Eu poderia escrever sobre a vitória de número 1000 na história do Tricolor, ou sobre o recorde do Lima (mas vou deixar esse assunto pra um pouco mais tarde, só para deixar vocês, fãs do Lima - o Bocão principalmente - tremendo de emoção e ansiedade), mas vou falar apenas do jogo, da vice-liderança, e da pausa no campeonato. Como teremos vinte e cinco dias sem jogos, terei tempo para voltar a falar das importantes marcas atingidas ontem.
Vitória importantíssima em Guaratinguetá. Acho que, apesar do resultado, o time nem jogou tão bem assim. Finalmente pude acompanhar bem o jogo, depois de três meses e meio em Criciúma, pois achei um buteco em que posso ver os jogos do JEC numa TV decente, e não em streaming no laptop, e tomando uma cervejinha. Mas esses dias também parecem estar no fim.
No jogo, o adversário chegava com alguma facilidade ao nosso gol, tendo o avante deles perdido um fácil, após indecisão de Ivan em uma bola cruzada. O jogo era perigoso, até que abrimos o placar numa bola parada, em jogada aparentemente ensaiada e que lembra um pouco o gol contra o América-RN, em que Little Richard bateu em direção ao Sandro, que cabeceou para o meio para o gol de Ronaldo. Nesta, Ricardinho jogou no meio da área e Lima, discosta, raspou na bola para abrir o placar.
O jogo continuava igual, mas ao final da primeira etapa, Charles Albert fez jogada de linha de fundo (já fizera na vitória contra o Avaí), e colocou mais uma vez na cabeça do maior artilheiro da história do Tricolor, por hora empatado com Nardela. A bola ainda triscou em Pedro Paulo, e foi morrer nas redes do Garça.
Assim como em Fpolis, fomos para o vestiário com uma boa folga no placar.
Na segunda etapa, voltamos a correr alguns riscos, Ivan teve de fazer algumas boas defesas em chutes do ataque do Guará, mas em bela jogada pela esquerda, Wellington Bruno driblou o marcador colocou a bola na cabeça de Lima, dentro da pequena área e este, sem ser fominha, ajeitou lindamente para Ronaldo fuzilar de primeira. Golaço, principalmente pela construção da jogada.
Ainda tivemos tempo de sofrer um golzinho, após falha de Carlos Alberto - se bem que o cara do Guará dominou a bola com a mão. Mas já era bastante tarde - 39' da segunda etapa - e a vitória estava assegurada. A diferença técnica entre os jogadores das duas equipes fez toda a diferença.
O resultado só não foi ainda melhor porque a Chape, que a esta altura empatava por 2 a 2 como Paysandu, conseguiu a vitória ao 45' do segundo tempo, com uma triplete de Bruno Rangel, o inacreditável artilheiro do certame, com 9 gols.
Mas está ótimo. Vice-liderança, quinze pontos em dezoito disputados, uma boa folga de mais de vinte dias, e depois dois jogos em seqüência em casa, contra adversários fortes na briga pelo acesso - Sport e a líder Chapecoense.
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E contando... |
Depois, acho que esses seis jogos em seqüência, às terças e sextas, acabam por cansar mentalmente os jogadores - acho que houve mais falhas defensivas contra o Guará do que vinha havendo até então. Não pode haver relaxamento, mas uma pausa não é necessariamente má.
Descansar a cabeça, acertar o time, e reiniciar com tudo. Nos próximos 6 jogos faremos 4 pelejas na Arena (Sport, Chape, Boa e Figueira) e pegaremos fora o ABC e o Icasa. O que nos impede de repetir esse score, e chegarmos ali na 12ª rodada com uns 30 pontos?
Então, nessa parada, o negócio é cuidar bem do time, esconder nossos jogadores para que nenhum time desesperado na Série A venha enfraquecer o elenco, e deixar o Arturzinho fazer esse time jogar ainda mais do que vem jogando. Já foram dispensados Artur Sanches e Jailton, bem como o preparador físico que estourou meio time - nem sei o nome do cabra, que para arrematar suas cagadas, parece que lá na Ressacola errou de vestiário e se encaminhou para o do bvaí, onde já trabalhara. Vai pro inferno, ô istepô. Tudo parece ir no caminho certo. Tomara. AVANTE, JEC!