Com um calor "fudido", o JEC começou pressionando, e o Figueirense marcando bem, alternando a marcação entre uma pressão no campo de ataque ou se fechando bem na defesa. Íamos razoavelmente bem no ataque, embora o Lima estivesse mais sozinho que Robinson Crusoé, sem radinho de pilha (copyright - Nelson Rodrigues). Ainda assim tínhamos algumas chances - a melhor com Tiago Real.
Nós, ali na curva, alertávamos para a qualidade dos jogadores do Figueira, e na primeira vez que vieram em contra-ataque, em jogada rapidíssima, gol deles. Ainda tiveram mais uma outra chance, em lance anulado por (duvidoso) impedimento. A torcida não vaiou no intervalo, ainda que perdendo, porque o JEC jogava razoavelmente bem.
Na volta para a segunda etapa, finalmente o Gonzagão deixou o medo de lado (até porque já perdia) e colocou o segundo atacante. Também tirou o Gilton e colocou Badé. Num minuto, já deu resultado. Em lindo passe de Glaydson, Aldair empatou. Continuamos pressionando, Lima perdeu uma chance daquelas que costuma matar, e aos 29', em jogada de Eduardo, Ramon girou dentro da área e marcou um belo gol. Logo depois, Lima finalizou bem, mas Wilson fez uma defesaça.
Aí, o castigo. Três ou quatro minutos após virarmos, em mais um lance pelo meio (como foi o primeiro gol), Linno passou voado pela bola, e Aloísio acertou um balaço no canto direito baixo de Ivan. O empate foi o resultado final, e o tal do Niell, no finalzinho, ainda mandou uma bola na trave, em um escanteio. Enfim, fim de jogo e só obtivemos o empate.
O que deu certo, e o que deu errado?
Certo: a escalação originária, embora tenhamos feito um bom primeiro tempo, carecia de atacantes, então a entrada do Aldair parece incontestável, não só pelo gol que fez em um minuto, mas como pela movimentação, dribles, jogadas tabeladas com Eduardo.
Tarcísio fez mais uma boa partida, parece que é um da base que veio pra ficar. Glaydson jogou bem. Carlos Alberto me parece um jogador que acrescentará muito ao time, não erra passes, consegue chegar na linha de fundo e também se aproxima da área para tabelar - gostei. Ramon jogou 90 minutos sob uma canícula terrível e para mim não apresentou cansaço, sempre participando bem do jogo. O time foi bem ofensivamente, resumindo, e a meia-cancha funcionou. Mateus também entrou bem.
O que deu errado?
A opção do primeiro tempo por um só atacante. Só para comparação, o Figueirense veio com dois desde o início, e terminou com três homens no ataque (Niell, Júlio Cesar, Aloísio).
Badé entrou muito mal. Lento e dispersivo. Pra ficar gordo, falta perder alguns quilos. Muitas jogadas do Fig saíram às suas costas.
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Não podemos nos encolher! |
É de se pensar se não seria caso de mudar um dos zagueiros, para termos um mais rápido junto a um dos grandões que estão por ali - para mim, poderíamos tentar PP e Fabiano Silva, e me parece que a meia cancha deve ser Glaydson, Tarcísio, Carlos Alberto e Ramon. Aldair e Lima na frente. E o Gilton, ainda que numa fase que não seja espetacular, tem de jogar (não sei dizer se pediu pra sair, pode ter acontecido algo no intervalo).
Que as lições tenham sido aprendidas, é hora de o JEC parar de se apequenar, contra quem quer que seja (parece que ano passado aprendêramos isso), já vimos que dá para jogar no ataque (pelo menos com dois homens à frente), inclusive contra o Fig, sendo a hora de irmos para os dois difíceis jogos contra Atlético de Ibirama e Metrô para ganhar, porque já estamos com o copo meio vazio, e nossa única chance é buscar 6 pontos fora de casa. AVANTE, JEC!
Ficha técnica: JEC 2 x 2 Figueirense, Arena, 29.01.2012
JEC: Ivan; Eduardo, Linno, Pedro Paulo e Gilton (Badé); Glaydson, Tarcísio, Carlos Alberto (Mateus) e Tiago Real (Aldair); Ramon e Lima. T: Gonzaga Millioli.
Figueirense: Wilson; Pablo (Coutinho), João Paulo, Fred e Hélder; Ygor, Túlio, Doriva (Franco Niell) e Luiz Fernando; Júlio César (Jackson) e Aloísio. T: Branco.
Gols: Aldair, aos Figueirense: Wilson; Pablo (Coutinho), João Paulo, Fred e Hélder; Ygor, Túlio, Doriva (Franco Niell) e Luiz Fernando; Júlio César (Jackson) e Aloísio. T: Branco.