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Acabou. Chorare. |
Em Florianópolis, até jogamos bem, mas perdemos - e não merecíamos vencer.
Deixaram o Fernandes acabar com o jogo. Fez o primeiro gol (pra mim Pedro Paulo deu o bote errado e o Linno deu muito espaço pro Aloísio), e no segundo, recebeu com um trezentos metros quadrados de liberdade - vendo a imagem no FutebolSC dá até vergonha pela falta de marcação - e enfiou a bola pro Aloísio. Caixão pro Billy!
O nosso gol, de pênalti, empatando o jogo aos 25' do 2ºT, até nos deu alguma esperança, bastava fazer mais um gol que poderíamos avançar à final. Mas aos 37' o jogo acabou, com o segundo gol do Figueirense - e é verdade que desde o momento em que empatamos não mais chegamos ao ataque, o time do Estreito não correu risco de tomar o segundo gol.
A expulsão de Linno, ainda na primeira etapa - esperamos que doravante Maurício seja efetivado na zaga - ao contrário do que pregava a sabedoria de Argel, não nos fez ficar melhores no jogo, não fez mal ao time do Estreito. Lá no Meurer até brincávamos no momento da expulsão: agora vai melhorar!
Fabiano Silva foi recuado pra zaga e, aí, foi um terror - não sendo só sua culpa, mas sim da frouxa marcação que passou a ser feita (ou não ser feita) na meiúca. Ficou olhando o Fernandes no segundo gol, e, no terceiro, levou uma finta de corpo do Aloísio que até agora deve estar com dor nas costas.
Em resumo, o time do Figueirense foi melhor, tem três homens do meio para a frente que são muito bons, nos tínhamos desfalques importantes (Lima e JH). Qual a razão de Fernandes - o único meia pensante - ter jogado tão livre é para mim um mistério profundo. São três volantes, um meia de ligação, e dois atacantes rápidos. Além disso, os laterais deles sobem bastante. Penamos na marcação, Ivan teve que fazer pelo menos umas três defesas difíceis, Aloísio ainda perdeu um gol no primeiro tempo.
O campeonato terminou, a fila anda. Podíamos ao menos já ter conquistado uma vaguinha para a Copa do Brasil - que, parece, virá de qualquer jeito, se nos mantivermos na Série B.
Em tempo (e fugindo um pouco do assunto) , para mim o Bezerra - um amigo meu estudou com ele e diz que o cara é "bvaiano" doente - operou a Chapecoense, que embora tenha abdicado de jogar no segundo tempo, chamando o adversário pro seu campo, foi efetivamente garfada. Nos minutos que antecederam a virada do avaíbis, o Cleber Santana tinha que ser expulso, não foi; o Bezerra inventou uma falta pro timeco de Carianos, o quase-expulso bateu e deu-se a virada. Em três ou quatro minutos o "filho da vaca" "resolveu" o jogo.
Volto ao JEC: temos agora 20 dias para formatar o elenco e arrumar o time para a Série B - esse será o assunto nos próximos dias sem bola rolando. Precisamos de jogadores. Parece-me que pelo menos mais um zagueiro, um ou dois volantes, dois meias (rápidos, de preferência, porque Ricardinho e Ramon são lentos, e que faça gols). Tenho dúvidas ainda sobre a lateral-esquerda.
Há jogadores com os contratos vencendo ao final de maio, e portanto alguns jogadores do atual elenco devem ser dispensados.
E tenho dúvida principalmente sobre nosso técnico, sobre sua capacidade para montar um time. Embora eu acredite que quem vai montar o "novo" time, ou seja, quem vai decidir quais e quantos serão e trazer os reforços será o Nereu - e ponto final - e não o técnico (e é bom que seja assim, pois Natan, a única indicação do Argel é até agora uma nulidade), ainda assim desconfio, e muito, da imaginação, das ideias do Argel, ainda mais para um campeonato longo como é a Série B.
Devemos montar um time que possa ser bom com qualquer treinador, porque se formos jogar a Série B só na base da motivação (principal característica do Argel), vai ser dureza. Ontem, ele até começou com o time certo - é bem verdade que com uma semana de atraso - e não tem culpa de Aldair ter feito partida discretíssima. Mas a minha impressão é que ele não tem uma boa leitura de jogo durante as partidas. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Dos seis primeiros jogos na Segundona, quatro serão em casa (depois virão dois jogos fora em seqüência). E nesses primeiros seis jogos, teremos ABC e Avaí fora, e em casa o principal candidato ao título (Atlético), o atual finalista do Paulistão (Guarani), além de ASA e Ceará. Temos de começar à toda velocidade, para que não tenhamos de fazer correções de rumo - troca de comando, contratações desesperadas, etc. - já no começo do certame. A hora de fazer tudo certo é, portanto, agora. Voltaremos ao assunto. AVANTE, JEC - AGORA NA SÉRIE B.
PS: A propósito, o Alisson Tovar já poderia mostrar algum serviço nesses vinte dias, não acham?