Penso que, para mim, realmente eram necessários esses três ou quatro dias após o jogo para pesar o que aconteceu e escrever alguma coisa relevante sobre o jogaço do último domingo, que nos deu o título.
A partida foi tensa o tempo todo. No primeiro tempo, tivemos três chances de gol. Na primeira, o Lima recebeu cruzamento da esquerda, tocou na bola, e o Zé Carlos, o goleiro deles, defendeu sabe-se lá como; depois, o Chris chutou de prima uma bola por sobre o gol e o Lima sofreu um pênalti não marcado. Do lado deles, uma jogada pela lateral-esquerda em que o Fabiano fez a primeira das várias grandes defesas que teria de perpetrar durante o jogo.
No segundo tempo, acho que lá pelos 12 minutos, o Patrick abriu o placar para o Avaí, dando um drible fácil em cima do César Prates e batendo cruzado e forte, longe do alcance do nosso goleiro.
Depois disso o JEC teve uma boa chance com o Lima, outra num escanteio que o zagueiro tirou de cabeça, em cima da linha, e uma falta bem cobrada pelo Ricardinho. No mais, uma abafa despretensioso, balões para a área, e um jogo nervosíssimo com a bola rondando o gol avaiano e os contra-ataques deles nos incomodando perigosamente.
Depois disso o JEC teve uma boa chance com o Lima, outra num escanteio que o zagueiro tirou de cabeça, em cima da linha, e uma falta bem cobrada pelo Ricardinho. No mais, uma abafa despretensioso, balões para a área, e um jogo nervosíssimo com a bola rondando o gol avaiano e os contra-ataques deles nos incomodando perigosamente.
De fato, de uns 30 minutos pra frente o jogo virou só vontade e torcida; o esquema tático já tinha ido pro pau. Como sintoma dessa garra desorganizada que nosso time demonstrou, o Samuel era nosso principal armador.
Aos quarenta e cinco minutos, a meu ver um pênalti sobre o Medina, não marcado pelo assoprador de apito (provavelmente para compensar aquele não marcado no Lima, e porque deve ter pensado: "essa porra já acabou mesmo, e o Avaí tá ganhando, vai ser campeão".
Pois bem, assim fomos, na base do abafa e incentivo ao time, até os 48min57s, quando o Ricardinho (que era impiedosamente achincalhado na FM89,5 - esses mais cornetam do que torcem - bastaria também que simplesmente narrassem o jogo) acertou, de primeira, a famosa ximba, bica, bicanca, ali da alça do balde e estufou a rede, depois de uma bola rebatida do interior da área avaiana.
Foi uma loucura o que se viu então na Arena. Quando parei por um instante de comemorar, vi o Ramirez, os gandulas, os reservas, todo mundo dentro do campo. Se pudéssemos, entraríamos os quinze mil em campo. Os jogadores, os torcedores, todo mundo se abraçando e cantando a grande vitória do Joinville.
Não me lembro de jogo tão emocionante na Arena, principalmente pelo final apoteótico. Gol de título, faltando 3 segundos para o fim da peleja, não ocorre todo dia. O pai de um amigo, certamente torcedor desde os primórdios do JEC, em 1976, disse que nunca vibrou tanto.
De tudo isso, o que me traz mais conforto é que aparentemente aquela zica que o JEC penava e carregava na Arena foi definitivamente exorcizada. Lembremos dos jogos da série C contra Novo Hamburgo, contra o Noroeste, aquele 2 a 2 com o Atl-Ibirama, com jogada do Benson, etc. Acho que tudo isso pode ser tido como passado, e apagado da nossa memória. A nossa retomada em rumo a dias mais gloriosos se consolidou, ao darmos mais esse importante passo. Acho que o que era uma tendência de melhora agora pode ser considerada efetiva melhora. "Daqui pra frente, tudo vai ser diferente", como diria o rei Roberto Carlos. Avante JEC, CAMPEÃO DO PRIMEIRO TURNO!
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