensaiando bem a nossa estratégia para a próxima fase, aquela que realmente interessa.  AVANTE, JEC!

4 comentários:

  1. No fim das contas, acho que o Joinville vai mesmo vencer o Operário e decidir em casa. Torço muito para que o Joinville consiga a vitória no primeiro jogo da "final". Se, por acaso, empatar ou (pior) perder o primeiro jogo, confesso que irei para o estádio já um pouco com medo do "efeito ARENA". Decisão na ARENA não nos traz boas lembranças. Mas vai lá, o time é bom, deve dar tudo certo, acho que o JEC consegue faturar até o título.

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  2. Temos que esquecer esse cagaço da Arena. Sei que é complicado, esse receio também existe em mim. O importante, porém, é que ele não chegue aos jogadores, e que a nossa torcida não comece a cornetar muito cedo, caso o jogo fique difícil. Ab, ST.

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  3. Para mim o Joinville, ganha na Arena e se garate entre os quatro, que decidem o segundo jogo em casa.
    Fazendo uma analise dos outros clubes, e projetando os resultados dos confrontos, acho que nosso adversario na "final" será Vila Aurora MT ou Brasilia DF.
    Os dois clubes tem um dos piores ataques entre os dez classificados.
    Mas enfim, to com sentimento de que subiremos.....Dá-lhe tricolor.
    Saudações,
    Cristiano.

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  4. Caro Cristiano: que legal ver um novo "comentarista" por aqui. Fico muito feliz quando vejo novos leitores para esse espaço que só busca o melhor para o JEC. Já escrevi, e começo daqui a pouco (1h29m - 29 de janeiro - 29min e 1h é a data da criação do JEC) publicar os prospectos sobre os possíveis adversários na hora da decisão. Acho que nosso adversário não será nenhum destes que indicaste, mas torço profundamente para que estejas certo, pois aí, com esses timecos que apontaste, nós subiremos, com certeza. Leia o blog amanhã e manda bala nos comentários. Grande abraço. Saudações Tricolores (ST).

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