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Foi de assustar a noite dessa 4ª feira. |
Eu continuo com minhas desconfianças quanto ao Argel (embora os resultados me desmintam, exceto o de ontem), pois para mim, quando ele precisa sair um pouquinho do script, ele não tem idéias muito boas.
Esse Natan - não vi jogar, posso estar queimando o cara - tava jogando no Zequinha ou em outro timeco do RS, e o Argel pediu sua contratação. Diziam que passou a vida toda na base do Internacional - mas meu amigo que é Colorado doente disse que nunca ouviu falar no cabra. O cara nunca sequer entrou num jogo, e vira logo titular - o afinal, o técnico tem que "justificar a indicação". Foi substituído aos 30,' quando Argel viu a merda que fez (e já aproveitou pra queimar o seu pupilo), e duas patas da vaca já estavam no atoleiro. Entrou o Tiago Real, que embora viesse jogando bem (em outras posições), não é volante - estaria errada a configuração do nosso banco de reservas?
Eu gostaria de saber uma coisa: onde está o Mateus? Argel relegou ao ostracismo um jogador que foi titular em parte da Série C do ano passado - em que, lembremos, fomos os campeões - e que agora sequer está sendo relacionado. Seria a opção óbvia para o lugar do Fabiano Silva, mas está relegado ao quinto dos infernos.
Ênio, coitado, teve uma partida infeliz. Mas culpá-lo exclusivamente me parece um erro. O time foi muito mal.
O primeiro gol, embora uma jogada ensaiada da bugrada, é medonho. O cara bate uma falta de 40 metros nas costas do Ênio, e um zagueirão deles joga pro meio da área, e ai já era. Depois uma jogada do Athos (e quantas foram as jogadas do Athos..., jogou fácil, livre), depois mais dois gols de escanteio, com participações especiais de Ênio e Ivan. E nesse futebolzinho mequetrefe de hoje em dia, o gol de bola parada não é mais um "acidente", mas uma das principais armas de qualquer time, inclusive do nosso. Então, dizermos que "vamos mal na bola aérea" equivale a dizer que estamos mal num dos principais lances do futebol que se diz "moderno".
E não esqueçamos que o Ivan ainda pegou dois pênaltis. A desgraça podia ser bem maior. Diga-se que Ivan fez o primeiro pênalti, defendeu, botando a bola pra escanteio. Aí, os caras batem o escanteio e fazem o gol. É de lascar! E desanima.
O segundo pênalti não existiu. E o Eduardo ainda foi expulso. Mas também ouvir nosso técnico dizer que o árbitro "sentiu a pressão" do jogo beira o patético, pois eles abriram o placar com 6 minutos, e logo estavam vencendo por três a zero. É jogo fácil pro apitador. Quem sentiu a pressão foi o nosso time, não o assoprador de apito, que errou quando o coelho já tinha ido pro brejo.
O negócio é que o JEC parece um time dado a panes, a apagões mentais, e isso me assusta. De vez em quando, resolvemos tomar três ou quatro gols em um tempo (foram três vezes em 15 rodadas, duas delas sob o comando argélico).
Por isso tenho algumas dúvidas, questionando sem ainda culpar o Argel: a primeira já exprimi acima: por que Mateus foi esquecido? Vão outras: por que Ricardinho ganhou a posição rapidamente, quando João Henrique e Tiago Real vinham bem - e melhorando? Por que JH é sempre o primeiro a ser substituído, não importa o que faça? Por que no final dos jogos, quase sempre, temos um atacante jogando de meia (ou Cristiano ou Rangel). Por que sempre temos dois jogadores de área no ataque, e ninguém joga pelos lados, exceto os laterais?
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Voltamos chamuscados! |
E é agora que a porca torce o rabo: domingo enfrentaremos o Criciúma, na Arena, precisando vencer de qualquer maneira.
Não teremos Eduardo (expulso injustamente) e Ivan. O goleiro da base (Jonathan) vai estrear numa fogueira danada. Pelo menos voltam Linno - veja só onde chegamos, festejo a sua volta - e Fabiano Silva.
O Tigre venceu bem o Figueirense, tem um ataque manhoso - esse Zé Carlos incomoda - um time acertado, em ascensão. Jogo difícil no domingo, sem dúvida. E é vencer ou começar a pensar na Série B, mais de um mês antes de ela começar. Nos últimos três jogos foram duas vitórias sofridas - que com um pouco de má sorte teriam sido dois empates - e uma derrota flagrante. Tá na hora de uma nova recuperação. AVANTE, JEC!