NASCEU CAMPEÃO

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19 de nov. de 2011

A ARENA PARA A SÉRIE B, POR MÁRIO NASCIMENTO

Abro espaço para um texto do Mário Nascimento, nosso comentarista e amigo, sobre a Arena para a Série B, em que faz um interessante raciocínio sobre o Estádio Municipal, as obras necessárias; e a questão de se vai ser possível ou não a reforma como se promete (ou prometia), onde poderemos jogar em caso de a reforma se estender, entre outras questões que levanta. Concordo com bastante coisa, discordo de algumas, mas isso será assunto para os comentários. Confiram o texto:
Vai dar merda ano que vem?

"A ARENA PARA A SÉRIE B
Quando o Coritiba mandou os jogos da série B na Arena, foi possível enxergar mais claramente alguns dos problemas do estádio municipal. Com uma estrutura profissional diferenciada, os coxas-brancas ensinaram ao JEC algumas coisas que agora serão úteis, já que o time chegou ao nível em que estava o time paranaense em 2010.
Será que essas lições foram devidamente absorvidas?
Este palpiteiro do JECMANIA, blog cujos comentaristas que se alegram com as conquistas, mas não deixam de cobrar a famosa “profissionalização”, começa a perguntar – com a devida antecedência – o que será feito na Arena para que o time possa disputar a segundona nacional com a casa em ordem.

Não vou discorrer sobre os problemas que deverão ser solucionados nem sobre a melhor forma de fazê-lo. Já se falou bastante sobre isso. O que me preocupa é o prazo.
Antes, vamos dar uma passada no que o JEC precisa para o estadual do ano que vem. Ir bem no catarinense não significa bom desempenho no brasileiro (vide Chapecoense) e não ganhar o estadual não quer dizer que vá naufragar no nacional (vide Figueirense). Ainda assim, parece-me que manter o embalo do time e da torcida no estadual será importante para o JEC em 2012. A tabela do turno do campeonato catarinense traz 3 jogos em casa contra os maiores adversários: Figueirense, Chapecoense e Avaí. No returno, somente o Criciúma jogará em Joinville, entre os 4 adversários potencialmente mais perigosos.
Parece-me fora de questão de que esses jogos importantes do turno possam ser jogados em outro estádio que não a Arena. Isso impõe que o que quer que seja feito no período de férias esteja completo até o dia 22 de janeiro. Na pior das hipóteses, até 29, aniversário do clube e dia do primeiro jogo importante em casa, contra o Figueirense. Neste caso, o primeiro jogo, contra o time ainda não conhecido que vem da 2ª divisão com o CAHA-Ibirama, teria que ser em outra praça.

Comenta-se que para a troca do gramado (um dos itens principais) serão necessários 45 dias e que o tempo entre a final da série C e a estréia no estadual é suficiente. Será mesmo? Fala- se apenas na troca do gramado. Não se vai mexer na drenagem? Para mim não faz sentido trocar o gramado e não verificar as condições da drenagem, outro item crítico. Caso isso não seja feito, em algum momento terá que haver mais uma parada, apenas para isso. E tome mais tempo e mais dinheiro. Digamos que nessa verificação se descubra que há necessidade de mais tempo para resolver os problemas de drenagem. Daí só restam duas opções: fecha e deixa como está porque não vai dar tempo ou adia a volta e joga contra Figueirense – e talvez Chapecoense e Avaí – em outro estádio. E lá se vai a vantagem de jogar na Arena.
É um risco tirar a grama sem a certeza de que o campo de jogo vai estar pronto no início do campeonato. Outro risco é fazer algo “meia-boca” e pagar o preço mais adiante, jogando em um campo em más condições.
Uma solução é inverter as coisas. Jogar o turno – que tem 3 jogos importantes – na Arena sem trocar o gramado, deixando para fazê-lo durante o returno, que teria somente o jogo contra o Criciúma, dos 4 grandes adversários, em casa. O último jogo do turno em casa é contra o Avaí, em 18 de fevereiro.
E quais as vantagens?
Mais tempo para planejamento e solução dos problemas políticos e burocráticos junto à PMJ.
Mais tempo para realizar as obras. Entre 5/12 e 22/01 são 7 semanas. Considerando 6 dias de trabalho por semana e descontando 1 feriado (natal), são 41 dias de trabalho.
Entre 20/02 e 22/04 são 9 semanas. Descontando 3 dias de feriados (2 dias no carnaval e sexta-feira santa), são 51 dias.
Tudo o que puder ser feito (além das necessárias troca do gramado, verificação e manutenção da drenagem) antecipadamente poderá sê-lo nas 7 semanas de férias.
Marcílio, CAHA-Ibirama, Metrô, Criciúma e Brusque serão os adversários no returno em casa.
E onde o JEC poderá enfrentá-los?

O estádio mais próximo é o João Marcatto, em Jaraguá.
Vantagens:
Estádio pronto.
Capacidade de 7 mil pessoas é compatível com a necessidade.
Tempo de viagem curto.
Custo baixo, a ser confirmado com o Juventus, naturalmente.
Possibilidade de angariar simpatia na cidade vizinha.
Riscos:
Torcida local pode bandear para o adversário, dada a rivalidade já existente.
Mesmo com a distância relativamente pequena, pouca gente irá até Jaraguá. Chute: média de menos de 2 mil por jogo.
Se não ganhar o turno, joga o returno pressionado e longe da torcida.
Jogar em campo quase neutro pode propiciar uma campanha ruim no returno, podendo desestabilizar o time para a série B, que começa logo em seguida.

Em Joinville, existe o Estádio Olímpico Sadalla Amin Ghanem, do América, e, claro, o velho Ernestão, que é do Caxias, mas foi casa do JEC por quase três décadas.
Voltar pra cá será a solução?
O Olímpico é hoje um estádio muito longe das necessidades e com capacidade incompatível.
Tem apenas 1800 lugares e necessitaria de muita coisa para poder ser aprovado para jogos do catarinense.
Sobra o Ernestão. Não está lá essas coisas, mas tem capacidade quase duas vezes maior e a quantidade de obras para que venha a ser liberado não é tão grande.
Resta analisar o que se precisaria fazer por lá para que o JEC possa jogar como se estivesse em casa. Há que se verificar os detalhes com os velhinhos alvinegros, mas a quantidade de itens
que vetou sua liberação para a Divisão Especial desse ano não me parece muito grande nem muito cara.
Há o problema da capacidade. Como o JEC tem mais de 7 mil sócios e esse número será ainda maior no começo do estadual, onde se poderia acomodar tanta gente? Nas arquibancadas cobertas do Ernestão cabem aproximadamente 3 mil pessoas. As descobertas estão em mau estado e somente uma verificação criteriosa poderá dizer se poderão ou não ser liberadas. Sua capacidade é de 1.200 pessoas. Como se vê, a capacidade total não dá nem metade dos sócios.
Para aumentar um pouco a capacidade pode-se, com custo muito baixo, adaptar as antigas gerais para receber 800 pessoas sentadas. Somente com essa pequena modificação, a capacidade iria para 3.800 pessoas, muito mais do que se poderia atingir jogando no João Marcatto ou em qualquer outro lugar.
Para se atingir a capacidade de, digamos, 8 mil pessoas, podem ser usadas arquibancadas metálicas alugadas. Esta solução já foi adotada pelo Metropolitano, por exemplo. Também foi tentada pelo Atlético Paranaense para a final da Libertadores de 2005, enfim jogada no Beira Rio. Admitindo que as descobertas atuais estejam condenadas, seriam necessários 4.200 lugares em arquibancadas móveis. Seriam 22 lances no lado leste. Caso seja necessário jogar as finais do catarinense ainda no Ernestão por atraso nas obras da Arena, mais arquibancadas móveis nos lados norte e sul poderiam levar a capacidade para até 12 mil a custos razoáveis.
Mas a melhor solução seria negociar com a Federação a inversão dos dois turnos. Os jogos do returno passariam a ser do turno, na mesma ordem, e vice-versa. O JEC teria, pela ordem, Marcílio, CAHA-Ibirama, Metrô, Criciúma, Brusque e o outro que subir da Divisão Especial em casa. Esses jogos poderiam ser realizados no Ernestão reformado “meia-boca” e o único adversário entre os “grandes” seria o Criciúma. O primeiro jogo na Arena seria contra o Figueirense, na rodada de 11 de março. Nesse caso, a reforma da Arena poderia ser feita com tranqüilidade em 14 semanas, ou 81 dias de trabalho."
É essa a mensagem do Mário. Como não fui eu que escrevi, podem descer o sarrafo (hehe). Vê-se que ajeitar o nosso gramado não demanda pouca coisa, envolve muitas variáveis. Por isso é que já está se falando por aí não em troca do tapete, apenas numa garibada no piso que já está lá na Arena. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Segunda-feira eu volto com o primeiro post sobre o CRB, eis que a entraremos na semana da final. AVANTE, JEC!

8 comentários:

  1. Não é nenhuma punição que faria o JEC jogar a mais de 100km de casa, mas uma opção que acho interessante seria jogar no estádio do Coritiba, nosso clube co-irmão, que jogou alguns jogos da série B na arena. Alguns até dizem que foram eles que desenterraram o sapo da arena.
    Também seria uma forma de promover o JEC fora de Santa Catarina e ganhar simpatizantes de outras regiões. A viagem, com a BR101 duplicada, leva 1h30 apenas.

    Agora dá licença que meu time tá na série B.

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  2. A idéia é interessante, Guesser. Importante levar o nome do JEC além de Pirabeiraba. Minha dúvida é o quanto de torcida poderia aparecer por lá. Lembremos que o Coxa em Joinville teve público médio de menos de 2.500 pessoas, menos que a capacidade do Ernestão sem nenhuma reforma.

    Outros pontos a serem analisados são o custo e possível desvantagem jogando em um campo grande, com torcida distante e em pequeno número. O JEC estará perdendo o "efeito caldeirão".

    Não tenho nenhuma idéia de custo de aluguel do Couto Pereira. Mas não creio que vá custar menos do que dar uma maquiada no Ernestão, ou mesmo no Sadalla Amin. E o público em Joinville sempre será maior, o que até justificaria gastar um pouco mais.

    Considero o estadual 2012 importante, tanto pelo campeonato em si (10 anos de fila), quanto como preparação para a série B. A menos que se considere que não é importante, jogar em campo neutro vai prejudicar muito a campanha. Então é preciso traçar uma estratégia para a manutenção da Arena, preservando o efeito "jogar em casa", com o calor da torcida. Sob pena de perder o embalo conseguido com a excelente campanha na série C. Mesmo que isso signifique apenas uma meia-sola na Arena, deixando uma manutenção de verdade para mais tarde.

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  3. Acho boa a idéia pois pra mim Curitiba sim tem altura para ser a capital de Joinville hehehehehe

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  4. Isso tudo numa projeção otimista. Eu já sou pé atrás, tenho lá minhas dúvidas se vão mexer no gramado (embora seja necessário e urgente).

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  5. falo demais... vamo assim mesmo... o importante é se campeao do catarinense e i bem na serie b...

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  6. Por melhores que sejam as opções do Mário, já começo a duvidar de todas elas.
    Acabei de ouvir o programa do meio-dia da 1250, e mesmo ali a imprensa, que só faz isso, não se entende. O Mira acha que só vão dar uma acertada na grama. O Fronzi disse que o Márcio disse que vão trocar o gramado.
    Ambos sem ter certeza, diziam que seria melhor que também arrumassem a drenagem.
    Em resumo, desinformação.

    Mas as propostas do Mário, malgrado interessantes, não sairão do papel.
    O Olímpico é minúsculo, o João Marcatto fora de casa e pequeno, o Ernestão, um pouco maior e histórico para nós, mas também aquém do mínimo que se pode aceitar -o número de sócios.
    E aí, só com sócios, seria jogo sem renda, só despesas das metálicas, embora em tese fosse maravilhoso, por respeito aos sócios (garantir ingresso pra quem paga mensalidade, que diga-se, aumentará no ano que vem) e por valor sentimental - como eu gostaria de ver o JEC atual ali no velho Ernesto Schlemm Sobrinho.

    Não me recordo do teor do contrato de sócio-torcedor, mas se houver garantia de ingresso em qualquer jogo em casa, isso pode dar problemas jurídicos.

    Jogart em Curitiba: teríamos estádio vazio, custo de aluguel do Couto, e só de gasolina, daria uns cem pila. Seria um fracasso.

    Acho que é isso. Ab, ST

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  7. Boa tarde rapaziada....vi a "tal" camisa nova que vão usar nos dois jogos finais..vi e não gostei, temos que usar a nossa tradicional, não vamos inventar moda agora...minha opinião !!!

    Abraços tricolores

    Ivan

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  8. Que só a usem em Maceió. Aqui na Arena tem de usar a tricolor. Vende, arrecada uma graninha, mas vamos manter a tradicional. Ab, ST

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