O Artur já sabe. Vamos aproveitar o sábado. |
Na Copinha ganhamos deles por 2 a 1 em casa e empatamos por 0 a 0 em Blumenau. No Catarinão, tomamos 4 a 1 na Arena (o pior vexame do ano) e empatamos por 2 a 2 fora de casa. É um time que nos incomodou até agora e é, portanto, um bom teste.
É claro que sem valer três pontos, ninguém vai querer se quebrar num treininho, e a pelada pode não ser essas coisas todas, mas vai que ganhemos bem e confirmemos a evolução em relação a esses fracos resultados que obtivemos contra os boys do subterrâneo. Assim, quem tiver a chance de ir até o CT, ver o time e demonstrar que a torcida está ao lado dos jogadores (como se eles não soubessem... basta ver o muitos tricolores que foram até Brusque), fará um bom programa de sábado.
Mas, para mim, o mais importante neste final de semana que se aproxima é SECAR, a segunda obrigação mais importante de todo torcedor de futebol.
Eu torço para o JEC, mas gasto uma enorme energia secando o Figueirense e o Avaí na Primeira Divisão, o Tigre na 2ª, a Bugrada na 3ª, o Metrô e o Brusque na 4ª. Pra mim não tem essa de Santa Catarina, eu quero mais é que todos se fodam, e só o JECÃO se dê bem.
Porque pergunto eu: você já viu alguém da Capital torcendo para o JEC subir da D para a C, ou da C para a B. Ano que vem eu já quero enfrentar Avaí (esse é certo) e Figueira (acho que tem boas chances de também se fuder) na Série B. O Tigre, torço para que já esteja na C.
Pois bem, para a secadeira geral da nação - tricolor - apresento opções: devemos torcer por dois empates, ou por vitórias desse ou daquele clube?
O Joinville folga na primeira rodada, e essa é uma faca de dois legumes, como diria Vicente Matheus. Os jogos são Santo André x Brasil de Pelotas e Caxias e Chapecoense.
É possível, após essa rodada, que tenhamos dois times desses que jogaram com três pontos, e dois times com zero, ou podemos ter todos com um só ponto.
Após a segunda rodada, há a possibilidade de perdermos em Pelotas (bato na madeira), e até dois times entre Chapecoense, Santo André ou Brasil já terem 6 pontos e nós 0 ponto. Então, já entraríamos contra a Chapecoense e Santo André, em casa, bastante pressionados.
Penso eu que com dois empates na primeira rodada as coisas ficariam um pouco menos complicadas, até porque qualquer empate de outros times só tende a nos beneficiar. Remeto ao Campeonato do ano passado, em que o Fortaleza, invicto (mas com 6 empates) sequer conseguiu passar à segunda fase.
A competição é muito difícil, e folgar na primeira rodada e estrear na segunda, fora de casa, mostram que a tabela é bastante complicada para o JEC.
É claro que estou sendo pessimista no raciocínio, pois podemos ir a Pelotas e vencer - é no que acredito, e aí tudo muda. Mas as outras possibilidades também tem de ser consideradas. Assim, torço por empates.
Eu ia fazer um prognóstico sobre os times que disputarão a Série C, mas desisti. Há boas reportagens em sobre isso - e soaria repetitivo aqui no blog - em A Notícia, no SOUJEC (Jefferson) e no blog da Série C, com link abaixo, onde é possível ver análises dos quatro grupos da competição. Pra facilitar, o tal de Lua, blogueiro daquele site fez interessante avaliação do nosso Grupo (VEJA AQUI).
Por fim, uma notícia importante: Arturzinho irá a Santo André e o seu auxiliar, Claudinho irá a Caxias, ver nossos adversários. Assim acabaremos com notícias que ouvíamos durante a Série D, de que "não conhecíamos nossos oponentes". Ótima medida. AVANTE JEC! TÔ COMEÇANDO A ACREDITAR.
Concordo com o Jequeano. Acho uma chatice quando alguém vem com o papinho de que tem que torcer pra time A ou B porque é de SC. Que argumento mais fraco, as pessoas torcem por clubes, não por federações. Até tem alguns times que eu não odeio tanto e desejo sorte, mas tem outros, como Avaí, Figayra e Criciuma, que eu quero que caiam de séries até ficarem fora de série.
ResponderExcluirEm relação aos resultados da rodada que se aproxima, torço por empates. Aliás, acho que se os adversários ajudarem e forem se matando com empates, uns 12 ou 13 pontos servem para o tricolor (embora eu acredite que o Joinville possa chegar a uns 16, 17 pontos).
Vendo a coisa como matemática pura é melhor que as outras equipas empatem na primeira ronda. Talvez psicologicamente fosse melhor um ganhar pro Jec correr atrás.
ResponderExcluirSó sei que isso é o de menos. O pior é que temos de ficar pelo menos 4 pontos na frente dos outros até a penúltima rodada, pois na última folgaremos.
Com relação à secação comigo acontece uma parada muito sinishtra. Meu coração pede pros outros perderem em qualquer jogo, mas a razão é diferente. Penso que se todos os outros times de SC estivessem na série A seria muito bom pro Jec. Bom porque teríamos um campeonato catarinense forte como o Paulistão que atrairía melhores jogadores e muito mais grana da TV. Por mim, fiquem todos na série A sem ganhar título e o Jec na frente.
Abraço. Saudações Tricolores!
Eu concordo com o Bocão. Racionalmente até gostaria de ver ao menos os quatro tradicionais clubes catarinenses na A, e a Chapecoense estabilizando na B por enquanto. E os demais, Brusque, Metrô, já na C. Pelos mesmo motivos citados pelo Bocão: grana, competitividade, criar uma tradição catarinense no âmbito nacional, etc. Inclusive vejo torcedores de outros times que queriam ver o JEC quase tão forte como no passado. Mas isso tudo é racionalidade. E ela aparece só de vez em quando. Se for pensar com as tripas, não há dúvida alguma que quero ver nossos conterrâneos caindo cada vez mais. Hahahaha. Ainda mais porque, como convivo diariamente com figayras e avaianus, já não aguento mais a zoação e estou esperando esses fdp caírem pra B pra poder rir pra caralho da cara deles. Hahahahahahaha. O Avaí já está no caminho da roça de volta para a B. E o Figueira precisa, nos meus cálculos, somar nos próximos dez jogos (ou em algum outro 1/4 do campeonato), no máximo quatro pontos. Depois disso a natureza se encarrega do resto do trabalho.
ResponderExcluirMas sobre os nossos adversários na C penso que a secação ideal é a seguinte.Um empate do Brasil em Santo André e uma derrota da Chapecoense lá em Caxias. A conjuntura seria a seguinte. O Brasil joga em seguida com o JEC. Estarão achando que já fizeram seu papel no jogo fora faturando um empate. Voltam pra Pelotas (ui!) todas prosas, com pose de otários, e tomam uma sapecada do JEC pra aprenderem que a vida é dura. Já a Chapecoense joga com a gente depois de digamos perder do Caxias na vinholândia e depois de jogar em casa ganhando do seu adversário. Assim virão pra Joinville com trÊs pontos também fazendo pose com a última vitória no seu segundo jogo. Aqui, vão ser severamente doutrinados pelo JECÃO.
Ah, acho que classificamos sem sustos na primeira e na segunda fase se tivermos um aproveitamento de 66,6%, ou seja, 16 pontos na primeira fase e 12 na segunda. E um detalhe importante, o percentual é de 66,6%. Isso mesmo, o detalhe é o número do capeta. Hahahaha. No setlist das músicas do JEC desse ano eu já inclui The Number of the Beast. E no final do ano quero incluir Roberto Carlos: "Daqui pra frente, tudo vai ser diferente..." Farou. Saudações tricolores.
Mandou bem quando impatamos com o América AM não faltaram deboxes de outras partes do estado.
ResponderExcluirTambem quero mais que os outros se fodam, nuca torci por Santa Catarina meu negócio é jec
Vejo que concordamos todos, ao menos quando pensamos com o fígado. Que os outros se danem.
ResponderExcluirTem essa parada sinistra de também folgarmos na última rodada, o que nos obriga a chegar classificados, sem ter que ficar dependendo dos últimos jogos dos nossos adversários.
Como eu disse, a tabela é complicada para o JEC, mas tem que dar certo. Ab, ST
Série C e Ramon na capa do Globoesporte.com: "C de Cascudos". Vai o link da matéria:
ResponderExcluirhttp://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-c/noticia/2011/07/repleta-de-figurinhas-carimbadas-serie-c-comeca-neste-sabado.html
Gostei da matéria do globoesporte.com. Destaque para JEC e Chapecoense nas fotos.
ResponderExcluirSecar ou não secar, eis a questão...
Já passei pela fase de querer que todos os clubes de SC se dessem bem em competições nacionais. Depois de algum choque de realidade, continuo achando bom para o futebol do estado que haja a maior quantidade possível de times nas séries A e B.
Só que não torço mais para todos.
Os que trabalham contra os outros, puxando a brasa exclusivamente para sua sardinha, trabalhando para concentrar os recursos apenas para si, manipulando decisões e negociações para beneficiar apenas o seu clube;
os que, como instituição, não respeitam os outros clubes como insituições, menosprezando seus dirigentes e torcedores;
os que pensam que estar na série A é uma condição permanente e suficiente para que sejam chamados de grandes, condição que os outros automaticamente não têm e por isso valem menos;
os que são escandalosamente apadrinhados pela mídia poderosa, que não dá destaque aos outros, mesmo que os resultados em campo mostrem o contrário;
estes não precisam e não merecem que a torcida dos outros sequer pense em lhes direcionar alguma simpatia. E, mais cedo ou mais tarde, vão voltar para o lugar que merecem.
Quantos aos outros, que têm que lutar contra a falta artificial de visibilidade imposta pela mídia, contra os acordos que privilegiam os citados antes, estes eu acho que ajudam a engrandecer os futebol de SC e merecem se dar bem.
Acho que não preciso nominar...
E vão virar a mesa no Catarinão. Tô vendo tudo...
ResponderExcluirTem lugar pra mais dois "de pires na mão" na primeira divisão de SC?
ResponderExcluirDo campeonato de 2011: Joinville, Criciúma, Chapecoense, Figueirense e Avaí se sustentam (não sem dificuldades quando nas séries C ou D).
Metrô e Brusque têm potencial e patrocínio que os vem mantendo.
Marcílio Dias é um bi-polar que tem estado mais pra cair do que para ficar.
Imbituba e Concórdia caíram por falta de estrutura, patrocínio e interesse da comunidade.
Quem mais pode vir? Caxias, Hercílio Luz, Tubarão, Ibirama, Juventus? Já fizeram parte do sobe-e-cai no passado. O que pode ter mudado para que possam ficar agora? Acho que dois lugares para esses são mais do que suficientes para não ficar aumentando ainda mais suas dívidas com FCF, TJD etc.
Difícil, hein? Mas valem votos.
Dez times já é quase demais, doze é palhaçada. Como vão se virar com as datas? Vão fazer dois grupos de 6 Clubes? Ontem o guaraná de palhoça conseguiu jogar a segundona, no TJD.
ResponderExcluirLegal a notícia da série C no globoesporte. Há tempos eu coloquei o link para o GE, mas sempre tem poucas notícias. Vamos ver se agora que o campeonato começa esse site pega no breu.
E amanhã começa...
O pior, Mário, é que não dá pra duvidar de uma possível manutenção de Imbituba e Concórdia na elite. Seria rasgar o Estatuto do Torcedor? Seria. Mas vindo da nossa Federação... Tudo é possível.
ResponderExcluirDoze clubes é um número de clubes interessante, o problema é que não temos 12 clubes bem estruturados para disputar um estadual em SC. Os 5 grandes, mais Brusque conseguem se virar bem. Já o resto... O Metrô sofre com o desinteresse do torcedor e do empresariado local. O Marcílio Dias morreu junto com Caxias, América, Metropol e outros menos cotados e só esqueceu de ser enterrado (O alvinegro local ressurgiu do além). Os outros clubes são só enfeite, os chamados "simpáticos sacos de pancada". Queria que tivéssemos condições de ter 12 clubes na nossa elite, mas seria de um nível técnico sofrível. Os clubes menos cotados não acompanham a evolução dos "grandes".
ResponderExcluirO triste é ver em uma matéria nacional escrito: "O Chapecoense entra cheio de moral para a disputa da Série C. No primeiro semestre, não tomou conhecimento de Avaí, Criciúma e Figueirense e faturou o título em Santa Catarina."
ResponderExcluirHá muito tempo atrás nós estaríamos entre os listados. Hoje somos só mais um.
O PVC disse esses dias que o interior puxava o futebol barriga-verde até a década passada, mas agora a capital faz isso. O pior é que ele tá certo.
Vamos mudar isso, Jec! Fodam-se os outros e façamos nós a nossa parte!
Temos uma história de luta.
"...
Às margens do Rio Cachoeira,
Um dia o audaz pioneiro,
Plantou do trabalho a bandeira
E se deu, corpo e alma, ao torrão brasileiro.
Depois foram lutas e penas,
Mas nunca o herói fraquejou,
Com sangue, suor e com lágrimas
Do seu próprio corpo teu solo irrigou.
..."
É por aí, Bocão. A chance de o JEC reverter esse quadro começa no dia 24, contra o Brasil, lá em Pelotas. Se subirmos para a série B, vamos recuperar o prestígio perdido.
ResponderExcluirTambém notei esse parágrafo, Bocão. Triste mesmo. Pra ver a merda em que a gente tá desde o final de 2004. Mas esse ano tem mais um passo na escalada para voltarmos. E vamos conseguir chegar lá. E outra boa notícia vi hoje na coluna do Saavedra, contracapa do AN. Olhem aí:
ResponderExcluirMais para o JEC
Depois do R$ 1,2 milhão a ser repassado pelo governo do Estado, o JEC conseguiu agora a liberação de outro R$ 1,2 milhão do Ministério do Esporte. O dinheiro, a ser captado, é para “desporto educacional”.
Perguntei sobre a notícia lá no Sou JEC e o Tricolor (FM?) respondeu que hoje na reunião do Conselho Deliberativo do JEC a notícia seria oficializada.
Mais um dinheiro para a nossa base. Ótimo.
Abraços, ST.
Concordo com o Emerson e acho que 10 clubes é a conta certa. Sempre haverá 4 ou 5 brigando contra o rebaixamento. Este ano foram Cocórdia, Imbituba, Marcílio e Metrô. Se forem 12 disputando, este número aumentará para 6 ou 7. Ou seja: quem subir vai entrar no bolo de quem briga pra não cair. Se em alguns anos a situação mudar e o equilíbrio aumentar na parte de baixo da tabela quem sabe se possa pensar em mais clubes na primeirona.
ResponderExcluirMas já que se falou em aumento para 2012, uma pequena análise dos regulamentos:
> o aumento é possivel, já que o regulamento atual já foi válido por 2 campeonatos, cumprindo o inciso II do § 5º do Art. 9º do Estatuto do Torcedor;
> Art. 23. do Regulamento da Divisão Principal de 2011: "As associações que obtiverem as 9ª (nona) e 10ª (décima) colocações na competição" ... "serão rebaixadas para a disputa do Campeonato Catarinense de Futebol Profissional da Divisão Especial de 2012".
Este artigo do regulamento, combinado com o caput do Art. 10 da Lei nº 10.671 (Estatuto do Torcedor), que obriga que a participação em competições "seja exclusivamente em virtude de critério técnico previamente definido", seu parágrafo 2º que veda outros critérios, "especialmente o convite" e Art. 89 da Lei nº 9.615, que regula "o princípio do acesso e do descenso, observado sempre o critério técnico” determina que os que caíram no ano corrente OBRIGATORIAMENTE terão que disputar a Divisão Especial em 2012. Só poderiam disputar a Principal se fossem convidados pela FCF, o que é explicitamente vedado.
> Art. 22. do Regulamento da Divisão Especial de 2011: "As associações que se sagrarem CAMPEÃ e VICE-CAMPEÃ" ... "estarão classificadas para a disputa do Campeonato Catarinense de Futebol Profissional da Divisão Principal de 2012".
É o critério técnico do Acesso para a primeira divisão de 2012. Como o regulamento é omisso quanto ao que acontece com os demais clubes (exceção feita ao último que é rebaixado para a Divisão de Acesso) não há nada que proíba que o 3º e o 4º da Divisão Especial de 2011 participem da Divisão Principal de 2012 por critério técnico, como mandam os ditames legais citados acima.
Portanto se houver aumento das vagas para a divisão Principal de 2012, as vagas pertencerão aos 3º e 4º colocados da Divisão Especial de 2011.
Outras hipóteses:
> Estabelecer um regulamento único para os campeonatos de 2012 e 2013, onde estariam determinados a manutenção de 10 clubes em 2012 e o aumento para 12 em 2013, com os critérios claramente definidos de que clubes ocuparão as vagas adicionais;
> Organizar uma disputa entre Concórdia, Imbituba, o 3º e o 4º lugares da Divisão Especial 2011 para determinar quem ocupará, por este critério técnico, as vagas adicionais já em 2012.
É isso mesmo, André. Temos que ler e ouvir esses comentários e engolir em seco, pela incompetência de sucessivas diretorias. Mas não desde 2004, Jonas, e sim desde 1987, quando o JEC foi caneteado para fora da Série A depois de ter sido o 12º em 1986.
ResponderExcluirÉ interessante notar que desde lá o clube não conseguiu sequer um acesso conquistado em campo. Esteve na série C entre 93 e 95 e voltou para a B porque houve desistências. E agora para a C, que nem precisa comentar.
Esperemos agora que com esse dinheiro para infra-estrutura e com os sinais (pequenos, diga-se, mas que certamente devem aumentar quanodo houver mais recursos) de que alguma coisa já mudou no sentido da profissionalização possamos comemorar a volta para a série B nesse ano e logo para a série A.
Mário, qual foi a razão para o JEC ter sido excluído da Copa União em 87? Já ouvi dizer que o problema foi uma luta entre JEC e Vasco em 1986 na CBD, na qual o JEC levou a melhor. Por conta disso, O Vasco vetou que o recém formado Clube dos 13 convidasse o JEC para participar da competição. Procede? Sabe mais detalhes?
ResponderExcluirJonas, não quero me meter nessa seara que o Mário conhece tão bem, mas me parece que não houve perseguição. Criou-se o clube dos treze = os doze grandes de Rio, SP, MG e RS, além do Bahia, e só convidaram mais três times: Coritiba, Santa e Goiás.
ResponderExcluirPor mérito, o JEC devia ter jogado. Por influência, tradição, e tamanho do clube e da torcida, ficou fora. Ficaria fora brigando ou não brigando com o Vasco.
Ab, ST
Jonas,
ResponderExcluirnão sei se o episódio do campeonato de 1986 teve alguma influência na exclusão do JEC da primeira divisão de 1987. Vamos aos fatos.
A Copa Brasil de 1986 teve 80 participantes. Na primeira fase, os 44 principais (campeão e vice do ano anterior, 22 campeões estaduais, 19 pelo ranking da CBF e campeão da taça de prata/85) estavam nos grupos A a D. Deveriam se classificar para a 2ª fase os 6 primeiros destes grupos e mais os 4 com melhor pontuação, independentemente da classificação em seus grupos.
Outros 36 clubes (melhor classificado de 85 fora os que já estivessem nas chaves A-D, vice da Taça de Prata/85, 22 por ranking estadual/85 e 12 por indicação de federações estaduais) foram divididos nos grupos E a H, com 9 times cada, classificando-se para a 2ª fase apenas o campeão de cada grupo.
Assim, a segunda fase teria 4 grupos de 8 times.
Pelos resultados em campo os 4 com maior pontuação dos grupos A a D seriam Botafogo, Goiás, Comercial (com 10 pontos) e Vasco (com 9). O JEC era o 5º, também com 9 pontos, perdendo para o Vasco no Saldo de gols.
Ocorreu que no jogo do JEC com o Sergipe um jogador do time do nordeste foi flagrado no exame antidoping. Pela legislação então vigente, o JEC ganharia o ponto que perdeu em campo (empate em 1 a 1), tendo direito à vaga pelo critério técnico no lugar do Vasco de Eurico Miranda.
Os julgamentos foram peças de humor. Ao fim de tudo, a decisão seria admitir o doping (não havia como não fazê-lo), mas não dar o ponto ao JEC, desobedecendo à lei que assim determinava. Houve intervenção do Conselho Nacional de Desportes, determinando que a lei fosse cumprida, o que tiraria o Vasco da 2ª fase. Para preservar o bacalhau carioca, a CBF tentou tirar a Portuguesa, que havia entrado com protesto na justiça comum antes de se esgotarem todas as instâncias da justiça esportiva. Aí os clubes paulistas firmaram posição a favor da Lusa e ameaçaram sair do campeonato.
A solução foi incluir mais 4 times (Vasco, Santa Cruz, Náutico e Sobradinho) na segunda fase. Nesta mesma decisão a CBF aumentou o número de clubes da Primeira Divisão de 1987 de 24 para 28.
A classificação final da Taça Brasil 1986 apontou o JEC em 12º e o Vasco, ironicamente, em 13º. Pelo critério técnico, o JEC estaria na 1ª divisão no ano seguinte.
Em 1987 os clubes organizaram a primeira divisão no que foi chamado de Copa União. Juntaram-se o clube dos 13 (Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Santos, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Atlético, Cruzeiro e Bahia) mais Goiás, Santa Cruz e Coritiba no módulo verde (primeira divisão), deixando os outros para divisões inferiores. O resultado final foi a maior confusão que já se viu na história do futebol brasileiro.
O JEC jogou o módulo amarelo e fez uma campanha ridícula, ficando em 14º entre 15 (seriam 16, mas o América-RJ não disputou, em protesto por não estar no módulo verde). Tivesse ficado entre os 7 primeiros, disputaria a 1ª divisão em 1988. Deveriam ter sido os 8 primeiros, mas o América carioca conseguiu uma vaguinha amiga...
Em minha opinião o motivo de o JEC ter sido cortado da primeirona em 1987 não foi a confusão de 1986 e sim a decisão dos grandes clubes de se reunir em um campeonato diferente, a Copa União. Outros clubes até com mais tradição ficaram de fora também, como Vitória, Atlético-PR, Náutico, Guarani e Portuguesa. O que o clube deveria ter feito era investir na participação na segundona de 1987 para voltar à primeira no ano seguinte. Não o fez e nunca mais voltou. Esperamos estar de novo no caminho da elite.
Postei sem ler o comentário do Jequeano. Ele resumiu. Eu contei a história toda. hehehe
ResponderExcluirQuisera que a formação do Clube dos Treze e da Copa União tivesse sido uma forma de ferrar o JEC pela confusão no ano anterior. O clube teria então uma influência descomunal. Mas não foi essa a realidade.
O fato é que as fórmulas de disputa dos campeonatos nacionais estavam ficando algo pra lá de psicodélico e os clubes resolveram tomar uma atitude. Incentivados também pelas regras de escolha dos times que disputariam a 1ª divisão de 1987, que deixariam Botafogo, Goiás e Santa Cruz na segunda divisão.
Pode acreditar que salvar o Botafogo foi mais importante do que se vingar do JEC.
Olá, JECMania! Nosso site foi reformulado e o post, originalmente do Lua, foi transferido pro Panzza pra completar a sequência de Favoritos e Azarões: http://www.seriec.com.br/post/1/9/favoritos-e-azaroes---parte-iv-grupo-d/ - se puder, atualiza o link! Obrigado! Em breve colocaremos um link do JECMania na página do Joinville...
ResponderExcluirabraços!
www.seriec.com.br