Quando há crise é que temos vários assuntos; quanto o negócio anda bem, ninguém fala nada, ninguém reclama de nada, e eu fico aqui, sem muito que escrever.
Tanto é assim que os grandes assuntos são o substituto do Fernandinho - já definido, e será Jailton - e se o Gilton "asa quebrada" joga ou não no sábado.
A esse propósito, hoje o Mira deu sua opinião meio que "secando" o Gilton e escalando Eduardo na lateral-esquerda, dizendo que este não pode ficar fora do time.
Discordo. O Gilton marca melhor que o Eduardo e vai crescer, só fez 3 ou 4 partidas. Tão logo melhore física e taticamente, tenho certeza que além de seu papel ali na retaguarda, chegará com mais efetividade ao ataque.
Mas, deixo isso pra lá e inicio o assunto principal desse post - o abismo financeiro entre os clubes do Brasil-il-il:
O futebol brasileiro se encaminha para o aprofundamento definitivo e irreversível do fosso que separa os times grandes dos médios e pequenos.
Quem são os grandes clubes brasileiros: Por história e resultados, os 12 os grandes Clubes são: Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, São Paulo, Santos, Corinthians, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG. Os outros ou são médios ou são pequenos.
Diga-se, ademais, que a Série B foi apequenada quando conseguiram (a CBF conseguiu) acabar com a FBA (Futebol Brasil Associados), que administrava a Segundona, e fez com que os clubes assinassem um contrato de R$ 30 milhões por ano para televisionamento, quando seria possível conseguir muito mais - segundo Fábio Koff(re).
Leiam, a esse respeito, o bom artigo de Juca Chatofuri, na Folha de São Paulo - link aqui - que mostra como os clubes menores vêm sendo alijados diariamente do panteão dos Clubes do futebol brasileiro.
Há quem diga - o CEO do Internacional, por exemplo - que em dez anos serão grandes só 5 ou 6 times no Brasil, ou seja, os títulos ficarão sendo disputados só entre estes, e os outros 14 times da Série A farão figuração, em razão do abismo financeiro que haverá entre os maiores e os menores.
Imaginem então qual será a diferença de um time de Série A para um time da Série C - como o nosso glorioso Tricolor.
O Brasileirão seria mais ou menos como o Campeonato Italiano (Milan, Inter, Juventus, e vez ou outra Roma), ou no Inglês (Manchester, Chelsea, Liverpool e Arsenal), em que poucos times realmente entram pra brigar, vários pra não cair, e alguns ficam ali no bololô, fazendo figuração, arranjando uma vaguinha em alguma copa européia.
Ou dinheiro ou o inferno! |
Hoje, o Flamengo arrecada 36 milhões (TV aberta mais PPV), e os times pequenos, tipo Avaí e Figueirense arrecadarão cerca de 5 milhões, só de TV. Só a TV já garante aos times da capital, em razão de jogarem a Série A, mais ou menos o que arrecadamos o ano inteiro, com tudo incluído, bilheteria, sócio torcedor, patrocínios, toca do coelho, etc. etc.
Se passar o novo ajuste (essa briga entre Rede TV, Record e Globo já tá enchendo o saco), esse cinco mihões se transformarão em aproximadamente dez milhões para os pequenos da Séria A, ou seja, será cada vez mais difícil montarmos times parecidos com os da Capital.
Mas também é claro que os grandes ficarão cada vez maiores, os médios lutarão para sobreviver, os pequenos... ah, esses estão fodidos!!!, e mesmo dentro da Série A a discrepância já vai ser enorme.
Por isso, temos que chegar na série B NESTE ANO do senhor de 2011, pois embora a segunda divisão seja uma porcaria em matéria de dinheiro da TV até 2016 - contrato congelado em 30 milhões, dos quais sobra uma parte bem menor do que isso para rateio em espécie (grande parte da grana serve para pagar viagens aéreas, estadias, taxas de arbitragem e anti-doping) - pelo menos ali se diminui o prejuízo, a distância entre o dinheiro que os clubes do Estado arrecadam, e abre-se a possibilidade de aumento de bilheteria, do número de sócios e de patrocínios, pois, por mais valorosos que sejam nossos patrocinadores, obter apenas 110 mil/mês com o patrocínio do uniforme é uma autêntica piada.
Isso dá pouco mais de 1,3 milhão/ano. Em 2010, o Corinthians arrecadou 38 milhões de patrocínios de camisa, ou seja, 30 vezes mais do que o Tricolor.
Por isso, acho que o tempo para realizar nosso "projeto" (estou dando de barato e acreditando que temos algum projeto) dar certo vem se encurtando dia a dia. Não dá para esperar cinco anos na série C, sob pena de quando chegar a hora da nova divisão do bolo de dinheiro da Série B, se não estivermos lá, fiquemos de fora inclusive dessa nova divisão, e a pequenez se instale definitivamente na Arena.
Eu não posso ficar mais aqui, a esperar... |
Se estivermos logo na Série B, e fizermos três ou quatro anos de boas campanhas por lá, com boa média de público, boas apostas na Timemania, um time forte, bons patrocínios, poderemos DEMONSTRAR, POR A+B que somos uma das forças da segunda divisão, e aí assegurar uma boa grana, por anos a fio, que nos permitirá, finalmente, voltar a sermos algo perto do que já fomos.
Não podemos mais ficar como Roberto e Erasmo, Sentados à Beira do Caminho. Ou pegamos logo o trem para o futuro, ou estaremos na Highway to Hell. AVANTE, JEC!
No JEC... eu testaria o Eduardo jogando no lugar do Jonatas.
ResponderExcluirSobre grana pros clubes... até onde sei, o flamengo já fechou com a globo 125mi p/ 2012 + um patrocínio com a TIM para pôr a logo da TIM dentro dos números nas costas da camisa. Ouvi dizer que no total, o flamengo está assegurando 60mi de patrocínios.
Loucura né???
Parece que o Flamengo acordou.. e começa a usar a "marca" flamengo com mais sabedoria.
Trazendo para o JEC, acho que a "marca" JEC hoje ainda vale mais do que o próprio clube. Se conseguirmos chegar esse ano à B... pode preparar a Arena pra 25, 30mil pessoas. Nossa torcida é apaixonada por esse clube.. .e só está esperando um "motivo" pra mostrar isso!
No mais, pela foto da capa do AC/DC. Fui no show no estádio do Morumbi em Nov/2009... foi incrível... sem dúvida os 300 paus mais bem gastos da minha vida!!! hehehe
Mas prefiro associar minha esperança no tricolor mais à uma canção do Led Zeppelin: STARWAY TO HEAVEN !!! hehe
Opaaaaaaaa...
ResponderExcluirAgora já tem notícia nova no tricolor:
http://www.jec.com.br/home/2011/03/aderlan-e-a-nova-aposta-do-jec/
Chegou ADERLAN... o fenômeno que não pára de crescer!!! hahahahaha
Fala Jequeano, tambem nao concordo e acho o Eduardo bastante limitado, apesar de correr, buscar, tentar fazer algo bom, na maioria das vezes joga pra ele mesmo e erra muitos passes.
ResponderExcluirQuanto aos clubes, corrigi-lo-ei, voce colocou Santos duas vezes, com relacao ao cascalho é notório que o poder de compra do Clube, no caso o JEC, passa por divisões maiores do cenário nacional, seja ela A ou B, tanto que os patrocinios hoje em dia sao bastante restritos, para se conseguir alguem ou uma empresa que queira patrocinar uma equipe de futebol é complicado.
A "ajuda" televisiva incrementa bastante a receita e ajuda nas despesas, porem, as "marcas" mais famosas sempre terão atenção maior de toda a midia, ja sentimos isso aqui em SC, a "dupra" da capital tem link direto nos sites, gols disponiveis em poucos minutos após a partida.
Entao o quanto antes o nosso JEC subir de divisão, mais rapido poderemos implantar nossa "marca" no cenário nacional, apesar de achar que a peleja é injusta, tal como, Davi e Golias, No mais Sds Tricolores
Dizem por aí que o Eduardo é triatleta:
ResponderExcluirCORRE PRA CARAMBA
PEDALA, PEDALA...
E...
NADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
hahahahahaha
De qualquer maneira... hoje foi anunciada a chegada do garoto ADERLAN...
E alguns na net já contam letras:
NARDELA
ADERLAN
Mera coincidência?? Destino???
Vamos ver no que dá!!!
Esse anagrama aí foi muito bom Sandrão. Hehehehe.
ResponderExcluirConcordo com todo o texto do Jequeano. O abismo poderá ser intransponível se não chegarmos logo na B. É por isso que imagino como metas principais para o JEC nesse ano, em termos de conquistas nas competições que estamos disputando ou disputaremos, o seguinte: 1) a vaga na série B e, 2) a vaga na copa do brasil.
Portanto, o primeiro objetivo a ser atingido no ano é conquistar o returno ou a vaga na final do Catarinense pelo índice técnico. Se o título vier, ótimo, será um bônus. Mas o essencial será a vaga na Copa do Brasil.
As razões para isso são financeiras, sem dúvida. Conseguiremos assim bons patrocínios. Além da exposição nacional, imaginem o que o JEC ganharia se pegasse na CB do próximo ano um Flamengo ou um Corinthians (novamente). Só o patrocínio para esses jogos nos ajudaria muito.
Sei que parece estranho, e é, lutarmos por vagas ao invés de títulos, mas estamos em tempo de estruturação.
Um parênteses. Falando em Copa do Brasil, a Federação Catarinense tinha que batalhar mais uma vaga nessa competição para SC.
Voltando a questão da estruturação do JEC, queria compartilhar uma idéia, que não é minha, ela é copiada de vários lugares. Pergunto para vocês: alguém aqui conhece a ASFIG e a ASTA? Se não, apresento-lhes as Associações de Torcedores do Figueirense e do Avaí respectivamente. A do Figueirense surgiu em 1996 (http://historiadatorcida.blogspot.com/2010/06/1996-surge-asfig.html) e a do Avai em 2003 (se não me engano). Não conheço nenhuma delas de perto, apenas ouvi falar.
Pois bem, ambas são pessoas jurídicas formadas por torcedores dos respectivos times que, ao que me parece, mobilizaram-se independentemente da diretoria dos seus clubes.
A ASFIG é a dona do Centro de Treinamento do Cambirela (Figueirense). Ela construiu e cedeu o espaço para o clube, não sei se por usufruto ou outra figura jurídica. Nesse link - http://www.portaljoinville.com.br/v3/?call=blogs.pontodevista&id=15636 - olhem imagens do CT do Figueira e do nosso .
Já a ASTA, pelo que ouvi, apenas cuida dos dois campos de treinamento do Avaí (não é dona) e detém a permissão da diretoria do Avaí para negociar as placas de publicidade na Ressacada. E em outubro de 2008 mobilizou a torcida para que ajudar o clube a conseguir o acesso à série A. Essa última informação li no wiki sobre o Avaí.
Eu não conheço nada parecido entre os torcedores do JEC. Friso que o exemplos acima se tratam de associações de torcedores, não são torcidas organizadas. O objetivo dessas associações é a mobilização dos torcedores/associados buscando auxiliar na estruturação dos clubes. Ou qualquer outro fim que achem por bem dar. (continua abaixo...)
Hoje o torcedor do JEC lamenta que mora numa cidade repleta de grandes empesas, a maior em termos de população e PIB de Santa Catarina, que mais arrecada ICMS, etc., mas não tem nenhum novo empresário, um novo Cau Hansen, para bancar nosso clube. E pra piorar, se apega no exemplo do Criciúma, onde o salvador da pátria, Antenor Angeloni, voltou pra por tudo no lugar.
ResponderExcluirMas aí eu me pergunto. E nós, os meros torcedores de arquibancada, jovens, estudantes, pais de família, donas de casa, profissionais liberais, donos de pequenos negócios, funcionários públicos, o que podemos fazer? Pagar a mensalidade de sócio? Comprar produtos licenciados? Tudo isso? Ou só isso? Nossa torcida tem a capacidade de mobilização que as citadas acima tiveram e tem? Eu quero crer que sim. Um dia o Marciel Amorim, do blog Ponto de Vista (http://www.portaljoinville.com.br/v3/?call=blogs.pontodevista&id=15323), em poucas linhas, fez a proposta de sede social para o JEC. Dez mil sócios, dez mil cotas de mil reais, dez milhões de reais para a construção do sonho. É só um breve exemplo, sem aprofundamento, mas é o ponto de partida para as discussões. Nossa cidade carece de parques – os parques que temos não tem infraestrutura, e mal oferecem boas caminhadas em trilhas. Em Joinville, nossos clubes são as recreativas de empresas e algumas outra associações atléticas. E um clube atlético e recreativo para os torcedores do JEC, será viável? Digamos que essa estrutura fosse construída ao lado do atual CT do JEC. A estrutura inicial poderia finalizar o CT. Um ginásio, mais três campos de treino, uma piscina, um centro de musculação, dormitórios para a base e um pequeno hotel para as concentrações do time principal bem como para os associados passarem os finais de semana. Mais uns quiosques para churrasquinhos e cervejadas. Esse patrimônio seria da ASTJEC (Associação dos Torcedores do JEC, ou qualquer outro nome). A diretoria não meteria o bedelho. Os donos seriam os torcedores associados. Seria feito um convênio com o clube para que o Clube JEC pudesse utilizar a estrutura da ASTJEC.
Vejam, é apenas um exemplo do que pode ser realizado. Outras idéias, é claro, são bem vindas. O que importa mesmo é que um dia possamos reunir pessoas preocupadas com o JEC que sentem pra discutir possibilidades de ação e possam por algo em prática INDEPENDENTEMENTE da diretoria do Joinville Esporte Clube, ainda que preferencialmente ao lado dessa. Esse espaço aqui tem sido usado para comentar notícias do JEC, dar boas risadas dos pobres torcedores dos outros times (hahahahaha, coitados), rir de nós mesmos e também lamentar nossas derrotas. Porém, o mais importante é que temos tido a oportunidade de debater e pensar o NOSSO JEC. Por isso, gostaria de ler as opiniões de vocês a respeito. Obrigado por suas atenções (se é que alguém teve tempo e saco de ler tudo isso!).
Hoje o torcedor do JEC lamenta que mora numa cidade repleta de grandes empesas, a maior em termos de população e PIB de Santa Catarina, que mais arrecada ICMS, etc., mas não tem nenhum novo empresário, um novo Cau Hansen, para bancar nosso clube. E pra piorar, se apega no exemplo do Criciúma, onde o salvador da pátria, Antenor Angeloni, voltou pra por tudo no lugar.
ResponderExcluirMas aí eu me pergunto. E nós, os meros torcedores de arquibancada, jovens, estudantes, pais de família, donas de casa, profissionais liberais, donos de pequenos negócios, funcionários públicos, o que podemos fazer? Pagar a mensalidade de sócio? Comprar produtos licenciados? Tudo isso? Ou só isso? Nossa torcida tem a capacidade de mobilização que as citadas acima tiveram e tem? Eu quero crer que sim. Um dia o Marciel Amorim, do blog Ponto de Vista (http://www.portaljoinville.com.br/v3/?call=blogs.pontodevista&id=15323), em poucas linhas, fez a proposta de sede social para o JEC. Dez mil sócios, dez mil cotas de mil reais, dez milhões de reais para a construção do sonho. É só um breve exemplo, sem aprofundamento, mas é o ponto de partida para as discussões. Nossa cidade carece de parques – os parques que temos não tem infraestrutura, e mal oferecem boas caminhadas em trilhas. Em Joinville, nossos clubes são as recreativas de empresas e algumas outra associações atléticas. E um clube atlético e recreativo para os torcedores do JEC, será viável? Digamos que essa estrutura fosse construída ao lado do atual CT do JEC. A estrutura inicial poderia finalizar o CT. Um ginásio, mais três campos de treino, uma piscina, um centro de musculação, dormitórios para a base e um pequeno hotel para as concentrações do time principal bem como para os associados passarem os finais de semana. Mais uns quiosques para churrasquinhos e cervejadas. Esse patrimônio seria da ASTJEC (Associação dos Torcedores do JEC, ou qualquer outro nome). A diretoria não meteria o bedelho. Os donos seriam os torcedores associados. Seria feito um convênio com o clube para que o Clube JEC pudesse utilizar a estrutura da ASTJEC.
Vejam, é apenas um exemplo do que pode ser realizado. Outras idéias, é claro, são bem vindas. O que importa mesmo é que um dia possamos reunir pessoas preocupadas com o JEC que sentem pra discutir possibilidades de ação e possam por algo em prática INDEPENDENTEMENTE da diretoria do Joinville Esporte Clube, ainda que preferencialmente ao lado dessa. Esse espaço aqui tem sido usado para comentar notícias do JEC, dar boas risadas dos pobres torcedores dos outros times (hahahahaha, coitados), rir de nós mesmos e também lamentar nossas derrotas. Porém, o mais importante é que temos tido a oportunidade de debater e pensar o NOSSO JEC. Por isso, gostaria de ler as opiniões de vocês a respeito. Obrigado por suas atenções (se é que alguém teve tempo e saco de ler tudo isso!).
Gostei Jonas...
ResponderExcluirClaro que sonhar com 5mil (é +/- o que temos hoje) sócios dando cotas de 1mil reais cada um não passa de um sonho.. porque a grande maioria não daria tudo isso.
Mas há outras formas de se fazer... como criar várias categorias de associados... com valores distintos... e consequentemente, com benefícios distintos.
Há também entre esses vários sócios do JEC, muitos que tem grande relacionamentos dentro de várias empresas... e poderiam ajudar a "puxar" investimentos maiores de algumas empresas - que por sua vez teriam benefícios para seus funcionários - algo assim.
Acho salutar evoluir essa discussão e começarmos a pensar seriamente na idéia. Trazendo pessoas que tenham conhecimento sobre o assunto; conversando com o pessoal da ASFIG e ASTA - que aliás eu nunca tinha ouvido falar.
Contem comigo.. tô dentro!
Nem se preocupem com o dinheiro de Avaí e Figueirense, os dois vão morrer abraçados num dezembro chuvoso.
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