Ai, ai... que preguiça macunaímica de comentar o óbvio.
Um time sem ataque, ou melhor, com o antigo ataque desmontado, uma dupla de dianteiros que pela primeira vez jogou junto, sem um coletivo sequer - até em razão das chuvas - mais um meia estreante, num jogo fora de casa (com as dificuldades habituais - poderíamos ou demolir o Pórtico ou vendar os jogadores para que não percebam que estão deixando a cidade), não faria muita coisa mesmo. Tudo isso era fácil de prever. Além disso, mencione-se que dentro do nosso (des)planejamento estratégico, o outro atacante contratado chegou fora de forma, precisando de dez dias para poder jogar (pode até já ser tarde).
A lógica não é uma coisa muito supreendente. Ela costuma acontecer.
Vejam alguns comentários da imprensa, hoje:
"A equipe do JEC fez uma partida tecnicamente pobre" - Nardela.
"Sem um homem de referência no ataque, Edinho tentou mudar a cara da equipa colocando mais jogadores na armação (...) o time continuou encontando dificuldade para finalizar as jogadas" (AN)
O primeiro chute a gol do JEC saiu aos 44' do 1º tempo, dado por um meia. A essa altura, já perdíamos o jogo e tínhamos tomado mais duas bolas na trave.
Voltando a tratar da lógica, está na hora de contrariá-la. Sábado que vem temos um encontro de morte marcado contra ela e contra o São José-POA. Ou a matamos ou ela nos fulmina. Isso porque mais uma derrota fora de casa poderá nos deixar na lanterna do Grupo A9 da Série D (com um empate entre Operário e Oeste), e com a obrigação de vencer os dois jogos na Arena (contra Zequinha e Operário) e mesmo assim correr riscos. Um empate, então, nesses dois jogos praticamente nos eliminará, pois buscar uma vitória na última rodada, contra o Oeste, em Itápolis - que também deverá estar na briga pela vaga - é uma quimera, um sonho.
O óbvio é muito chato pois nos tira a ilusão. E é bom dizer que de ilusão é que o JEC vem vivendo há muito tempo. A diretoria deveria adotar o óbvio como forma de ver o nosso futebol. O óbvio é sempre mais provável e costuma dar melhores resultados. Mas como disse Nelson Rodrigues, há quem não reconheça o óbvio como tal. AVANTE, JEC!
Ficha do jogo: OPERÁRIO 1x0 JEC - 25.07.10 - Estádio Germano Kruger - Ponta Grossa. Público: 2.700
Operário: Ivan; Cassiano, De Lazzari, Leonardo e Gilson; Zé Leandro, Diego Zanuto, Cambará e Rilber (Péricles); Edenilson (Fabiano) e Danielzinho (Tardelli). Técnico: Caçapa.
JOINVILLE: Fabiano; Eduardo (Rodeio), Renato Santos, Fernando e Chiquinho; Carlinhos Santos, Luis André (Daniel), Ricardinho e Neném; Marcelo Silva e Pantico. Técnico: Edinho Nazareth
Gol Edenilson - 15' do 1° T
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