Domingo passado, na Folha de São Paulo, uma reportagem de nome "Fim de Ano" mencionava que o ano praticamente já acabou para Paulista, Noroeste, Ituano e vários outros times do interior paulista.
Cada clube paulista (pequeno) recebeu 1,8 milhão de TV para disputar o Estadual (ou seja, para um campeonato de 3 meses, tais clubes tinham um cacife de 600 paus/mês), e com essa grana, nós que recebíamos 200 mil de TV pelo campeonato inteiro, não tínhamos como competir com aqueles clubes.
Daqui pra frente, temos (um pouco mais de) condições para tanto.
Daqui pra frente, temos (um pouco mais de) condições para tanto.
Para o futuro próximo - o resto do ano - os dirigentes desses times lamentam queda de arrecadação de, no mínimo, 50%. Cito: "O segundo semestre é muito complicado, não temos receita. Todo jogo dá prejuízo, nós perdemos cotas de patrocínio. A despesa é alta e a receita é baixa".
Quantos times do Rio e que fizeram boas campanhas não terão o que fazer? Olaria, Boavista, times que fizeram ótima campanha, não tem ninguém lá que nos sirva? E nesses times paulistas? Pelo andar da carruagem, só o Ricardinho mesmo.
No Brasil todo, somente 100 times tem calendário (60 nas séries A, B e C e 40 na D). Temos que ter mais cacife do que todos os times da D, até porque, salvo raríssimas exceções, são de uma pobreza sudanesa - o JEC ano passado tinha, acho eu, orçamento inferior apenas ao do Santa Cruz. Na Série C, temos que no mínimo empatar na capacidade de angariar recursos com nossos contendores, à exceção de um ou dois times grandes, como o Fortaleza.
Ainda temos as propaladas parcerias com o Coxa, com o Atlético-PR, com o Internacional e com o Cruzeiro.
A hora (de investir, de gastar BEM) é agora. Teríamos de abrir os cofres, se grana houvesse. E ela só vai aparecer por um milagre da multiplicação do dinheiro, esperado para os próximos dias - já estou olhando para o céu, diga-se.
Esperam-se aquelas 200 empresas, espera-se a GM, espera-se a ANDRA, esperam-se mais sócios, fala-se até em patrocínio do Banco BMG. Mas como diria Chico Buarque, num "Bom Cnselho": quem espera nunca alcança. Cada dia que passa a competição se avizinha e não se sabe se os sonhos da diretoria se realizarão.
Outro dia ouvi o Ricardo Freitas (baita corneteiro, de vez em quando dá uma dentro) dizer que a Chapecoense tem 11 (isso mesmo, onze) patrocinadores na camisa, e arrecada mais de 300 mil reais com esses apoiadores. Estão bem à nossa frente, portanto, se for verdade a informação do "jornalista" da RBS.
Contudo, na internet li que em janeiro havia 10 patrocinadores que juntos somavam apenas 114 mil de receita - mais ou menos o que arrecadamos com 4 ou 5 patrocínios.
Ademais, que o clube oestino tem 8 mil sócios (numa cidade de pouco mais de 180 mil habitantes), também nos suplantando. O Rafael Henzel, que é de lá, disse que não se sabe o número certo de sócios da bugrada (isso em 18.04.11). Acho que o nosso "colunista" televisivo anda chutando, mas mesmo assim trago os dados, porque se forem verdadeiros, mais uma vez só servem para demonstrar duas coisas: nossa diretoria não consegue motivar os empresários, e estes, não tem a mínima boa vontade para com o JEC! VAMOS GASTAR (BEM), JEC!