NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

9 de fev. de 2011

A VOLTA DOS ASSUNTOS MORTOS-VIVOS - A ARENA

Eu já falei sobre o problema que é a Arena. O assunto é velho, mas voltou à baila, imagino que em razão das chuvas no último jogo, quando o campo ficou alagado de uma forma ridícula, após dez minutos de chuva (muito forte, é justo que se diga).
É verdade que hoje em dia, a notícia de um dia serve pra forrar gaiolas no dia seguinte, por isso, o tanto que se discutiu ontem sobre isso, no twitter,além de textos no PORTAL JEC e em outros veículos, pode fazer esse texto parecer velho antes mesmo de nascer (assim como na música do Replicantes "Por que não?" - ouça aí ao lado a música da melhor banda dos anos 80), mas também quero rosetar - o texto é longo, mas é que o assunto demanda.

Começo citando dois políticos muito conhecidos nossos, de partidos antagônicos, para ver que imobilismo e/ou visão megalômana não são privilégios dessa ou daquela corrente ideológica. Todos gostam de falar e posar de grandes homens públicos, embora suas condutas nem sempre estejam à altura que eles imaginam ter:

Disse, quando da inaguração da Arena, o então Governador (e ex-prefeito) Luiz Henrique da Silveira, na data do último jogo do JEC na série B em 2004, sobre o Estádio, um primor, segundo ele:
“É importante lembrar que Joinville não fez nada que não seja de primeiro mundo. Quem vai a Tóquio ou a Seul deve encontrar estádios iguais, mas nunca superiores ao que está sendo entregue aqui hoje".

O atual alcaide, Carlito Merss, afirmou:
"Tenho que pensar em prioridades. A Arena não é" (p. 31, A Notícia, 13.12.2009).

Os dois não poderiam estar mais errados.

Joinville é uma cidade sui generis. Tem a "Maior Arena multiuso" de Santa Catarina, o "Maior Centreventos" da América Latina, o "Maior Megacentro Wittich Freitag" do hemisfério Sul do globo, o melhor "Expocentro Edmundo Doubrawa" do sistema solar. 
Tudo isso porque não há outras Arenas multiusos, Centrodosventos, Megacentros, etc por aí; só aqui em Joinville existem essas coisas.
Chamar um Estádio de Estádio, um Pavilhão de Pavilhão, um Ginásio de Ginásio, um Galpão de Galpão são coisas que não passam pela cabeça dos governantes da "maior cidade do Estado" - como cansamos de afirmar por aí.
Se as coisas são malfeitas, pelo menos nos nomes temos grande inventividade, uma imaginação inaudita.

LHS vive (ou pelo menos vivia lá em 2004) em outro mundo quando declarou o que transcrevi acima.
Sejamos minimamente razoáveis: A Arena Joinville não é o Allianz Arena, não é o Anfield Road, não é o Camp Nou, não é o Santiago Bernabeo.
É a Arena Joinville, um estádio nada mais do que razoável.
E inacabado e sem manutenção, nem razoável é; é uma temeridade, para usar a frase de Eder Jofre sobre uma tentativa de retorno do Maguila aos ringues (em luta patrocinada pelo Ratinho, e a previsão do "Galo de Ouro" - a propósito, nome de uma antiga zona aqui em Joinville - se confirmou, e Adilson beijou a lona no primeiro assalto).

Basta um argumento - o econômico - para desfazer os delírios do então Governador. O estádio - inacabado - custou, até o presente momento 37 milhões de reais.
Vejam-se as previsões de gastos para os estádios da Copa do Mundo: Itaquerão - 650 milhões de reais. Reforma do Maracanã - de 880 milhões a um bilhão de reais.
Dispenso-me de citar os outros orçamentos, mas logo se vê que um estádio de 37 milhões não pode ser comparado a um desses estádio de Copa do Mundo - LHS citou estádios - vê-se que de forma leviana - das sedes da Copa de 2002.
A Arena é um estádio 20 vezes mais barato do que um estádio de Copa do Mundo, e portanto, 20 vezes pior, ou - sejamos delicados - um estádio de nível de Copa Santa Catarina.

Não fosse isso, o estádio foi feito e, depois, ampliado, sempre a toque de caixa, às vesperas de eleições. O Estádio poderia se chamar "O Palanque" ou "Palancão".

Além disso, problemas estruturais inegáveis, afundamento do estádio no mangue em que foi construído, infiltrações - com corrosão da ferragem de sustentação da estrutura, OBRA INACABADA - e não vejo perspectivas a curto prazo de que o Estádio seja terminado - materiais de qualidade questionável (o reboco da frente do Estádio cai em pedaços), etc, também destróem o sonho do nosso Senador.

Carlito Merss, ao dizer que o Estádio não tem importância, esquece-se de duas coisas:
A primeira, parece se esquecer que  semanalmente, pelo menos 5000 pessoas (se o time estiver bem, aumente-se o número para 10.000) vão à Arena para assistir ao "espetáculo" Tricolor, em busca de lazer, um dos direitos de cada munícipe. Se houver alguma tragédia, essa frase do prefeito há de ser lembrada para todo o sempre. Não quero agourar, mas não precisamos de uma tristeza como a da Fonte Nova, em Salvador.
Segunda coisa: o Estádio é da municipalidade, portanto, PATRIMÔNIO PÚBLICO, e é DEVER da administração pública cuidar do seu (na verdade, nosso) patrimônio. E todo mundo sabe que qualquer obra construída ou em construção, deixada ao relento e sem cuidado, sem manutenção, vai pro beleléu.
Está assim!
 Deixo os políticos de lado e trato da Arena e seu atual estado. Já se fala na pintura do Estádio há mais de um ano, e nada de ela ser feita. Custa coisa de 400 mil reais. É bastante grana, reconheço. Mas depois que a estrutura for pro pau, e o investimento de 24 milhões da primeira etapa, mais 7 mangos para ampliação - esses valores atualizados de 2004 e 2007 até hoje, alcançariam 33,5 milhões e 8,5 milhões, ou seja cerca quarenta e dois milhões de reais - for perdido, será tarde para reclamar (e para fazer a manutenção).

Era pra ser assim:

Numa continha rápida, a manutenção necessária consumiria menos de 1% do total investido na construção - inacabada - da Arena. E aí, não acham que um patrimônio desse valor precisa ser conservado?



Por enquanto só tratei do Poder Público, mas não posso esquecer do JEC - que também não trata bem do Estádio na parte que lhe toca.

O gramado - obrigação de manutenção pelo JEC - está ruim desde quando?
- Olha, faz muito tempo. A única melhorada que houve foi quando o Coritiba esteve jogando por aqui, que semeou sementes de grama para dar uma melhorada no "tapete". E já ficamos até 6 meses sem jogar, nos piores anos, e nada foi feito (ou muito pouco foi feito).

E a drenagem... Não precisa de manutenção? A piscina que vimos no domingo indica que sim.

Quem foi ao jogo de domingo é capaz de concordar comigo: não sei se chovia mais na arquibancada em que eu assistia ao jogo, ou nos corredores embaixo das descobertas, tamanho o número de goteiras, infiltrações, má execução das obras, etc, etc.
E o tanto de água que corre das arquibancadas, transformando-as em cachoeiras, com a água indo em direção ao interior do Estádio e, logo, em direção ao campo?
Uma clara decorrência do fato de o Estádio não estar terminado. Parece óbvio que o projeto com cobertura faria essa água excedente correr PARA FORA do Estádio, e NÃO EM DIREÇÃO AO CAMPO DE JOGO.

Por fim, pra quem tiver curiosidade, já tratei da Arena AQUI, e pode-se ver que foi um dos primeiros assuntos de que falei aqui nesse blog. Os problemas não são recentes, portanto.

Concluo - desculpem-me pela extensão do post:
O nome ARENA, vem do latim, e significa AREIA (esse google é do cacete, mesmo!). Pois que ao contrário de nosso hábito joinvillense de dar nome estranho às coisas, aqui a palavra tem muito a ver com seu significado original. Que não vire tudo areia, não vire pó.
É urgente que, num primeiro e urgente momento, se faça a devida manutenção da estrutura, indispensável até que, num futuro muito, mas muito distante, se conclua o Estádio tal como projetado, pois a continuar o descuido com que se vem tratando esse patrimônio público, logo, logo - em alguns anos, é óbvio - o problema pode ser bem maior. AVANTE, JEC! (ANTES QUE A BARCA, DIGO, A ARENA, AFUNDE).

11 comentários:

  1. Replicantes e Galo de Ouro.... quem aqui na faixa dos 40 anos não curtiu muito??? hahahaha

    O futuro é vortex??

    Não, meu caro!! O futuro é a vergonha!!!

    Vergonha de sermos "a maior cidade de SC" com a "maior obra inacabada" do estado!

    Somos importantes apenas quando as eleições se apresentam. Temos que ter a "vergonha" na cara e nos mobilizar para "não dar" o voto dessa vez, nem pra LHS e seus "afilhados".. nem para Carlito e sua corja.

    Devíamos SIM é eleger um vereador/deputado (sei lá) que fosse jequeano e que ame o esporte, para termos força política também. Como podemos observar ao olhar para a Arena, isso é importante também.

    Chamo a atenção também, que na Arena são constantemente realizados eventos religiosos (atraindo igualmente multidões) e ainda eventos esportivos envolvendo associações de aposentados e pensionistas de Joinville.

    Abraços!!!

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  2. A verdade é a seguinte, somos interior e não capital. É só dar uma volta pelo centro e ver que a maior cidade do estado não passa de uma cidade do interior, não temos nenhuma grande obra, nenhum viaduto, nenhuma free way, e as pequenas obras que temos estão inacabadas. Nossos queridos representantes vêem nossa city como um simples reduto eleitoral. Infelizmente quando conseguimos eleger um prefeito menos sensacionalista, sua administração esbarra em desastres e problemas de saneamento, saúde, açoriamentos, e outros mais, acumulados durante 16 anos.
    Nossa arena deveria ter sido começada e acabada.
    Gente esses dias ouvi numa entrevista de radio, em que o radialista perguntou para o Tebaldi, porque ele não terminou a arena e porque essa obra possui tantas falhas de projeto como a da drenagem, ele se enrolou todo e colocou a culpa no Carlito.
    Não sei como tem idiota que vota nesse cara ainda.

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  3. Primeiro, essa mania de interior x capital não cola...a cidade possui o maior PIB do estado; arrecadação de impostos nem se fala; figayra e hawaii não ganharam o estadio de algum prefeito ou governador.
    Segundo, a Arena veio de barbada e por isso não é valorizada, a prefeitura deveria realizar uma concessão e deu pra bola.

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  4. O objetivo da obra foi alcançado e ainda perdura, basta ver o resultado da última eleição, LHS e Tebaldi eleitos, levando junto, Mariani e Paulo Bauer. Infelizmente muitas pessoas utilizam a filosofia "rouba mas faz" quando pressionam os botões na urna eletrônica.

    Vejam o que diz o plano de governo disponível no site da prefa: http://www.joinville.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=838&Itemid=36&lang=

    Plano de Governo - Juventude, Lazer e Esporte, páginas 67 e 68

    * Contribuir com o futebol profissional da cidade, auxiliando na recuperação do Joinville Esporte Clube, na formação de base, na manutenção dos campos de futebol nos bairros, nas divisões de acesso e na melhoria das condições de conforto e segurança para o torcedor joinvilense.

    * Terminar o “Parque Esportivo da Arena”, com pista de caminhada, quadras poliesportivas, término do anel superior da Arena (conforme projeto), e construir um ginásio múltiplo uso para 10 mil pessoas, a fim de abrigar shows, espetáculos esportivos, festival de dança, eventos religiosos e sociais.

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  5. Outro detalhe importante, totalmente ignorado pelo nosso "grande" prefeito é a possibilidade de nossa cidade ser uma sub-cede da Copa 2014, receber uma seleção de porte, poderia gerar oportunidade de negócios interessantes para Joinville e a Arena em condições poderia receber uma dessas seleções, quem sabe nessa, o JEC não salva nossa cidade, construindo um CT decente pra receber uma seleção?

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  6. Vamos por partes:

    Começo pela ótima lembrança do Thales - a pesquisa no plano de Governo do Carlito, e a contraponho à declaração de menos de um ano depois da posse, de que a Arena não era prioridade. Pergunto então: o plano de governo era um embuste, nesse ponto?
    Mas falando em planos de governo, o do LHS, o tal de "Plano 15", que parecia uma cadernetinha de de fiado de buteco. Muito bom, "a nível de comédia".

    Leonardo: penso que o problema não é capital versus interior. O buraco é mais embaixo, a meu sentir. E o problema é todo nosso.
    Uma questão, não importa o tamanho da obra, se um elevado pra dez pistas ou uma pinguela, é que a obra, se for feita, deve ser BEM FEITA. O que foi bem feito em Jlle nos últimos anos? O asfalto? o Centreventos? A calçada da rua 15? A Arena? As estações da Cidadania? A biblioteca pública?
    Outra questão - as obras que deveriam ser feitas são as necessárias, e não as que são feitas. Exemplifico: expoville às moscas,caindo aos pedaços e constroem o doubrava, depois o Wittich Freitag, tudo para o mesmo fim para o qual já havia a Expoville, criando duas novas estruturas, dois novos centros de custos.
    Nessa discussão, portanto, tendo a concordar mais com o Enderson.

    E Sandro: o futuro é vortex, onde o sol, há muito virou lua. Falei hoje com uns camaradas no Marabá e me garantiram que o Galo de Ouro está de pé. Preciso ir verificar.
    Quanto a um vereador jequeano, parece que James Schroeder é bastante a nosso favor, mas não é eleito "pelo JEC".
    Confesso que já pensei em fazer um post sugerindo o voto em um candidado que se assuma candidato do jec. Só os nossos quase 6 mil sócios elegeriam um vereador, nosso representante. Mas, meio que desisti, achei que misturar futebol e política poderia não dar boa coisa, como já vimos tanto em anos passados há pouco.

    Abs a todos, SDS Tricolores

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  7. Olá Jequeano!

    Sou um desses frequentadores assíduos de seu blog, mas que ainda não tive a oportunidade de fazer um comentário. Portanto lá vai.

    Primeiramente parabéns pelo blog, você tem opinião muito bem formada, é muito coerente e estou começando a desconfiar que é professor de português, porque escreve muito bem.

    Por mais que o assunto Arena esteja saturado nas mídias sociais e convencionais ele precisa ser discutido. É absurdo o descaso da atual administração da cidade com o patrimônio público. Por mais que carreguemos o pesado fardo (diria o alagoano hehe) dos passivos de administrações anteriores, um erro não justifica o outro. O senhor Carlito não pode abandonar uma obra porque o Tebaldi ou o LHS fizeram errado.

    É necessária uma mobilização por parte de população para cobrar do governo o que lhe é dever. No google temos o plano 13 de governo do Carlito. Lá temos várias propostas que foram engavetadas, inclusive me espantei quando vi, não é que ele prometeu terminar a Arena e construir um ginásio para 10 mil pessoas?!? Que venham logo as eleições municipais.

    No mais continue assim. Parabéns e um abraço

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  8. Tem mais pra comentar e vou fazê-lo quando tiver mais tempo. Por enquanto, só faço um reparo no que disse o Enderson Michael.

    Os times de Fpolis ganharam, sim, do governo do estado. Quando participou do Campeonato Nacional de 1973 o Figueirense ganhou uma ampliação do Scarpelli. Não sei precisar qual foi a parte bancada pelo poder público, nem mesmo se ela ainda está lá (houve tempo em que o Scarpelli tinha arquibancadas metálicas). Mas que teve dinheiro público lá, não tem dúvida.

    Com o Avaí foi pior ainda. Ganhou do governo do estado (de todos os catarinenses, portanto) o antigo estádio Adolfo Konder, através de uma lei criada por Fernando Bastos, deputado estadual e presindente do clube. Mais tarde trocou o terreno por um estádio construído, a Ressacada.

    Isso é o que se sabe...

    No caso da Arena, o patrimônio continua sendo público. Em Fpolis, passou para os clubes.

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  9. Alisson, legal que vc lê o blog, e melhor ainda, que agora também comenta. Não sou professor, não. Bem que gostaria, mas não tenho nada a ensinar. Pessoalmente não acho que o Carlito não cuide de Arena por revanchismo. O que falta é dinheiro pra fazer as obras (ainda mais aquelas que ele não considera prioritárias) - o primeiro ano do mandato foi todo gasto reclamando das dívidas que teriam sido deixadas pelo Teobaldo.

    Mário: Acho que não podemos reclamar de falta de ajuda do poder público. Nos últimos anos, por exemplo, nossos melhores patrocínios (Consul e Universal Leaf) só vieram por ingerência política. Podemos reclamar é da qualidade da interferência governamental (lembras do episódio que o vice-prefeito contratou uns jogadores, e quando o prefeito voltou de viagem dispensou os contratados? ou da infame tentativa de compra de vaga na série ... - qualquer uma vale).
    Fazer a manutenção do estádio, aliás, não é favor ao jec, é obrigação do poder público.
    Para o JEC assumir o controle da Arena, seria necessário um estudo sério, quais as obrigações do TRicolor, quais as fontes de renda, qual o custo operacional e de manutenção. Se fizer assim, de afogadilho, vai dar merda. Parece que só agora o Botafogo começa a dar conta do Engenhão - isso porque o Maraca fechou. Vamos pensar bem se e como deve ser feita essa cessão.
    Ab, ST.

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  10. Mario, não sabia deste detalhe e não conheço ninguém que o questione, ao menos os times fizeram um bom proveito do que receberam.
    Mesmo assim penso que o melhor caminho é a concessão.
    Abraço!

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  11. Pois é, o Avaí ganhou o Adolfo Konder. DEpois vendeu o terreno para fazer a Ressacada. Mas a história tem mais uns detalhes. Que terreno era esse? VocÊs conhecem o Shopping Beiramar de Floripa? Pois é, era ali que ficava o Adolfo Konder. O terreno foi vendido para a construção do Shopping, e se nao me engano a negociação foi nos seguintes termos: o Avaí ganharia o terreno no Carianos e ainda receberia da empreiteira o estádio prontinho. Pois é. Não gritamos au, au, au, pau no cu da capital a toa (pra mim o grito sempre foi político, pois não tenho nada contra os manezinhos, povo muito gente boa, seja o da capital, do morro do amaral, de são chico, de itajaí, porto belo, etc). Sobre o Scarpelli, eu não conheço bem a história, mas acredito que o terreno tenha sido doado ao Figueira, já que o Adolfo Konder havia sido dado para o Avaí, o Figueira era "prejudicado" por ter que mandar jogos no estádio deles. Foi aí que eles foram para o Estreito e viraram o time do outro lado da ponte. Mas não vamos ser tão cegos, como disse o Jequeano, também temos nossas ajudas políticas. O CT do JEC, o terreno, também foi doado pela PMJ ou pelo gov. de SC. E, por fim, a Arena é uma obra pública.

    Mas vamos ao nosso problema. Quando construíram a Arena eu não concordei com a obra. Sempre achei que para o lazer da cidade precisavamos de praças esportivas em cada bairro, com professores de ed. física nos finais de semana para as crianças, jovens, idosos. Com o tempo, passei a assimilar a finalidade do estádio e hoje até a apoio, mas ainda com as restrições que coloquei atrás (é prioritário o esporte e diversão nos bairros). É fato que o lazer do joinvilense também passa por ter uma boa arena para ver espetáculos esportivos, seja do JEC, do Caxias, dos times da primeirona, Seleção Brasileira, etc. Somos uma cidade com quinhentos mil habitantes e um estádio para vinte mil pessoas é o mínimo que se espera.

    Agora, o se pode fazer ou esperar. Fazer é o mais difícil. Primeiro é necessário traçar uma, duas, trÊ0s soluções para o problema. Depois mobilizar o povo para que haja uma ação política. Isso é difícil. Mobilizar a torcida e a diretoria do JEC já é, imagina conseguir o apoio da maioria da população.

    Esperar é o mais fácil. Quem sabe esperar que o tal parque que será construído no entorno da Arena evidencie para os gestores públicos a necessidade de terminar a obra. Esperar que algum empreendimento comercial veja o potencial da Arena e banque, via concessão, o restante das obras.

    Bem, sei lá, tenho que ir pro trabalho. Falou.

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