NASCEU CAMPEÃO

Tu és a glória dos teus fundadores

18 de dez. de 2009

SÉRIE B - POR QUE NÃO ESTAMOS LÁ?


Estes times estão na série B:
Icasa
– Município de Juazeiro do Norte/CE – População 242.000 habitantes, PIB per capita de R$4.812,00; Estádio Romeirão – 16.000 lugares.
Asa de Arapiraca – Município de Arapiraca/AL, PIB per capita de R$6464,00, População de 202.000 habitantes, Estádio Coaracy Fonseca, com 12.000 lugares.

Este time e nossa cidade não estão:

Joinville Esporte Clube – Município de Joinville, População de 487.000 habitantes, PIB per capita de R$23.561,00, Estádio Arena – 22000 lugares.

Alguma coisa anda(va) muito errada no JEC. Façamos uma breve viagem no tempo, para o ano de 2004.
O fato é que em 2004 estávamos na série B, quando fomos rebaixados – a estréia contra o Santa Cruz, em casa, perdendo de 4X1 foi um prenúncio da porcaria que ia acontecer (na segunda rodada já estávamos na lanterna ao perder em Jundiaí por três a um). Depois anos na C, depois nem na C, outrora nem na D, agora finalmente conseguimos um lugarzinho na quarta divisão.
O rebaixamento se concretizou com o seguinte “timaço”: Marcelo Alves; Eder, Wagner, André Luis e Beto; Jean Carlo (Felipi), Doriva (Anderson), Coracini e Toreti; Maurício e Reinaldo Paulista (Fabiano). Técnico interino: Zé Carlos Paulista (o quarto ou quinto técnico naquele certame, depois de Edson Gaúcho, Galli Neto, Luiz Carlos Cruz, etc.). Saldo final – 17 derrotas em 23 jogos.
Coincidentemente, na data do último jogo do JEC, contra o Náutico, inaugurava-se a Arena, que era um primor, segundo o Governador (A Notícia, 26.09.04):
“É importante lembrar que Joinville não fez nada que não seja de primeiro mundo. Quem vai a Tóquio ou a Seul deve encontrar estádios iguais, mas nunca superiores ao que está sendo entregue aqui hoje", disse Luiz Henrique da Silveira. (Pelo que se viu nos últimos dias, não foi bem assim a história, e a Arena corre perigo).
Além disso, diz-se que a cachaça e as festas eram, além da má qualidade do elenco, grandes entraves ao futebol, e que nos tiraram do lugar em que deveríamos estar. Além do mais, a política municipal – quem não se lembra, por exemplo, das contratações feitas por um político e desfeitas pelo outro no dia seguinte? – e a má-gestão de dirigentes que pareciam não gostar nem entender de futebol, mas se aferravam à cadeira da presidência – Bartholi, principalmente, completaram o quadro de horror a que chegamos e do qual, agora, parece que começaremos a sair.
A torcida também pouco ajudava. Tirando as organizadas, uns poucos gatos pingados iam ao Ernestão ver o JEC jogar. Contra o Anapolina, por exemplo, na terceira rodada, o público foi de 2298 pagantes, uma mixaria de gente para um jogo da série B (a nossa torcida melhorou – aumentou seria o termo mais mais correto – muito depois disso, mas esse é um assunto ao qual voltarei em breve).
Enfim, esse era o quadro há cinco anos!
Voltando ao presente, pode-se argumentar que os cruzamentos na série C sejam mais fáceis para os times do Nordeste do que para os daqui do Sul, pois se ASA e ICASA são potências regionais, imaginem os times que perderam para eles. Mas o fato é que nosso time e cidade são muito grandes para continuarmos comemorando a participação na quarta divisão do futebol brasileiro. Somos maiores do que pelo menos cinco dos times que estão na série B.
Outro dia disse e agora repito. Nos últimos dez anos, nossas alegrias se deram com o Márcio Vogelsanger à frente do JEC (títulos de 2000 e 2001). Esperamos que o raio caia várias vezes no mesmo lugar. Avante, JEC! Vamos deixar esses mais de cinco anos entre a queda para a série C e o início de 2010 enterrados como o sapo que dizem existir na Arena (eu acho que não era sapo algum, era incompetência).

P.S: Ah, e qualifiquem o elenco.

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